Cap.: 29— Calada! Ninguém nessa casa tem o direito de falar sobre isso...— Mas você precisa entender! Eu sei que tudo que você conseguiu hoje foi por causa do que Janete carregava com ela, sei o quanto você se esforçou, mas você pode construir tudo de novo. Pode construir com Aurora, formar uma família com ela, ao invés de focar na família destruída do passado. A Janete nunca te mereceu, mas está aí uma menina boa, com quem você pode contar.Os punhos de Andrews se cerraram. Seu rosto ficou sombrio, sua mandíbula travada.— Eu não consigo perdoar o passado e seguir em frente. Não consigo levar tudo isso... Não consigo confiar em mulher nenhuma. Não dá, por tudo que aconteceu...— Para de se corroer... Para! — Jacy gritou com força, algumas lágrimas escorrendo. — Você vai acabar se matando com esse passado. Sua mãe... Janete... O que mais? Elas não resumem todas as mulheres! Você deve começar de novo e aprender a confiar em Aurora.— Eu sinto muito, mas Aurora... A forma como ela ent
Cap:30Aurora hesitou por um momento, então suspirou e subiu na cama devagar, sentando-se sobre os joelhos ao lado dele, esperando que, em algum momento, ele soltasse sua mão.Afinal, por que ele ainda segurava? Agora, parecia que já estava dormindo profundamente, mas não cedia.Aurora ficou sentada ao lado dele, esperando que, em algum momento, ele a soltasse. Mas ele continuou segurando sua mão como se fosse um porto seguro.A exaustão finalmente venceu Aurora. Sem perceber, ela se deitou, sua cabeça encontrando o abdômen de Andrews. O calor de sua pele era reconfortante, fazendo-a fechar os olhos e adormecer.Quando o sol iluminou o quarto, ela ainda estava dormindo na mesma posição, sobre a barriga de Andrews.Quando ele acordou, a primeira coisa que sentiu foi um peso leve sobre seu abdômen. Piscou algumas vezes, tentando dissipar a névoa do sono e, quando olhou para baixo, viu Aurora ali.Ela estava encolhida na cama, sua respiração calma e ritmada, os cabelos bagunçados repousa
Capítulo 31 – Entre Provocações e Verdades Não DitasAurora sentiu a luz suave da manhã acariciar seu rosto, despertando-a lentamente, Seu corpo ainda estava exausto, mas a sensação de conforto e calor ao seu redor a fez hesitar antes de abrir os olhos completamente, Ao se espreguiçar, sentiu os lençóis macios e um aroma distinto que não pertencia ao seu próprio quarto.Foi então que a realidade a atingiu como um choque, Seus olhos se abriram de súbito e percorreram o ambiente ao seu redor, O quarto espaçoso, com móveis imponentes e decoração sóbria, era inconfundivelmente o de Andrews, Seu coração disparou, O que ela estava fazendo ali? Como havia parado naquela cama?Sentando-se rapidamente, sua mente tentou buscar as lembranças da noite anterior, Aos poucos, flashes de Andrews febril, seu peito avermelhado e ela cuidando dele emergiram, Lembrava-se de segurar sua mão... mas depois disso, o cansaço a vencera e ela apagara ali mesmo, ao lado dele.O pânico tomou conta, E se alguém ti
Cap:32— Não, mas com certeza você deveria ser o único tipo que eu não deveria ter cruzado o caminho.— Se estar arrependida, apenas se divorcie.— Com certeza eu tenho mais a perder que ganhar com esse divórcio, não acha?— Exatamente, por isso deveria apenas ficar quieta, suas palavras não são lá grande coisa para mim, e você sabe bem o motivo...— Sei! Sei que, para você, eu não passo de uma impostora e um peso morto, fique tranquilo, Andrews, Eu não vou incomodá-lo. — concluiu ela, sua voz carregada de ironia.Andrews ficou sem palavras por um instante, Engoliu em seco, pigarreando antes de responder.— Ótimo, falando nisso, já devolvi sua liberdade, não voou tão mal agradecido assim, já pode sair da mansão, vá para onde quiser, mas não tente fugir, se tentar, eu vou encontrá-la. — Sua voz carregava uma ameaça velada, mas Aurora apenas sorriu, como se aquilo não a afetasse nem um pouco.— Mal posso esperar. — Ela disse, dando um passo para trás.Andrews a observou por mais alguns
