61: A Primeira Isca

MIA

De acordo com Vittorio, Don Maurício havia alugado um carro para nós. Eles não queriam correr o risco de que a identidade de Vittorio fosse descoberta de alguma forma. Por isso, agora eu me encontrava sentada no banco de couro de uma Lamborghini que brilhava como ébano sob as luzes da noite. Eu nunca imaginei que um dia estaria dentro de um carro assim, muito menos a caminho de assassinar alguém.

Respirei fundo, tentando controlar a avalanche de pensamentos. O perfume de Vittorio preencheu meus sentidos, uma combinação embriagante de couro e especiarias, invadindo meu espaço pessoal com uma intensidade quase cruel. Meus lábios ainda formigavam com o gosto do beijo que ele havia me dado mais cedo. Parecia que minha própria pele estava conspirando contra mim, mantendo viva a lembrança daquele contato. O mais estranho era a frieza de Vittorio. Depois que saí do banheiro, ele agiu como se nada tivesse acontecido. A indiferença dele era exasperante e, de alguma forma, fascinante.

Enqua
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