CAPÍTULO 03

     Uma mulher.

     Uma humana.

     Entre milênios de existência, um humano nunca havia sido temido.

     Até a profecia...

     Vieram atrás de muito mais do que sangue e sobre a liderança de seu Alpha, foram objetivos ao tomar um grande reino da Bulgária e escravizar qualquer humano que encontraram.

     Essa raça numerosa ao menos teria alguma serventia que não fosse destruir e corromper tudo que tocam. Contudo, havia um motivo incomum para toda mulher com peculiaridades que diferenciam-na das demais serem levadas diretamente ao pior das feras.

     Ela...

     Entre os profetas de variáveis povos, há uma história. Uma temida história de uma lenda onde, pela primeira vez desde a criação dos povos se é temido a existência de uma humana.

     Como qualquer outro humano, seria uma imunda. Carregaria em seu sangue a marca da humanidade. A desonra de seu povo que tudo toca e tudo destrói. A corrupção e tudo aquilo que poderia tornar-se. Não existe lado bom em pertencer a essa raça. Todo é quem os defende. Como receita de um banquete, ela acrescentaria o caos.

     A princesa humana.

     A princesa dos humanos. A perfeita mulher que caracteriza tudo o que são e podem tornar-se.

     Seu nascimento estava previsto após três comentas vermelhos e três grandes batalhas. Ela viria ao mundo e a grande Mãe da Montanha orientaria seu destino até o rei de toda uma nação.

     Até o Supremo Alpha.

     E assim aconteceu. Ela chegou.

     Humana, porém dele.

     Foi apresentada a em um estado deplorável a beira da morte. O cheiro de podridão humano o enoja.

     Ela fedia a merda, vomito, terra e suor. Conseguia sentir o cheiro de carniça. O odor é tão marcante que vem de antes de ser pega. Estava doente. Sentia o cheiro de sangue em seu nariz. O cheiro do veneno de cobra é facilmente sentido no machucado da picada.

     Mesmo com a podridão de seu cheiro, não há nada existente no mundo que consegue enganar o olfato lhycan. Tudo é uma máscara e bastou encará-la para ter a certeza de seu destino. E quando ela o encarou, segundos antes de desmaiar, viu o que a diferencia dos demais humanos.

     Mas é humana, ainda sim.

     Pior que uma Ômega, humanos são repugnantes.

     E ele, o grande e poderoso Supremo Alpha, pisou em Terras Podres atrás de uma mulher. Mas não uma humana. Não por ela.

     Havia outra que merecia muito mais sua atenção do que uma moribunda. Irá encontrá-la foi arco do destino e um sinal para seu povo se ela realmente for a princesa predestinada. É só uma humana a beira da morte cuja saúde foi posta como prioridade enquanto as buscas por uma mulher de verdade prossegue.

     Alguém de atual maior importância havia sido tirado deles. E agora, querem de volta.

     É uma mulher. Uma jóia. Uma Lhuna.

     Alpha é nome dado ao líder da alcateia. Bhetta são seus conselheiros e líderes em segundo plano. Lhuna é a jóia que vive ao lado de seu Bhetta. É sua companheira.

     Nasceu no bando, filha de uma guerreira albina com um poderoso lobo que morreu para protegê-la. Foi em vão. A mulher foi levada dos braços de seu povo desencadeando a ira de uma das feras mais perigosas de seu mundo.

     Seu companheiro.

     A vinda da alcateia em Terra Podre — um dos nomes dado a terras habitadas por humanos — era inevitável.

     Começou vagamente dentro de alguns anos como abelhas batedores avaliando um terreno. Mas a um mês, o sequestro ocorreu e assim o bando agiu. Começou com a tomada objetiva de um reino e escravidão de um povo. Agora a caçada começou.

Trhøny encontrou rastros próximo de Romênia. — Afirmou um guerreiro.

     Trhøny é um caçador experiente e perigoso. Um grande e robusto lobo de pelagem amarelada e olhos âmbar que não irá hesitar para encontrar sua companheira e matar qualquer um que colocar-se em seu caminho.