Cap.: 33o corpo inteiro doía, e ela tentava ignorar as fisgadas intensas que percorriam seus músculos, Com um suspiro, levantou-se lentamente, sentindo cada articulação protestar.Lembrou-se de ter visto um frasco de comprimidos no quarto de Andrews, algo que ele tomava para dores musculares pensou ela, Seu próprio estoque de analgésicos tinha acabado, e ela não tinha intenção de chamar alguém para buscar mais.Se fosse rápida, ninguém notaria.Caminhou pelo corredor silenciosamente, tomando cuidado para que ninguém a visse, Abriu a porta do quarto de Andrews e, segurando a respiração, avançou até o criado-mudo.O frasco de comprimidos estava ali, pegou um, depois hesitou e pegou mais alguns, escondendo-os no bolso, Engoliu um comprimido com um gole de água e saiu apressada, voltando para seu quarto antes que alguém a pegasse no flagra.Andrews estava ocupado caminhando no jardim, prestando atenção na hora, mas antes que se esquecesse, chamou Jacy.— Avise Aurora que ela não pode sai
Cap. 34: Você bebeu?Andrews se levantou da cadeira rapidamente assim que Aurora passou por eles, mas ficou completamente sem reação ao vê-la cambaleando pela sala, vestindo apenas uma camisola fina,O tecido leve delineava seu corpo e, com o cabelo desgrenhado caindo parcialmente sobre o rosto, ela parecia uma visão hipnotizante, Rodrigo, sentado no sofá, ficou petrificado, seu olhar fixo na mulher que parecia alheia à sua presença.Aurora parou por um momento e piscou algumas vezes, seus olhos pesados pelo sono e pelos efeitos do remédio, Andrews se aproximou com pressa, segurando-a pelos ombros.— O que diabos você está fazendo aqui desse jeito? — ele rosnou, sentindo o calor do corpo dela sob suas mãos em seguida a soltando com pressa com a impressão que ela estava mais quente que o normal.Aurora levantou um dedo em desafio, apontando para o rosto dele, os olhos semicerrados em uma expressão que misturava atrevimento e sonolência.— Você não manda em mim! Me deixa em paz! — ela p
Cap. 35: Quem disse que não me importo?O ambiente pareceu congelar, O sorriso de Rodrigo se manteve, mas a postura de Andrews endureceu, Seu olhar fixou-se no amigo, e sem dizer nada, ele virou a taça de vinho de uma só vez, pousando-a com firmeza na mesa de vidro.— Se você repetir isso mais uma vez — sua voz era baixa, ameaçadora — nossa amizade termina aqui e agora.Rodrigo gargalhou, apontando o dedo para Andrews ainda segurando sua própria taça.— Eu sabia! — Ele riu mais um pouco, balançando a cabeça. — Você está apaixonado por ela.Andrews desviou o olhar, pigarreando, tentando manter a compostura, Sua mandíbula se contraiu enquanto ele negava, tentando ignorar o aperto no peito ao ouvir aquelas palavras.— Não seja ridículo, Eu não vou me aproximar dela e também não vou deixar nenhuma mulher chegar perto de mim. — Ele cruzou os braços, seu tom carregado de amargura. — Não depois do que minha mãe fez, do que Janete fez, Eu já aprendi minha lição, elas não são confiáveis, por i
Cap. 36: seja meu servo.— Que diabos... o que faz aqui? Não sabe bater? — ele perguntou ainda calmo enxugando o cabelo, enquanto ela corava ao encarar os ombros dele descendo até o peitoral.— Você não tem o costume de bater antes de entrar? — Sua voz saiu grave, carregada de exasperação agora a despertando de seus devaneios;Aurora, ainda envolta em uma mistura de vergonha e raiva, cruzou os braços e apontou para ele.— E você não tem o costume de invadir o quarto das pessoas? Entrei sem bater, se incomodou? Eu também me incomodo com o fato que você sempre invade. — Ela rebateu, sua voz carregada de indignação.Andrews bufou e jogou a toalha sobre a cama, dando um passo em sua direção, e ela recuou assustada mas mal conseguindo desviar o olhar do corpo dele.— Eu não invadi seu quarto, Só fui ver se você estava bem, a propósito, você parecia muito confortável na banheira para alguém que adora reclamar de mim. — Ele esboçou um sorriso de canto, notando o rubor crescente nas bochechas