Natasha Castro
— Nat!!!! Ana gritou, em uma posição terrivelmente comprometedora, eu pisquei algumas vezes e fechei meus olhos, ainda parada, enquanto tento lembrar onde estava a porta. Ana estava sobre a sua mesa com uma perna no ombro do cara e a outra sendo segurada por sua mão próximo a cintura dele. Ela estava nua e ele apenas com as calças abaixadas. — Oh! Meu Deus!!! — ela gritou novamente e eu percebi o desespero em seu tom de voz. Me virei bruscamente ainda com meus olhos fechados e bati em algo duro, será que eu errei a porta? Abri meus olhos e tive que erguer meu rosto um pouco para ver um Diego parado também com uma expressão de surpresa com o que acabou de ver, Deus que dia é esse? Eu o empurrei para trás, fechando a porta, não posso deixar minha amiga nesta situação, será que ele vai demitir ela? Mas o seu amigo e sócio também está metido nisso, tenho certeza de que ele seduziu ela. Eu me assustei com o baque que a porta deu. — Deus! — minhas mãos estão trêmulas e eu balanço minha cabeça várias vezes para aquelas imagens sumirem da minha cabeça. — Você está bem? — ele se abaixou ficando na minha altura. Já que eu estava levemente agachada com minhas mãos sobre meus joelhos, balançando minha cabeça, ainda com meus olhos fechados. — Um pouco aterrorizada, mas sim, estou! — Abri meus olhos e vi o seu rosto próximo ao meu. Seus olhos são ainda mais lindos de perto! Seus lábios são ainda mais… Que droga Natasha! Endireitei o meu corpo e ajeitei meu terno feminino. — O que o senhor faz aqui? — Eu estava te esperando! — ele sorriu, um sorriso sem vergonha. Daqueles que eu vi ontem. — Por que? Não íamos nos encontrar no aeroporto? — lutei para não cruzar meus braços. — Eu ouvi que você viria trazer o carro para sua amiga, então te esperei para irmos juntos e por favor me chame apenas de Diego! — ele colocou as mãos no bolso — Oh! Não, você é meu chefe, não meu amigo. — ele franziu a testa — E não precisa se preocupar comigo, eu já chamei um uber! Mesmo que eu não tenha chamado, não vou entrar no carro dele! Antes que ele fale alguma coisa, a porta atrás de mim se abriu e ele olhou e eu me virei para ver uma Ana Paula terrivelmente vermelha. Ela segurou no meu braço assim que o Rafael saiu e me puxou para dentro fechando a porta. — Que diabos… — Nat! Foi mais forte do que eu… — ela segurou as suas mãos envergonhada — Desculpe! Eu passei o necessário para eles e o senhor Diego saiu e… Ficou apenas nos dois… E… — Ana não precisa se explicar para mim! — segurei na sua não e ajeitei a gola do seu terninho — Mesmo que trabalhemos juntas, ainda somos amigas/irmãs. — Mas você ainda é minha chefe! — ela olhou para baixo. — Não, você é minha vice! Não se preocupe, está tudo bem… — Natasha temos que ir! — ouvi a voz do Diego, enquanto ele bateu levemente na porta. Me causando um revirar de olhos, Ana riu e colocou a mão em sua boca, o odor de amor que está aqui dentro é terrível… — Você vai ficar bem Ana! Eu posso não ir. — olhei com carinho para minha melhor amiga. Na época em que eu vim fazer faculdade eu já estava transformada depois do que aconteceu comigo no ensino médio eu nunca mais deixei ninguém brincar comigo. E a Ana foi um caso diferente, ela era constantemente enchotada na faculdade, sofria bullying e eu a defendi, pois eu sabia o que era sofrer com isso e mesmo que ela seja alguns meses mais nova do que eu, nos tornamos melhores amigas e praticamente irmãs, eu sempre a protegi dos seus impulsos, pena que não tive tempo de alertar ela sobre esse Rafael. — Natasha! Esse cara parece estar brincando com a minha paciência, bufei. — Tudo bem Nat. Eu vou ficar bem, só espero que você também fiquei! — ela sorriu. — Chefe ou não. Se ele se engraçar comigo pode ter certeza que ele não voltará vivo!! — suspirei. — Você sabe que eles são aqueles imbecis, certo? — ela assentiu rindo. Suspirei e depois de alguns segundos saímos da sala o tal Rafael ainda estava ali parado próximo do Diego, dois… Chega de xingar. Olhei a hora e estava faltando vinte minutos para o horário do