LeonardoNossa noite foi animada, romântica e Jéssica e eu nos divertimos como nos velhos tempos. Longe da imprensa, de curiosos e dos seguranças. O bar que visitamos era agradável, mesmo com o frio que fazia dentro do lugar. Pedi um drink leve enquanto Jéssica provou uma bebida sem álcool, adocicada e que só depois descobrimos que também era afrodisíaca. Passava da uma da manhã, quando decidimos voltar para o hotel. Assim que chegamos, disse que não era preciso os seguranças subirem conosco até o nosso quarto. Queria aproveitar os minutos até ficarmos completamente sozinhos. Abraçada a mim, Jéssica me atiçava com beijos em meu pescoço, já que a maldita me abraçou por trás, aproveitando para me tentar com a mão deslizando por cima da roupa que eu usava. O elevador abriu e saímos abraçados, apressados para que pudesse fazer com ela o que eu desejava no momento. Mal tranquei a porta e Jéssica foi me ajudar a tirar minha roupa que não era pouca. Com uma certa dificuldade, removi meu cas
Jéssica— Mãe, o hotel que vamos ficar agora é onde vou poder esquiar com o meu papai?Valentina me questionava, sentada na cama enquanto eu arrumava as roupas na bagagem. Leonardo, de uma hora para outra, decidiu ir para um hotel nas montanhas, para que assim pudesse esquiar e ensinar a filha. Soraia reclamou, dizendo que Leonardo andava fazendo muito os gostos da filha, que Valentina cresceria muito mimada e sendo estragada pelo pai e o avô. Respondi para aquela bruxa, que o filho dela era um pai presente, ao contrário de muitos homens que usavam como desculpa o trabalho para não ter que lidar com os filhos. O senhor Ricardo me apoiou em relação a isso, deixando a cobra com mais ódio ainda de mim. Eu estava pouco me importando com o que Soraia pensava ou deixava de pensar.— Não sei como o seu pai vai te ensinar, então não comece a sonhar alto que você ainda é criança. Escolheu o casaco que vai usar ou prefere esse que está?Perguntei, guardando a última peça de roupa dentro da mala
LeonardoSeguíamos para o hotel nas montanhas. Chegamos ao local antes das sete horas da noite e o trajeto foi feito com tranquilidade. Valentina, Jéssica e Áurea foram sentadas as três uma do lado da outra, meu pai ao meu lado e mamãe longe de todos. Reclamando desde o momento que saiu do hotel até o momento. Que achava errado terminar as férias nas montanhas, que era perigoso, que poderia acontecer algo com um de nós. Tanta reclamação que por um segundo até pensei que se ela não tivesse acompanhado o meu pai tudo estaria bem mais leve e animado. O veículo parou no estacionamento do hotel. O local ficava há uma hora de distância do primeiro hotel em que ficamos. Era bem procurado por turistas, principalmente pela pista de esqui que existia no lugar. Valentina se empolgou vendo a paisagem através do vidro da janela. — Pai, vovô olha a neve que linda. Aqui é tão bonito quanto o outro hotel que o senhor nos levou.Valentina disse, animada com tudo e sorri ao ver a alegria em seu rostin
LeonardoJéssica disse que colocaria nossa filha para dormir esta noite. O jantar terminou da melhor maneira e agora aguardava minha mulher retornar para nossa suíte. Assim que entrei, encontrei o quarto decorado como solicitei e as rosas perfumando o ambiente. Aproveitei que ela não voltava para tomar banho, agora usando apenas a calça do pijama, esperando por ela sentado na cama, conversando com Jorge por mensagem. Passava das onze horas da noite, tarde para Valentina ainda estar acordada. Eu iria aguardar por mais 10 minutos, se Jéssica não aparecesse eu iria até o quarto da nossa filha. Mal terminei de pensar, a porta se abriu e Jéssica entrou.— Sua filha, parece que adivinha quando eu quero que durma cedo e fica me enrolando até pegar no sono.Ouvi Jéssica, falando parando no meio do quarto ao reparar na surpresa.— Então era essa surpresa? Doutor Leonardo, o senhor está realmente disposto a me fazer perdoar por tudo que aconteceu.Jéssica disse, despindo sua roupa, na minha fre
