Diego
— No lixo da sua casa, porque para um homem abusado como você, não desejo nem ver o papel. Por apenas um segundo eu fiquei sem reação, eu nunca havia levado um fora na minha vida, ai o meu ego! O seu olhar de desprezo me deixou com um sentimento de diversão, porque uma gata como esta, não está afim de flertar comigo? Sorri ao vê-la se afastar, voltando sua atenção para a sua bebida. — Então você aceita currículos? — sorri divertido ao ver sua expressão de choque me olhando drasticamente. — Olha eu não estou interessada em currículos, muito menos em homens como você. — ela deu seu último gole e com uma expressão de frustração ela bateu o copo contra o balcão e se levantou me olhando feio. Eu apenas a segui com o meu olhar, enquanto ela se afastou sem se virar para trás, como uma mulher pode resistir a mim? Ela se encontrou com outra garota na pista de dança, ela se movimenta enquanto fala demonstrando estar irritada, eu sei que tenho vários efeitos nas mulheres, mas nunca havia visto o negativo em ação. Quando eu resolvi voltar para São Paulo, nunca me passaria pela minha cabeça que eu iria encontrar uma mulher tão linda e sexy como ela na minha boate, seus longos cabelos lisos e pretos como uma noite escura me convidam para puxá-los em um sexo selvagem. Suas curvas envolventes naquele vestido fez meus olhos observarem cada canto do tecido e da sua pele a mostra me faz sentir o desejo de tocá-la. Seus olhos castanhos claros fazem um belo contraste com a sua pele branca, mas com um leve bronzeamento de algumas horas exposta ao sol. Faz algum tempo que eu recebo a proposta do meu pai para retornar do exterior, eu tentei ao máximo negar, mas se eu soubesse que uma mulher destas estaria me esperando, teria feito os trâmites da abertura da boate muito antes. — Velhos hábitos não mudam! Desviei meu olhar da minha pantera e vi meu melhor amigo de infância e agora sócio Rafael Montarini parado ao meu lado, com um sorriso travesso em seu rosto, no impulso da saudade desse corno, lhe dei um abraço e agora que a minha atenção saiu da minha gata, percebi que em volta da gente já havia algumas mulheres de olho em nós. Sem falar nos caras com expressão de frustração, eles estão investindo, mas elas nos querem, sinto muito garotas. Hoje meu foco é outro. — Está focado nas duas ou eu posso investir em uma? — nos afastamos do abraço e ele seguiu o meu olhar até as garotas que agora estão dançando, como se não houvesse amanhã, em uma música eletrônica. — Vamos ver se você é meu parceiro mesmo! Em qual você pode investir? — falei chamando o garçom, enquanto ele sentou ao meu lado, virado também para elas. — Você sabe que eu tenho um fetiche por loiras! — eu ri — E você meu caro amigo, está com os olhos vidrados na morena. — O garçom chegou e o Rafa falou — Um copo de uísque. — O mesmo para mim! — o garçom saiu — Ela disse que não está interessada em homens como eu — falei frustrado e o puto riu. — É normal levar um fora! Eu já levei cara — ele olhou em volta, o barulho da música está em um volume máximo. E as pessoas bebendo e se divertindo me fazem lembrar das festas que frequentava quando abri a minha primeira rede de boates aos dezoito anos. — Mas eu não estou acostumado! — a bebida chegou e eu virei de uma vez olhando para ela, com o líquido queimando minha garganta, assim como ela fez com o meu ego — Ela chamou muito a minha atenção para me dispensar assim. — Diego você sabe que um não é não né mano!?— Rafael me olhou sério. Eu pedi outra dose e quando o garçom estava me servindo eu olhei para o ele e falei — Essa palavra não se encontra no meu vocabulário! — Sorri irônico e ele negou fechando os olhos, enquanto virou a sua bebida. — Oi, garotos, vocês estão sozinhos? — duas garotas que provavelmente eu levaria para a cama hoje se aproximaram de nós sorrindo e subindo os vestidos, enquanto nos olhava sedutoramente. — Desculpe, garotas, hoje não! — sorri divertido, para que a garota lá na pista de dança que estava nos olhando discretamente, pelo menos sentisse um pingo de remorso por ter me deixado à mercê. Ao perceber que o sorriso foi para ela, observei que seus olhos se reviraram, coisa que eu gostaria de ver em outra ocasião, enquanto ela deu novamente as costas para mim. Rafael franziu sua testa e me olhou percebendo o que eu estava fazendo, ele negou discretamente com um movimento de cabeça e bebeu sua bebida, enquanto as garotas se viraram e saíram em silêncio. — O que foi, o exterior te deixou maluco, você já levou um não tá esperando o que? — ele mostrou sua mão — Tenho compromisso com ninguém não parça! Então me tira fora dos seus esquemas. — Eu estou perfeitamente lúcido! E foi você mesmo quem acabou de me dizer que quer investir na loira, como? Com