voo. — Você não chamou o uber, né? — Eu sinto que para ele isso está sendo algum tipo de jogo. Ponderei por um segundo, eu vou ter que pedir esperar o motorista aceitar a corrida e vir até mim de onde estiver. Droga vai demorar, meus ombros caíram em derrota, enquanto concordei. — Então vamos! Chegaremos em cima da hora, onde está sua mala? Deus essa cara de convencido dele, me faz querer bater. Ana está parada do meu lado e sorrindo para o idiota do Rafael que olha para ela discretamente, o que ele quer esconder? Já vimos mais do que o suficiente hoje. Olho para ele como um sinal de aviso, e eu sei que ele entende que se ele machucar ela, terá que lidar comigo. — No estacionamento! — Ótimo, meu carro também está lá, podemos ir? — ele estendeu a mão para que eu vá na sua frente — Ana nos falamos mais tarde! — ela assentiu. Pegando a chave do carro que lhe entreguei Eu caminhei na frente dele, em direção ao elevador. Entramos e assim que eu me virei e as portas começaram a se fechar eu vi aquele cara, entrando novamente na sala da Ana Paula, segui a porta até ela se fechar e ver que ele realmente fez isso. — Não se preocupe com ela não. Ele é responsável! Olhei para o cara parado ereto atrás de mim, e eu não aguentei. — Tão responsável que veio na filial, seduzir a garota!? — Ele não obriga ninguém! — seu sorriso me deu ânsia — Você realmente sabe o que é ser um ceo? Você sabe que isso não está certo né? — falei indignada — Você deveria ter repreendido ele! Ou só porque ele é seu amigo pode fazer o que quiser por aqui? As portas se abriram e alguns funcionários nos olharam desconfiados, endireitei a minha postura nos cumprimentamos e o elevador seguiu com um silêncio ensurdecedor, eu queria avisar a minha amiga para não cair no jogo deles. Não quero ver ela sofrer e ter marcas como eu. Por causa destes homens que acreditam que somos apenas um objeto. O elevador chegou ao estacionamento e seguimos até o meu carro, ele tentou pegar minha mala, mas agradeci e eu mesma carreguei. Ela tem rodinhas. O segui até um passat 2.0 tsi prata, carro de luxo. Ele abriu o porta malas e colocou a minha mala dentro, eu não vi as dele, mas enfim. É estranho eu estar saindo de viagem com o filho e o novo ceo da empresa? É muito constrangedor também. Suspirei, quando ele abriu a porta do automóvel para mim, droga, para de ser gentil. Na minha cabeça só mantenho o idiota que conheci na boate, será que esse cara tem um irmão gêmeo? Foi pouco tempo de direção, ele dirige bem e rápido. Ele até tentou puxar assunto, mas apenas respondi com 'é, não, talvez,' nada a mais, eu conheço a ética do trabalho e não terá nada além de trabalho conosco. Quando o carro parou no aeroporto, um outro nos seguindo fez o mesmo, e um cara parecendo um segurança saiu e ele pegou a chave do carro do Diego e entrou. Caminhamos para a entrada do aeroporto e eu vi o homem saindo com o automóvel. — Você realmente tem algo de valioso aí dentro? — Am? — Voltei a minha atenção ao Diego e ele estava me olhando curioso. — Sua mala! Você não solta ela por nenhum segundo. Nem me deixa carregá-la! Tem algo valioso aí dentro? — ele sorriu divertido. — Oh! Não, apenas gosto de fazer minhas coisas. — Sorri olhando para ele. Sorri demais, voltei a ficar séria, enquanto ele parecia suspirar… Fizemos o check-in de embarque e a moça olhou para ele com um sorriso travesso e disse. — Seu jatinho o aguarda senhor Cesarini! — Obrigado. — ele me olhou — Vamos!? Um homem parrudo, pegou minha mala e saiu com ela em direção ao local de embarque, jatinho? Eu pensei que iríamos voar em um avião comercial normal. Isso realmente está me deixando terrivelmente desconfortável, chegamos em uma jatinho de médio porte, eu nunca havia visto um de perto é incrível. Ele novamente me direcionou a entrar na sua frente! Já tinha algumas pessoas com uniformes lá dentro e até seguranças. Mas antes de subir eu o olhei e perguntei o que mais importa nesta viagem. — Para onde estamos indo? Ele me olhou por um momento e eu me senti despida com a sua intensidade, desviei