Uma mulher.
Uma humana.
Entre milênios de existência, um humano nunca havia sido temido.
Até a profecia...
Vieram atrás de muito mais do que sangue e sobre a liderança de seu Alpha, foram objetivos ao tomar um grande reino da Bulgária e escravizar qualquer humano que encontraram.
Essa raça numerosa ao menos teria alguma serventia que não fosse destruir e corromper tudo que tocam. Contudo, havia um motivo incomum para toda mulher com peculiaridades que diferenciam-na das demais serem levadas diretamente ao pior das feras.
Ela...
Entre os profetas de variáveis povos, há uma história. Uma temida história de uma lenda onde, pela primeira vez desde a criação dos povos se é temido a existência de uma humana.
Como qualquer outro humano, seria uma imunda. Carregaria em seu sangue a marca da humanidade. A desonra de seu povo que tudo toca e tudo destrói. A corrupção e tudo aquilo que poderia tornar-se. Não existe lado bom em pertencer a essa raça. Todo é quem os defende. Como receita de um banquete, ela acrescentaria o caos.
A princesa humana.
A princesa dos humanos. A perfeita mulher que caracteriza tudo o que são e podem tornar-se.
Seu nascimento estava previsto após três comentas vermelhos e três grandes batalhas. Ela viria ao mundo e a grande Mãe da Montanha orientaria seu destino até o rei de toda uma nação.
Até o Supremo Alpha.
E assim aconteceu. Ela chegou.
Humana, porém dele.
Foi apresentada a em um estado deplorável a beira da morte. O cheiro de podridão humano o enoja.
Ela fedia a merda, vomito, terra e suor. Conseguia sentir o cheiro de carniça. O odor é tão marcante que vem de antes de ser pega. Estava doente. Sentia o cheiro de sangue em seu nariz. O cheiro do veneno de cobra é facilmente sentido no machucado da picada.
Mesmo com a podridão de seu cheiro, não há nada existente no mundo que consegue enganar o olfato lhycan. Tudo é uma máscara e bastou encará-la para ter a certeza de seu destino. E quando ela o encarou, segundos antes de desmaiar, viu o que a diferencia dos demais humanos.
Mas é humana, ainda sim.
Pior que uma Ômega, humanos são repugnantes.
E ele, o grande e poderoso Supremo Alpha, pisou em Terras Podres atrás de uma mulher. Mas não uma humana. Não por ela.
Havia outra que merecia muito mais sua atenção do que uma moribunda. Irá encontrá-la foi arco do destino e um sinal para seu povo se ela realmente for a princesa predestinada. É só uma humana a beira da morte cuja saúde foi posta como prioridade enquanto as buscas por uma mulher de verdade prossegue.
Alguém de atual maior importância havia sido tirado deles. E agora, querem de volta.
É uma mulher. Uma jóia. Uma Lhuna.
Alpha é nome dado ao líder da alcateia. Bhetta são seus conselheiros e líderes em segundo plano. Lhuna é a jóia que vive ao lado de seu Bhetta. É sua companheira.
Nasceu no bando, filha de uma guerreira albina com um poderoso lobo que morreu para protegê-la. Foi em vão. A mulher foi levada dos braços de seu povo desencadeando a ira de uma das feras mais perigosas de seu mundo.
Seu companheiro.
A vinda da alcateia em Terra Podre — um dos nomes dado a terras habitadas por humanos — era inevitável.
Começou vagamente dentro de alguns anos como abelhas batedores avaliando um terreno. Mas a um mês, o sequestro ocorreu e assim o bando agiu. Começou com a tomada objetiva de um reino e escravidão de um povo. Agora a caçada começou.
— Trhøny encontrou rastros próximo de Romênia. — Afirmou um guerreiro.
Trhøny é um caçador experiente e perigoso. Um grande e robusto lobo de pelagem amarelada e olhos âmbar que não irá hesitar para encontrar sua companheira e matar qualquer um que colocar-se em seu caminho.
E agora ele busca por caçadores. Humanos que acreditam estar no alto da cadeia alimentar por serem homens que caçam animais perigosos e gabam-se de suas presas. Geralmente são seguidos por grandes cães bem treinados.
Alguns desses caçadores podem ter visto algo que não deveria. Por breves momentos, histórias de feiticeiras levando uma amaldiçoada se espalhou por uma pequena região. E assim, atraiu uma besta.
Uma perigosa fera que irá devastar a região em busca de mínimas informações se nescessário. Nada nem ninguém poderá impedi-lo. Ninguém exceto um homem.
Seu Alpha...
Alguém superior a ele em hierarquia que pode mata-lo se desobedecer suas ordens. Alguém que não mostra preocupação alguma com o ocorrido. Não mostra qualquer intenção de interrompe-lo.