     E agora ele busca por caçadores. Humanos que acreditam estar no alto da cadeia alimentar por serem homens que caçam animais perigosos e gabam-se de suas presas. Geralmente são seguidos por grandes cães bem treinados.

     Alguns desses caçadores podem ter visto algo que não deveria. Por breves momentos, histórias de feiticeiras levando uma amaldiçoada se espalhou por uma pequena região. E assim, atraiu uma besta.

     Uma perigosa fera que irá devastar a região em busca de mínimas informações se nescessário. Nada nem ninguém poderá impedi-lo. Ninguém exceto um homem.

     Seu Alpha...

     Alguém superior a ele em hierarquia que pode mata-lo se desobedecer suas ordens. Alguém que não mostra preocupação alguma com o ocorrido. Não mostra qualquer intenção de interrompe-lo.

     Como um predador silêncioso, no escuro de seu novo castelo ele observava o céu. Exibia seus porte musculoso para a madrugada. Como todos, não usa casaco ou qualquer tipo de vestimentas superiores. Seu abdômen marcado com linhas precisas de músculos quadrado são exibidos com desenhos tribais em tinta negra. Seu peito está a mostra, tal como seus ombros largos e os bicpis. Em seu pulso, um bracelete de ouro de mantém e brilha na pouca iluminação.

     Um humano não conseguiria ver com clareza seu rosto. A escuridão é muita.

     A fera não diz nada. Sequer mostra intenção de responder verbalmente. E silenciosamente encara as nuvens da fraca paisagem a sua frente. O ar está forte e choca-se contra seus cabelos negros. Mas nada parece abala-lo.

     Uma tempestade aproxima-se. É final de outono. Logo chegará o inverno.

     A temporada perfeita para matar...

     Mas também é a estação que lembra ela. A humana. Viu seus olhos antes de ser consumida pelo desmaio. É um castanho amadeirado. Tem o toque avermelhado do outono. Como os troncos de árvores colidindo com as folhas secas de um chão lamoso.

     Não está preocupado e lida com a situação friamente quando as notícias sobre seu estado chega até seus ouvidos.

     Foi uma picada de filhote, contudo, já estava doente a algum tempo. Está desidratada e com febre alta. O cheiro de seu corpo indica pinenunuia. Estão fazendo tudo possível para sua situação não se agravar e, assim, curandeiros humanos surgem com uma solução:

Querem fazer um culto para seu deus e tirar o sangue dela. — Disse outro de seu Bhetta encarando-o.

     O homem na janela não faz nada exceto encarar a catedral abaixo. Humanos refugiam-se na igreja iludidos com a esperança de um deus corrompido ajuda-los. Não surpreende a decisão dos curandeiros. Acreditam que todo male e doença está no sangue e, se tirar, curarão a vítima. Mas claro, apenas seu deus pode salvar alguém e não descartam um culto.

     Insolencia.

     Para ele não importa se são ignorantes, tolos ou burros. Não é problema dele. Se arrancar o sangue da humana irá cura-la então então arrancar os cérebros deles irá curar a ignorância?

     Nada é dito. O Alpha continua a encarar o lugar que antes fora uma grande catedral humana.

O Massacre da Lua Negra. A humana é uma princesa desentende de uma sobrevivente. — Algo, finalmente útil, atrai a atenção do Alpha.

     O Massacre da Lua Negra é nome dado ao primeiro massacre desde o final das eras de paz a um século. Uma alcateia inteira fora exterminada em lealdade a Supremacia apenas para esconder o significado de um relés palavra de seu vocabulário.

     E uma humana afirma ter convivido com eles. Tornaria-se uma deles aos 14 anos, contudo, três anos antes perdeu tudo que conhecia e foi abandonada a podridão humana e declarada prostituta.

Sua mãe foi uma princesa vítima de um incestuoso estupro pelo próprio pai e irmão. Ela nasceu e foi adotada pela alcateia. — Resume a história em poucas palavras. — Sua filha foi amante de um rei e morreu para defender a princesa bastarda durante a infância.

     Bastarda ao não, ilegítima ou não, é uma princesa. A princesa da humanidade.

Seu nome é Katharyna Demarttel. — A princesa de um Supremo!

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