o meu olhar constrangida, enquanto o ouvi dizer: — La Ville Lumière!Natasha Castro Revirei meus olhos e o encarei, ele acredita mesmo que eu não sei francês e em qual lugar é a referência da, 'cidade da Luz.' Para não alongar muito assunto com ele, subi no jatinho, tendo a certeza de que o nosso destino é Paris. Sentei no último banco suspirando dez horas de voo, contra a minha vontade e com um cara que acabou de se tornar o meu chefe, eu mereço. Ele me olhou, mas sentou na frente falando ao celular. Serviram almoço para nós, aqui dentro só estamos eu e ele, e os funcionários ninguém a mais. Isso me deixa tranquila, pelo menos posso me sentar distante dele… Eu acabei cochilando e acordei com o vibrar do meu celular, era uma mensagem da Ana. 'Oi Nat. Como está a viagem? Para onde vocês estão indo?' Respondi, minha melhor com uma ironia no final, pelo horário, ela já encerrou o expediente e está no apartamento. 'Até o momento está tranquilo, estou sentada a uma distância boa dele e até agora ele não veio me perturbar. Mas Ana eu não sabia que v
Natasha Castro Não conheço nada aqui, nem sei por onde começar, talvez eu saiba, pedir para trazer minha mala, chamar um uber se aqui tiver e pedir que ele me leve para um hotel que talvez esteja disponível. — Ok. Tudo bem, Natasha, você fica comigo na cobertura! — ele falou convicto de que isso iria acontecer. — Não. — Voltei a minha atenção para ele, surpresa com sua ideia absurda. — Natasha temos uma reunião a minutos daqui, não tem quarto disponível se você não ficar comigo o que pretende fazer? — ele me olhou e estava sério, com aquela seriedade que me faz pensar que ele tem um gêmeo ou dupla personalidade. O que eu pretendo fazer? É não, definitivamente não irei para o seu quarto. O que eu faço, em um lugar que mal conheço, talvez a ideia do uber dê certo. Posso chegar um pouco atrasada, mas que profissional eu seria chegando atrasada depois do ceo. Droga tô sem opções. E qual seria a minha moral estando no mesmo quarto que ele? Merda. O que a Ana faria? Ela iria. Quase ri.
Diego Cesarini Eu queria mesmo era envolver meus braços envolta da cintura esbelta que ela tem e puxá-la para essa cama e foder com ela a noite toda. Meu pau lateja dentro da minha calça e eu não consigo pensar em muita coisa a não ser no desejo desgraçado que essa mulher me faz sentir, sem nem me dar moral. Merda. Eu sei quem é ela desde que pisei o pé na empresa, Rafael já havia me avisado, me atrasei, porque estava pensando em uma maneira de fazer essa pantera ficar perto sem me atacar, a única alternativa foi trazer ela para essa viagem. Pelo menos o Rafael já ganhou um sexo na empresa, cara sortudo. Já eu fiquei com a arisca, mas ela ainda vai ser minha e não só por uma noite. - Um... - ela desviou o seu olhar, gosto quando ela fica perdida perto de mim, este é um efeito bom, mas ela sabe esconder rapidamente, ficando fria - Você é um garoto mimado, filho de papai que acredita que tudo e todos devem estar aos seus pés, mas você se engana. Eu não vou cair no seu jogo idiota! Su
Diego Cesarini Natasha me olhou sorrindo e falou entre dentes - Tire suas mãos de mim! - Apenas faça o que eu digo! - respondi baixo, enquanto observava o olhar daquele filho da puta nela. Ele poderia despi-la com o seu olhar. Se eu sou um pouco atrevido, ele é mil vezes mais do que eu. E eu odeio por ele estar nessa reunião, ele não tem respeito, acha que o dinheiro pode tudo. Nós nos aproximamos e ambos se levantaram, apenas cumprimentei eles com um aperto de mão e um leve aceno de cabeça. Enquanto eles ficaram esperando que eu apresentasse a Natasha, mas eu conheço muito bem aquele olhar no rosto do Henri. E não vou fazer isso. - Por favor, sente-se! - Puxei a cadeira para ela ao meu lado, Natasha se sentou agradecendo e eu a conheço pouco, mas sei que com aquele olhar ela poderia me assassinar a qualquer momento. - Henri, eu não sabia que você estaria aqui hoje? - me sentei o olhando. - Sou o sócio majoritário das empresas Sanches, então minha presença é indispensável!