Como um predador silêncioso, no escuro de seu novo castelo ele observava o céu. Exibia seus porte musculoso para a madrugada. Como todos, não usa casaco ou qualquer tipo de vestimentas superiores. Seu abdômen marcado com linhas precisas de músculos quadrado são exibidos com desenhos tribais em tinta negra. Seu peito está a mostra, tal como seus ombros largos e os bicpis. Em seu pulso, um bracelete de ouro de mantém e brilha na pouca iluminação.
Um humano não conseguiria ver com clareza seu rosto. A escuridão é muita.
A fera não diz nada. Sequer mostra intenção de responder verbalmente. E silenciosamente encara as nuvens da fraca paisagem a sua frente. O ar está forte e choca-se contra seus cabelos negros. Mas nada parece abala-lo.
Uma tempestade aproxima-se. É final de outono. Logo chegará o inverno.
A temporada perfeita para matar...
Mas também é a estação que lembra ela. A humana. Viu seus olhos antes de ser consumida pelo desmaio. É um castanho amadeirado. Tem o toque avermelhado do outono. Como os troncos de árvores colidindo com as folhas secas de um chão lamoso.
Não está preocupado e lida com a situação friamente quando as notícias sobre seu estado chega até seus ouvidos.
Foi uma picada de filhote, contudo, já estava doente a algum tempo. Está desidratada e com febre alta. O cheiro de seu corpo indica pinenunuia. Estão fazendo tudo possível para sua situação não se agravar e, assim, curandeiros humanos surgem com uma solução:
— Querem fazer um culto para seu deus e tirar o sangue dela. — Disse outro de seu Bhetta encarando-o.
O homem na janela não faz nada exceto encarar a catedral abaixo. Humanos refugiam-se na igreja iludidos com a esperança de um deus corrompido ajuda-los. Não surpreende a decisão dos curandeiros. Acreditam que todo male e doença está no sangue e, se tirar, curarão a vítima. Mas claro, apenas seu deus pode salvar alguém e não descartam um culto.
Insolencia.
Para ele não importa se são ignorantes, tolos ou burros. Não é problema dele. Se arrancar o sangue da humana irá cura-la então então arrancar os cérebros deles irá curar a ignorância?
Nada é dito. O Alpha continua a encarar o lugar que antes fora uma grande catedral humana.
— O Massacre da Lua Negra. A humana é uma princesa desentende de uma sobrevivente. — Algo, finalmente útil, atrai a atenção do Alpha.
O Massacre da Lua Negra é nome dado ao primeiro massacre desde o final das eras de paz a um século. Uma alcateia inteira fora exterminada em lealdade a Supremacia apenas para esconder o significado de um relés palavra de seu vocabulário.
E uma humana afirma ter convivido com eles. Tornaria-se uma deles aos 14 anos, contudo, três anos antes perdeu tudo que conhecia e foi abandonada a podridão humana e declarada prostituta.
— Sua mãe foi uma princesa vítima de um incestuoso estupro pelo próprio pai e irmão. Ela nasceu e foi adotada pela alcateia. — Resume a história em poucas palavras. — Sua filha foi amante de um rei e morreu para defender a princesa bastarda durante a infância.
Bastarda ao não, ilegítima ou não, é uma princesa. A princesa da humanidade.
— Seu nome é Katharyna Demarttel. — A princesa de um Supremo!
— O que foi? Qual o problema? — O idioma lhupus não era algo bem compreendido pelos humanos e, por tanto, permitia qualquer grupo de lhycantropico conversar sem que seja entendido.— Nada. — Responde em língua humana. O homem fecha os olhos em sinal de frustração e, em seguida ergue a lâmina a altura de seu rosto. Ele limpa sua adaga encurvada. Não é uma arma extravagante como a de seu Bhetta, mas o ajuda a lutar em sua forma humana. “Os pequenos detalhes fazem a diferença.” É o que acredita. — Esse é o problema. Está tudo muito quieto.— Deseja o caos, irmão? — Zomba em seu idioma o lobisomem em cima de uma rocha afinando a lâmina de seu machado.Os humanos locais os encaram tentando adivinhar o que falam, mas tudo que entendem são palavras sem sentido com uma difícil pronunciação. Sequer tentaria fazer tais palavras sa
O que fazer quando seu corpo permanece exausto mas sua mente sente-se cansada de dormir?O que fazer quando sua mente luta para manter a consciência enquanto seu corpo implora pelo sono.É o conflito que Katharyna lida.Vagas lembranças povoam sua mente. A dor em seu corpo estava tão grande como se nunca tivesse deixado a mata e corrente. Mas um conforto incomum é sentido.Quando abriu os olhos teve uma grande surpresa. Estava em um grande quarto de luxo. Um quarto onde, mesmo aquecida com uma lareira e cobertores finos de pele legítima não está confortável. Sozinha nesse lugar grande, sente-se indefesa.Sente um incômodo em sua cabeça que parece mais pesada que o normal
Sozinha. É algo que bem se enquadra no que ela está sentindo-se.Não está em condições de sair da cama. E assim permaneceu sob cuidados de curandeiras.Mas quando terminaram seu trabalho e se retiraram, sentiu-se sozinha. Um passado não muito distante povoa sua mente com saudades de pessoas que já se foram.Algo incomum a faz lembrar-se de sua irmã mais velha. Tão determinada, tão valente. Tão decidida. Estava sempre com ela apoiando-a em qualquer momento, bom ou ruim.Mas ela se foi.Por causa de pessoas que sempre assola ao seu redor, como pragas ansiando para dar derrubar, ela perdeu todos que mais amou. E agora, nesse lugar grande e vasto, sente-se sozinha.
