Quando Evangeline desperta, ela percebe que dormiu na cama de Alec e que ele não está mais ali. Ela se levanta um pouco assustada e vai até o banheiro dele, constatando que está vazio. Após colocar um pouco de pasta de dente na boca, molhar o rosto e domar o seu cabelo, o prendendo em um coque, ela deixa o quarto. — Evangeline? — Audrey para no meio do corredor e coça os olhos. — Eu ainda estou sonhando ou você ACABOU DE SAIR DO QUARTO DO ALEC? — Para de gritar! Nós só vimos um filme e... bem, eu nem terminei o filme. Acabei dormindo. — Eu sequer sabia que você estava aqui! Vem, vamos tomar café da manhã. Audrey agarra Evangeline pelo braço e começa a puxá-la para baixo. — O que? Com a sua família? Nem pensar! — Ah, você vai sim. — Eu tenho muita coisa para fazer hoje, Audrey. — Não tem não. — Evangeline já estava escapando, mas a loira a puxa pela mão, na direção da sala de estar. — E nada de recusar o pedido de uma gravida. Faz mal. — Você realmente usará essa d
— Alec, por favor! — Evangeline bate na porta do banheiro repetidamente. — Nós já estamos atrasados e eu preciso usar o banheiro! — Já vou sair! Evie bufa e anda de um lado para o outro, tentando enganar sua vontade de ir ao banheiro. Uma semana havia se passado, desde que Alec deixara a mansão para dividir quarto com Evangeline. Ele poderia ter pegado qualquer outro quarto? Poderia. Mas se isso tivesse ocorrido, eles não teriam trocado beijos e caricias durante toda a semana, e não estariam cada dia mais próximos. No primeiro dia, ela tentou incansavelmente, fazer com que ele mudasse de ideia. Apesar de gostar da ideia de ter ele por perto e não precisar ver a cara de Dominique, Evie se preocupava com a condição de saúde de Blake, que aparentemente, ninguém sabia. Mas foi em vão. Alec era irredutível e disse que só voltaria para casa depois que retirasse os pontos. Esse dia chegou e Alec está enfurnado no banheiro, tentando fazer com que eles se atrasem e só possa ir no dia
— Uau... ter dinheiro é realmente muito bom. — Felippa murmura, abandonando o carro. — Essa obra está muito adiantada. As casas seriam de madeira e toda a estrutura já estava montada. — É. Também estou surpreso. — Alec diz, caminhando até o empreiteiro. — Vou ali conversar com o chefe de obras e já volto. — E nós vamos ver se tem alguma correspondência. Vem, Felps. Elas vão até a caixa de correios improvisada que havia ali e Evie pega todas as correspondências. Ela passa uma a uma, procurando por apenas uma coisa. — Aqui. — murmura, entregando as outras cartas para sua amiga. — Ele mandou outra. — Seu pai? Evangeline apenas balança a cabeça em afirmativa, já rasgando o envelope. Ela guarda as notas de dólares no seu bolso e abre o papel rosado. Querida filha, Ainda sem respostas sobre você. Se eu não tivesse tão atolado com o meu trabalho e com medo da rejeição que você possa ter de mim, já teria ido até aí te ver. Eu gostaria muito de saber como você está, o qu
— Diamantes? — Alec ergue o olhar para o seu pai, que estava do outro lado da imensa mesa. — Você quer entrar nesse ramo? — Eu quero que você entre nesse ramo. Alec... eu não tenho mais... Blake engole em seco. As palavras de Evangeline, sobre ele contar para a família da sua doença, não paravam de rodar em sua mente. E embora tenha total clareza de que a garota ruiva tinha razão, o chefe da família Castello sentia que ainda não era hora de falar. Ele não queria tirar o foco de Alec, dos novos negócios que estavam por vir. — Pai? Não tem o que? — Tempo a perder. Esse negócio de drogas e prostituição, está ficando passado. O cerco está se fechando. — E você acha que diamantes, é a melhor coisa a se fazer no momento? Aliás, o que quer fazer com isso? Abrir uma joalheria? — Não. — Blake abre a caixa de charutos e pega um. — Um contato de anos, me vendeu uma fonte de diamante bruto. É uma mina secreta, embaixo de um morro antigo. Você só precisa encontrar com os mineradores e