Natasha Castro Levei uma mão sobre a minha boca e dei um passo para trás, com o barulho do impacto da minha mão na face do Diego, eu poderia contar os cincos dedos vermelhos e ele estava sorrindo? Virado com o rosto levemente ao lado, ao contrário do tapa que lhe desferi. Mesmo surpresa com a minha atitude, eu não vou me desculpar, não mandei ele me beijar. Apesar de que foi surpreendente e bom... Droga Natasha! Suspirei frustrada ao ver ele levantar uma mão e levá-la sobre o seu rosto esbofeteado. Engoli em seco quando o seu olhar se voltou para mim. Olhei para trás e estou a milímetros da porta, será que dá tempo se eu correr, prefiro ser uma garota demitida, do que morta. - Tá vendo, como eu posso tentar me aproximar de você, se você só me ataca!? - Ele franziu sua testa. - Eu não sei quem você pensa que sou... Eu não sou esse tipo de garota... Droga eu não sei o que estou falando, seus lábios são tão macios e sua barba pinica. Oh! Deus, ele está me olhando mais confuso do
Natasha Castro — Você vai ter que escolher entre chamar Jesus, ou eu! Mas eu acredito que ele não virá te encontrar nua. — havia ironia em sua voz, mas também uma vibração de desejo. Tirei minhas mãos do meu rosto rapidamente para ter a visão da toalha no chão, deixando exposto o meu corpo, Deus! Me abaixei rapidamente pegando e me cobrindo desajeitadamente. — Diego… O que você faz aqui? — Minha voz saiu falha. — Aqui também é o meu quarto! — ele colocou o vibrador sobre as minhas roupas — Eu gostaria de saber porque você trouxe um, 'objeto sexual' para a nossa viagem? — Meu rosto queimou de vergonha, enquanto fechei e abri meus olhos em seguida, ele ainda falou a frase, quase que em ênfase, mas sua expressão séria me deixou intrigada — Mas eu também quero saber, por que caralho você trancou a porta e não abriu quando eu bati!? — Eu tranquei a porta, porque estou irritada com você! — Segurei firme na toalha em frente ao meu corpo, sentindo frio na minha parte de trás, mas fal
— Diego? — Chamei por ele baixo, mas senti meu coração bombeando ferozmente. Enquanto eu me aproximava da beira da cama, será que eu matei ele? Eu vi a cômoda tremer, quando ele caiu. Um gemido doloroso fez meu coração dar um solavanco e eu parei. Suspirei pesadamente e apontei minha cabeça em direção ao chão, para me deparar com um Diego de costas e com a cabeça próxima a cômoda, levando sua mão sobre sua testa no mesmo instante. — Porra Natasha! Não teria uma forma melhor para me acordar! — Fiquei olhando com meus olhos arregalados, enquanto ele dizia e levantava frustrado. Meus olhos quase saltaram, quando ele se levantou, não sei se foi por causa do sangue escorrendo da sua testa. Ou porque o cobertor caiu, dando a visão do seu corpo tampado apenas por uma cueca box preta. Minha mente pareceu dar um pane, cada gominho do seu abdômen quase mudou o meu foco. Que corpo sarado, nossa! — Natasha!! — Fiquei terrivelmente, envergonhada, quando ouvi a sua voz irritada. Enquanto eu mise
Diego Cesarini As exigências da Natasha eram tranquilas, até ela chegar a pedir outro quarto, mas que merda. O que a porra de um vibrador tem que ela não quer dormir comigo? Em nenhum momento eu me esqueci daquele maldito pênis de borracha, será que ela já se acostumou? E não sente necessidade de um homem, ou simplesmente não me quer? Eu tenho que descobrir. Seus olhos não conseguem esconder o desejo que ela sente, seu nervosismo e a respiração pausada ou acelerada, também é um ótimo gatilho, para me deixar satisfeito de que eu tenho algum gatilho ali. Só preciso usar das ocasiões certas, porra eu nunca tive que pensar muito para ter a garota que eu queria. Agora estou aqui parado, desejando somente ela. Depois da nossa discussão ontem à noite, eu saí para beber, confesso que me excedi um pouco, para não ficar bêbado, retornei ao quarto descobrindo que tinha deixado o cartão lá dentro e a Natasha ainda havia trancado a merda da porta. Eu bati várias vezes e ela não abriu me deixa