mais duas penduradas no seu pescoço? — Virei o último gole do uísque e percebi alguns caras se aproximando delas. — A três não seria nada mau! — Rafael colocou o seu copo sobre a mesa, enquanto observava as garotas. Eu sorri, já tive essa experiência com mulheres e não posso mentir, não foi ruim. — Eu tenho quase certeza de que elas não são deste tipo! — Vi meu amigo franzir a testa ao ver a garota loira abraçando um dos caras que estava perto delas — Bom! Talvez eu esteja errado! Antes que eu pudesse chamar o Rafael para irmos até elas, vejo o cara abraçado com a loira saindo com a minha pantera ao lado e agora ela não parece tão irritada quanto na minha presença. Que porra! — Mas que merda! — As palavras saíram da minha boca, enquanto observo o cara alto, loiro usando uma camisa escura e calças jeans. A loira está quase pendurada no seu pescoço e ele está segurando sua cintura, ela está visivelmente bêbada, porque parece falar sem parar e a minha pantera anda ao lado dele sorrindo e gesticulando, enquanto ele se aproxima próximo do seu ouvido para responder. — Tá vendo! Você dispensou as duas garotas, para agora ver elas saindo com outro cara! — Rafael falou visivelmente frustrado, enquanto virou outro gole de uísque de uma vez. Por um segundo eu fiquei parado olhando, tive vontade de ir até lá e bater nele e tirá-lo de perto dela, mas rápido eles sumiram na multidão e eu me virei pela primeira vez na minha vida frustrado por levar um fora da gata que eu queria e ver ela com outro. Inferno.Natasha Castro Meu celular despertando faz a minha cabeça doer levemente, droga porque eu fui sair ontem? Abri meus olhos e estou na minha cama, não lembro de ter chegado aqui e nem bebi tanto assim! Estou toda amassada e ainda usando as roupas de ontem, ri ao imaginar a situação da Ana Paula que estava caindo de bêbada. Desliguei o despertador e me levantei para tomar um banho, não dá para aparecer no trabalho assim, peguei meu paletó feminino azul bebe e uma camiseta gola média preta. E o restante do conjunto seguido por um banho relaxante com a água morna… Depois da minha higiene e de me preparar com o cabelo secado por um secador, o prendi em um rabo de cavalo no tipo da minha cabeça, peguei meus óculos e o coloquei na minha bolsa e saí do meu quarto me deparando com uma Ana Paula quase se arrastando pelo chão. — Diga que eu fui atropelada por um carro, e que hoje estou indisponível para o trabalho!! — Minha amiga estava jogada no sofá, com a bunda no encosto e a cabeça cain
Natasha Castro Observei ele entrando com o seu ego batendo no batente sobre a porta. Mas vendo ele sem a luz fosca da boate, ele é… Ele é, vou ter que admitir que ele é realmente um homem lindo, aparentemente ele é bem mais alto do que eu, seu terno deixa seu corpo quase que esculpido, provavelmente porque malha regularmente, seu cabelo escuro está aparado em um corte social lhe dando um ar de sofisticação, assim como a sua barba que está feita, realçando sua maçã de Adão e seus lábios levementes vermelhos. Ele caminha na direção da nossa mesa com um rosto sério, totalmente diferente do idiota piadista que eu conheci ontem à noite, ele sorri enquanto se aproxima e seus olhos escuros percorrem a sala rapidamente pousando nos meus. Sua intensidade quase fez o meu foco no trabalho se perder, então desviei o olhar rapidamente e tentei me manter o mais neutra possível, para que ele não me reconheça e se ele fizer isso, eu posso fingir não me lembrar dele. Porque eu fui falar sobre o uni
Natasha Castro — Nat!!!! Ana gritou, em uma posição terrivelmente comprometedora, eu pisquei algumas vezes e fechei meus olhos, ainda parada, enquanto tento lembrar onde estava a porta. Ana estava sobre a sua mesa com uma perna no ombro do cara e a outra sendo segurada por sua mão próximo a cintura dele. Ela estava nua e ele apenas com as calças abaixadas. — Oh! Meu Deus!!! — ela gritou novamente e eu percebi o desespero em seu tom de voz. Me virei bruscamente ainda com meus olhos fechados e bati em algo duro, será que eu errei a porta? Abri meus olhos e tive que erguer meu rosto um pouco para ver um Diego parado também com uma expressão de surpresa com o que acabou de ver, Deus que dia é esse? Eu o empurrei para trás, fechando a porta, não posso deixar minha amiga nesta situação, será que ele vai demitir ela? Mas o seu amigo e sócio também está metido nisso, tenho certeza de que ele seduziu ela. Eu me assustei com o baque que a porta deu. — Deus! — minhas mãos estão trêmul