Mais de sete horas depois, Evangeline se sentia extremamente esgotada da viagem. Ela deixou o avião se sentindo ainda mais perdida do antes. Não fazia ideia de onde encontrar sua única mala. Antes de dar mais um passo perdido, ela sente um toque em seu ombro. Ao se virar, da de cara com o homem que havia ouvido a conversa antes do embarque. — Tudo bem? Você parece perdida. — É. — ela sorri envergonhada. — Sou nova nessa coisa de viagem... não faço ideia de onde pegar a mala. — Ah... vem comigo. Eu também vou pegar a minha. Evangeline segue o desconhecido e chega ao local onde as malas saiam. — Você estava no mesmo voo que eu. — ele diz, olhando para Evangeline e a esteira, intercaladamente. — É de Nova Iorque? — Sou. E tenho que te agradecer. Ouvi sua conversa sem querer e através dela, descobri onde teria que ir para pegar o meu voo. Obrigada! — Sério? — questiona, rindo. Evie afirma com a cabeça. — De nada então. A propósito, sou Mason. — Evangeline. — Eles comp
— Atkins? Olha esse prédio tem cinquenta andarem e mais de mil salas, mas eu tenho absoluta certeza de que não há nenhum Samuel com esse sobrenome aqui. — Ah... — Evangeline aperta o papel que ainda estava em sua mão, contra o peito. — Esse era o endereço que eu tinha, mas... pode estar errado. Obrigada! Antes que Evangeline fosse capaz de fugir dali e entrar no primeiro voo de volta para Nova Iorque, a recepcionista a chama. — Mas há um Samuel aqui. Ele é um dos advogados mais procurados de Londres. Samuel Ballard. Evie não conseguia se recordar sobre qual era o trabalho de seu pai, antes de ele deixar ela e Leah para trás. Mas ela tinha certeza de que não era nada grandioso como aquilo. — Acho que não é ele... — Bem, só tem um jeito de você descobrir. — a recepcionista digita algo em seu computador e logo entrega um cartão para Evangeline. — Insira esse cartão naquela catraca e pode subir. O escritório do senhor Ballard é no trigésimo andar. — Tem certeza? — Vai, menina!
“Óbvio que eu pensei ser um engano. Foi a primeira coisa que pensei e disse ao médico. Quando ele me disse que o nome da mãe, era Juliane, comecei a ter uma taquicardia. Senti como se todo o chão estivesse se abrindo e me engolindo. Logo que me recompus, pedi para ver a Juliane. E era ela. Juliane havia sofrido um acidente de carro e antes de apagar, deu meu telefone para os médicos, dizendo que eu era o pai da filha que ela gestava. Eu não fui capaz de achar nenhum parente dela e em seu velório só teve as pessoas com quem trabalhou. Após uma orientação do médico, um exame de DNA foi feito e constatou o que eu já imaginava. Aquele bebê, você, era realmente minha filha. Depois de alguns dias e muitos exames, você estava liberada para ser levada para casa. E eu levei. Na cara e na coragem. Por algum motivo desconhecido, Leah estava sóbria naquele dia. Ela me encarou de cima a baixo e brincou, perguntando de onde eu tinha tirado aquela criança. Quando eu contei e ela viu que eu não est
— Mason! Oi. — E então? Mason olha de lado para a mesa de frente para Evangeline. Ela levou um tempo para notar que ele estava se oferecendo para se sentar com ela. — Não, não estou esperando ninguém. Sente-se. Após ocupar a cadeira vazia, Mason chama um garçom e faz um pedido simples. — Vinho? — ele questiona para Evangeline. — Não, eu não bebo. Obrigada. — Desculpe a indelicadeza, mas está tudo bem? Sua pele é tão branca quanto a neve e seu rosto está vermelho. — Ah... eu... — Evie passa a mão no rosto e olha para o seu celular sobre a mesa. A foto de proteção de tela, era ela tocando violino na competição em que foi vencedora. — Esqueci de trazer meu violino para cá e a TPM aflorou minha tristeza. — Violino? Você toca? — Sim. — Profissionalmente? — Ah, não. — ela ri. — Tenho uma bolsa de estudos, que eu tenho certeza de que irei perder, assim que retornar na escola. — O destino é incrível, não acha? Mason coloca um ombro na mesa e encara Evangeline, apoiando o r