Jéssica— Valentina nada de correr menina — estava com Valentina e Áurea numa área próxima do hotel. Leonardo e seu Ricardo, foram para outra parte, acompanhados de um guia turístico. Como Valentina queria ficar perto da neve e das montanhas, disse para Leonardo que era melhor ficar por aqui mesmo, enquanto os dois aproveitavam o restante do passeio. Soraia não quis participar, usando a desculpa que não se sentia bem, que a comida a deixou com enxaqueca. Óbvio que nem mesmo insisti ou algo do tipo. Quanto mais longe dela, muito melhor seria para mim. A manhã estava fria e saímos do hotel, com roupas próprias para a temperatura que fazia neste momento. Valentina com seu casaco rosa, touca de lã e apenas seu rostinho aparecendo, com as bochechas vermelhas. Áurea dizia que essa viagem jamais seria esquecida. À noite, Leonardo e eu iríamos em um passeio noturno. Comentei com Leonardo no almoço sobre o passeio nórdico e ele acabou concordando comigo. Valentina ficaria com Áurea enquanto nó
LeonardoValentina tentava me convencer que poderia ir sozinha na descida. O instrutor me disse que eu não precisava me preocupar, que tudo estava sob controle e que ele era treinado para qualquer situação. Fiquei mais tranquilo com Valentina me garantindo que obedeceria o que o rapaz dizia. Com tudo pronto, tirei meu celular do bolso para gravar a descida dela. Valentina sorriu para o avô e a mãe. Assim que terminei de gravar a descida, fui até Jéssica entregar meu aparelho, já que eu iria após Valentina. Participaria dessa experiência juntamente com minha filha, pois todos os momentos importantes ao lado dela, eu estaria presente.— O que aconteceu?Jéssica perguntou, se levantando, caminhando até mim.— Não aconteceu nada, é só para você segurar meu celular e claro se quiser, gravar a minha descida. Eu não esquio faz alguns anos, entretanto eu acredito que não estou tão fora de forma assim.Recebo um beijo em meus lábios, vindo dela que me pegou de surpresa com esse gesto.— O que
JessicaQuando Áurea me perguntou o que estava acontecendo, disse apenas para que ela voltasse ao hotel com um dos seguranças. Afirmei que Leonardo havia sofrido um acidente leve, mas precisava ser levado ao hospital. Valentina fez birra, dizendo que queria ir comigo e o avô, mas fui firme ao explicar que não era permitida a entrada de crianças. Agora, estou a caminho do hospital com meu sogro e Diego, que pediu total discrição à equipe médica, alertando a diretoria do hospital sobre a chegada de Leonardo. Qualquer divulgação sobre o acidente foi proibida. Sentada no banco de trás, meu sogro tenta me consolar, segurando minha mão com carinho. Eu não tinha noção da gravidade da queda, nem sabia que havia sangramento na parte de trás de sua cabeça. Ricardo mantém uma calma que me deixa ainda mais nervosa. Ele está acostumado a lidar com essas situações, enquanto eu não entendo nada de hospitais ou doenças.— Filha, mantenha a calma. Não foi nada sério. Quando chegarmos ao hospital, ele
MarceloMeus dias estavam péssimos, com a morte do maldito que eu usava como escudo para continuar enganando a justiça e assim não retornar ao presídio. Larissa seguia me infernizando para que eu desse um jeito de separar Leonardo e a prostituta. Como pode uma mulher como Larissa ser humilhada dessa forma por um filho da puta como Leonardo? Quando a mulher poderia ter o homem que quisesse aos seus pés, entretanto o desejo dela louco era se tornar primeira-dama. Como se Soraia fosse aceitar uma mulherzinha como Larissa, que a diferença com a prostituta era apenas um diploma superior. Estava sentado na varanda que existia em meu quarto, de saco cheio de ficar preso nessa prisão de luxo. Nem as garotas que eram pagas para me entreter, andavam fazendo o serviço direito. Fumava um charuto, vendo a noite estrelada, quando ouço a porta do meu quarto abrir. Viro o rosto, para trás, e Dantas é quem aparece.— Que venha trazendo boas notícias, porque estou no meu limite da paciência que ultimam