"De onde vieram?"É uma pergunta que persiste a mente dos humanos. Mal sabem. Como poderiam saber? Humanos são incapazes de sobreviver por conta própria na vasta região que essas feras vieram.E não encontram dificuldade alguma em viajar por um oceano demoníaco para chegar a Terras Podres. Terras onde a prosperação humana é permitida são escuras. A terra é infértil e desprovida de beleza genuína. E o pouco valor é arrancado e gasto com tudo de podre que podem fazer.Sequer os pântanos mais tenebrosos do mundo se parecem com terras habitada por humanos. Terras Podres. Pisar nelas é a ter a sensação de nojo.Mas para aqueles que vivem nela, não há nada de especial. Sequer imagina o que há no mundo. Apenas alguns poucos
O dia amanheceu com o presságio de chuva. A umidade estava alta e as nuvens impediram o sol de esquentar a região. Foi quando Katharyna despertou.A cama estava confortável. As cobertas eram pesada em peles finas e escondida todo seu corpo. Encarou a janela entreaberta onde a corrente fria entrava e beijava seu rosto pálido.E então a porta foi aberta atraindo a atenção de seus olhos para três mulheres. Trigêmeas idênticas portadoras de uma beleza deslumbrante. Katharyna sentiu seu sangue congelar e sua barriga contrair-se em uma angústia que conhecia muito bem. Medo.Ela sentiu medo. Não poderia dizer como. As mulheres aparentavam delicadeza e fragilidade pela aparência calma e bela. Como um anjo sem asas. Mas o olhar cinza — como um negro chegado ao branco — é
"Supremo". A palavra não deixava sua mente conturbada por histórias que recebia de sua avó.Supremo Alpha…Lhycans…Sempre adorava ouvir as histórias de grandes feras que tinham forma humana. Muitos os chamavam de bestas e pragas enviadas pelo demônio, contudo é apenas uma forma de recusar a reconhecer sua soberania. Cinco raças, todas lideradas por um governo de uma hierarquia rígida e perigosa.O mais forte sobrevive. É a regra natural de sua forma de viver. Uma sociedade tão perigosa que até mesmo os próprios membros vivem sobre a pressão das consequências de sair da linha. Um povo corajoso e audacioso que aprendem desde cedo o preço de ser parte de uma das mortais sociedade existente.
Três semanas…Três semanas é o tempo que passou-se desde que Katharyna está recuperando-se. Sempre tomando o remédio para melhor mas nunca permitindo que a examinasse. Ela estava ficando rebelde e cada vez mais determinada.A paranóia de seu destino passou a consumi-la dia após dia de modo que sua convivência passou-se a ficar conturbada. Com o tempo, ela não mais desejou tomar nada sem resposta e contentava-se com a comida e água.Estava fechando-se cada vez mais e não tardou a perceber que ninguém daria-lhe resposta de nada. Parecia uma disputa de orgulho onde ela não iria ganhar recusando tudo que pretendem fazer com ela.Perce
Katharyna sente-o observa-la. Ouve os passos pesados ecoarem pelo chão. Tão calmos. Não há mais dúvidas…É ele…Supremo Alpha…Katharyna sente-se ainda mais vulnerável com sua aproximação. E sobre o manto da escuridão, ela vê sua sombra. É a primeira vez que está de pé em frente a ele mas não seu primeiro encontro. Mesmo assim, não consegue deixar de intimidar-se com seu tamanho. Ele é maior que ela. Autoritário e grande.E ela, tão pequena. Sua altura deve estar no meio de seu peito mesmo ela sendo de estatura normal. E mais do que isso. Está perante a uma criatura poderosa que a observa. Sente seu olhar ocultado pela sombra.