66: Sob o Véu do Lune

Eu me sentia uma completa idiota.

Permitir que Vittorio me beijasse foi a decisão mais estúpida que já tomei. Mais estúpido ainda foi sentir tanto por um simples beijo, por gostar das suas mãos me tocando como se tivessem o direito de me reivindicar.

O toque dele me desconcertou; o beijo, me fez respirar de um jeito que não acontecia há anos. Era como se, por um instante, eu tivesse me libertado de algo invisível que me aprisionava. Aquela sensação foi assustadora — e, ao mesmo tempo, irritante.

O pior foi a frustração. Vittorio parecia enxergar através de mim, como se pudesse penetrar todas as camadas que eu me esforçava tanto para esconder. Ele via o que nem eu conseguia enfrentar. E então veio o silêncio desconfortável, o afastamento. Minha fuga da jacuzzi o tinha deixado irritado, mas isso não diminuía minha vergonha.

Suspirei fundo e me forcei a terminar de me arrumar. O vestido que Breno providenciara era longo, mas o decote profundo nas costas descia até quase a curva da minha
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