O alarme do celular de Alec, era programado para despertar todos os dias, às sete da manhã. E como era domingo, ao ouvir aquele barulho, Evangeline resmungou para que ele desligasse e continuassem a dormir. Já que o celular dele havia ficado no bolso da calça, que estava jogado no chão do quarto, Alec precisou se levantar para ir até lá. Ao abrir o olho e se sentar, ele notou uma figura pequena ao lado da porta, olhando na direção deles com bastante curiosidade. — Evie? — Alec chama, empurrando-a devagar. — Evangeline? — O que foi, Alec? Não consegue achar o celular? — Acho melhor você se sentar. Sonolenta, a ruiva ergue seu corpo e boceja, olhando para Alec. Como ele olhava fixamente para a frente, ela acompanhou o olhar dele e encontrou Allegra ali. — Filha! — Evangeline se levanta apressadamente e vai até a garota confusa. — Oi... eu... — ela olha para Alec. — Se veste! Vem comigo, Allegra. Evangeline segura no braço da menina e a leva até a sala. — Eu posso expli
Quando o caminhão de mudanças parou diante da casa de Evangeline, ela desceu e ajudou Allegra a fazer o mesmo, pronta para dar instruções de onde queria que as coisas fossem colocadas. Antes mesmo de abrir a porta, seu celular começou a vibrar no bolso. Era mais de uma, de diversas mensagens de Alec. A última era um áudio. “Não faz o menor sentido você não ficar na minha casa. Audrey já me encheu o saco, perguntando o que eu tinha feito para você não querer morar conosco.” Evie revira os olhos e guarda o celular novamente, finalmente abrindo a porta. Ela decide ficar observando tudo do lado de fora. Allegra se sentou no meio fio, assistindo alguns vídeos aleatórios na internet. — Evangeline? — ela se vira e encontra Howard descendo de um carro. — Vocês chegaram! — Ele mandou você vir aqui? Eu não vou morar na mansão! Alec é impossível. Howard ri e balança a cabeça em negativa. — Na verdade não. Hoje é meu dia de folga. Eu vim... — o motorista olha de lado para a casa de F
Assim que pousou em Nova Iorque, Alec foi até a sede de sua empresa, onde iria ocorrer a reunião com seu sócio, Paul Baker. Para Paul, seria apenas uma rotineira reunião para discutir se a fusão entre as duas famílias, andava bem-sucedida. Os dois mafiosos sentaram-se em uma sala escura e bem protegida, em uma reunião para discutir negócios. Eles se olharam intensamente antes de começarem a falar. — Então, como estão as coisas nos nossos territórios? — Alec pergunta, abrindo alguns botões de seu paletó. — Tudo bem, tudo bem. Nós estamos expandindo nossas operações e temos trazido mais dinheiro para o negócio. — Isso é bom. Eu ouvi falar que os nossos rivais estão causando problemas novamente. Qual é a situação? — Sim, eles estão se intrometendo em nossos negócios. Mas não se preocupe, temos homens de confiança cuidando disso. Eles não vão causar mais problemas. Se tinha algo em que Paul Baker era bom, era em resolver problemas. Principalmente usando violência. — Ótimo. M
Quando a conversa com Jude terminou e eles decidiram tudo sobre o novo trabalho de Evangeline, a ruiva deixou o prédio da escola, sentindo-se nostálgica. Ela tinha a cabeça nas nuvens, pensando em tudo o que estava acontecendo em sua vida, que sequer notou no carro e no homem parado diante dela. Alec precisou dar um assovio, para que ela parasse e notasse a sua presença. — Amor! — Evie gira no pequeno salto que usava e se apressa para abraçá-lo. — Que saudade. — Um mês para se mudar, foi exagero. Não acha? — Não. — ela murmura, raspando seus lábios nos dele. — Isso fez com que a minha saudade de você, me faça subir pelas paredes. — Não fala desse jeito... ainda mais encostada assim em mim. A reação que Evangeline causava no corpo de Alec, era instantânea. Ao sentir o volume no meio das pernas de seu amado, ela riu e se afastou um pouco. — Desculpe! — Ah, que isso. — ele segura em sua mão e a puxa para seus braços novamente. — Mais tarde nós resolvemos isso, pois por ho