Natasha Castro Revirei meus olhos e o encarei, ele acredita mesmo que eu não sei francês e em qual lugar é a referência da, 'cidade da Luz.' Para não alongar muito assunto com ele, subi no jatinho, tendo a certeza de que o nosso destino é Paris. Sentei no último banco suspirando dez horas de voo, contra a minha vontade e com um cara que acabou de se tornar o meu chefe, eu mereço. Ele me olhou, mas sentou na frente falando ao celular. Serviram almoço para nós, aqui dentro só estamos eu e ele, e os funcionários ninguém a mais. Isso me deixa tranquila, pelo menos posso me sentar distante dele… Eu acabei cochilando e acordei com o vibrar do meu celular, era uma mensagem da Ana. 'Oi Nat. Como está a viagem? Para onde vocês estão indo?' Respondi, minha melhor com uma ironia no final, pelo horário, ela já encerrou o expediente e está no apartamento. 'Até o momento está tranquilo, estou sentada a uma distância boa dele e até agora ele não veio me perturbar. Mas Ana eu não sabia que v
Natasha Castro Não conheço nada aqui, nem sei por onde começar, talvez eu saiba, pedir para trazer minha mala, chamar um uber se aqui tiver e pedir que ele me leve para um hotel que talvez esteja disponível. — Ok. Tudo bem, Natasha, você fica comigo na cobertura! — ele falou convicto de que isso iria acontecer. — Não. — Voltei a minha atenção para ele, surpresa com sua ideia absurda. — Natasha temos uma reunião a minutos daqui, não tem quarto disponível se você não ficar comigo o que pretende fazer? — ele me olhou e estava sério, com aquela seriedade que me faz pensar que ele tem um gêmeo ou dupla personalidade. O que eu pretendo fazer? É não, definitivamente não irei para o seu quarto. O que eu faço, em um lugar que mal conheço, talvez a ideia do uber dê certo. Posso chegar um pouco atrasada, mas que profissional eu seria chegando atrasada depois do ceo. Droga tô sem opções. E qual seria a minha moral estando no mesmo quarto que ele? Merda. O que a Ana faria? Ela iria. Quase ri.
Diego Cesarini Eu queria mesmo era envolver meus braços envolta da cintura esbelta que ela tem e puxá-la para essa cama e foder com ela a noite toda. Meu pau lateja dentro da minha calça e eu não consigo pensar em muita coisa a não ser no desejo desgraçado que essa mulher me faz sentir, sem nem me dar moral. Merda. Eu sei quem é ela desde que pisei o pé na empresa, Rafael já havia me avisado, me atrasei, porque estava pensando em uma maneira de fazer essa pantera ficar perto sem me atacar, a única alternativa foi trazer ela para essa viagem. Pelo menos o Rafael já ganhou um sexo na empresa, cara sortudo. Já eu fiquei com a arisca, mas ela ainda vai ser minha e não só por uma noite. - Um... - ela desviou o seu olhar, gosto quando ela fica perdida perto de mim, este é um efeito bom, mas ela sabe esconder rapidamente, ficando fria - Você é um garoto mimado, filho de papai que acredita que tudo e todos devem estar aos seus pés, mas você se engana. Eu não vou cair no seu jogo idiota! Su
Diego Cesarini Natasha me olhou sorrindo e falou entre dentes - Tire suas mãos de mim! - Apenas faça o que eu digo! - respondi baixo, enquanto observava o olhar daquele filho da puta nela. Ele poderia despi-la com o seu olhar. Se eu sou um pouco atrevido, ele é mil vezes mais do que eu. E eu odeio por ele estar nessa reunião, ele não tem respeito, acha que o dinheiro pode tudo. Nós nos aproximamos e ambos se levantaram, apenas cumprimentei eles com um aperto de mão e um leve aceno de cabeça. Enquanto eles ficaram esperando que eu apresentasse a Natasha, mas eu conheço muito bem aquele olhar no rosto do Henri. E não vou fazer isso. - Por favor, sente-se! - Puxei a cadeira para ela ao meu lado, Natasha se sentou agradecendo e eu a conheço pouco, mas sei que com aquele olhar ela poderia me assassinar a qualquer momento. - Henri, eu não sabia que você estaria aqui hoje? - me sentei o olhando. - Sou o sócio majoritário das empresas Sanches, então minha presença é indispensável!
Natasha Castro Levei uma mão sobre a minha boca e dei um passo para trás, com o barulho do impacto da minha mão na face do Diego, eu poderia contar os cincos dedos vermelhos e ele estava sorrindo? Virado com o rosto levemente ao lado, ao contrário do tapa que lhe desferi. Mesmo surpresa com a minha atitude, eu não vou me desculpar, não mandei ele me beijar. Apesar de que foi surpreendente e bom... Droga Natasha! Suspirei frustrada ao ver ele levantar uma mão e levá-la sobre o seu rosto esbofeteado. Engoli em seco quando o seu olhar se voltou para mim. Olhei para trás e estou a milímetros da porta, será que dá tempo se eu correr, prefiro ser uma garota demitida, do que morta. - Tá vendo, como eu posso tentar me aproximar de você, se você só me ataca!? - Ele franziu sua testa. - Eu não sei quem você pensa que sou... Eu não sou esse tipo de garota... Droga eu não sei o que estou falando, seus lábios são tão macios e sua barba pinica. Oh! Deus, ele está me olhando mais confuso do