38: Perigo Velado

MIA

O ambiente ao nosso redor era abafado, cada detalhe carregado de uma atmosfera quase opressiva, como se as paredes de concreto absorvessem e devolvessem o calor dos nossos corpos. O quarto era espaçoso, mas cheio de sombras, a estante, com livros alinhados com precisão obsessiva. Ali, em meio ao cheiro de couro e páginas envelhecidas, senti o peso daquele espaço, que, de alguma forma, parecia cúmplice de Vittorio. O ar estava carregado de algo que oscilava entre o perigo e o desejo, como um fio fino e afiado que poderia se partir a qualquer momento. Estava no território dele, completamente à mercê de suas vontades.

O que havia entre nós era intenso e arriscado, e naquele momento, entre o som abafado da minha respiração e o pulsar acelerado do meu coração, eu não sabia se deveria recuar ou avançar. Todas as memórias dos momentos com Vittorio invadiram minha mente como relâmpagos: sua presença esmagadora, a frieza nos olhos, e a pressão que ele exerci
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