Os dois apaixonados passaram todo o jantar se encarando como dois bobos. Eles deram um jeito de comer com apenas uma mão, pois não conseguiam desgrudar a outra. Quando saíram do restaurante, Alec decide passar em uma sorveteria e levar o doce favorito de Allegra. No meio do caminho, ele recebe uma mensagem de Howard, informando que precisava conversar com ele urgentemente. — Se incomoda se nos vermos amanhã? — Alec pergunta, largando o celular. — Acho que tem algum problema nos negócios. Muitas chamadas perdidas de Howard e uma mensagem querendo conversar com urgência. — Tudo bem. Acho que contar as novidades para Allegra sozinha, será melhor para a cabeça dela. Ainda mais com sorvete de chocolate. Alec para diante do condomínio de Evangeline e eles se despedem ali. Após um beijo cheio de juras de amor, Evie abandona o carro e caminha na direção da casa de sua melhor amiga. — Oi, Felps. — ela cumprimenta a mulher, que estava sentada em sua varanda. Ao olhar para sua casa, ela
— O que foi de tão urgente, que você me encheu de ligações? — Alec questiona a Howard, quando o motorista entra em seu escritório na mansão. — Aliás, eu tomei coragem e pedi a mão da Evangeline em casamento. — Sério, chefe? Entregou a aliança que esteve guardada por dez anos? — É... — ele sorri apaixonadamente, como se não fosse um mafioso violento. — mas não conte a ela sobre isso. Não quero parecer um homem mole. Howard ri, quase se esquecendo do motivo que o levou até ali. — Jamais faria isso. Enfim... — Pode falar. Não enrola. — Primeiro, como você me pediu, eu descobri o paradeiro da Leah. A mãe da Evangeline. — E então? — Ela realmente está morta. — Alec suspira profundamente. — Já tem alguns anos que aconteceu. Parece que ela estava se prostituindo, para conseguir dinheiro para drogas. Em um desses dias, ela teve uma overdose em um quarto de motel barato e uma camareira a achou. Pelo menos ela andava com documentos e conseguiu ter um enterro digno. — É... menos mal.
Evangeline acordou naquele sábado, com uma sensação estranha em seu peito. Ela tinha combinado com Allegra, que aquele dia seria somente delas duas, onde poderiam fazer o que quisesse. A pequena escolheu ir a um parque, onde elas passaram o dia em completa harmonia. Elas passearam pela grama, deram comida para os patos que tinham no lago, fizeram um piquenique e ficaram deitadas no pano, encarando a forma das nuvens. Quando a tarde foi caindo, Allegra quis tomar um sorvete antes de irem. Logo que pede dois sorvetes, Evangeline se dá conta que só tem uma única nota de cinquenta dólares na bolsa. — Eu vou ali na esquina trocar e já volto. Mãe e filha se sentam no banco que havia ao lado da carrocinha, se deliciando do sorvete de morango. De repente uma grande van preta para diante delas e abre a porta, mostrando dois homens encapuzados e armados. Eles saltam da van rapidamente, assustando as duas. Evangeline rapidamente ergue os braços, se tremendo por inteiro. — Pode levar tudo.
“Eu não estou disponível no momento, deixe seu recado e em breve lhe retorno.” Aquela mensagem eletrônica que soava cada vez que Alec ligava para o telefone de Evangeline, estava o deixando extremamente irritado. Ele tinha tentado contatá-la várias vezes ao longo do dia, mas ela não havia respondido às suas mensagens ou chamadas telefônicas. No final do dia, Alec decidiu ir pessoalmente procurá-la. Ele começou visitando os lugares que sabia que ela frequentava, mas ninguém parecia ter visto ela ou Allegra. Nem mesmo no food truck de tacos que ela adorava ir. Alec começou a ficar cada vez mais preocupado e decidiu ir até a casa de Evangeline. Ele bateu na porta várias vezes, mas não obteve resposta. Começou então a tocar o interfone várias vezes, mas ainda assim, ninguém atendeu. — Merda! — ele grunhe, batendo o pé no assoalho da varanda. — Alec? Tudo bem? — Felippa! — Alec caminha apressadamente até ela e a segura pelos ombros, o que a deixa alarmada, pelo estado de agonia del