JéssicaValentina aguardava a chegada do avô comigo e Áurea no restaurante do hotel. Leonardo foi com Diego e mais um segurança até o aeroporto buscar o doutor Ricardo. Na verdade, um compromisso surgiu e ele acabou tendo que se encontrar com um empresário argentino que desejava construir uma rede de supermercados em São Paulo e pediu para se reunir com o governador antes que voltássemos para o Brasil.— Mamãe, será que o papai e o meu vovô demoram muito para chegar? Estou com fome e quero almoçar com os dois — Valentina reclamava da demora do pai em voltar. Eu mesma estava me sentindo ansiosa, porque Leonardo me avisou que não iria demorar muito e que o voo do seu Ricardo chegaria bem antes do almoço.— Calma, meu amor, deve ter acontecido algo e por isso seu pai está demorando. Se estiver com tanta fome assim, vou pedir que tragam um aperitivo para você.Disse e Valentina se negou a comer antes do pai retornar. No café da manhã a menina contou para Leonardo e eu que teve um sonho fe
LeonardoTive que me encontrar com um empresário, antes de buscar meu pai no aeroporto. Fui pego de surpresa ao encontrar minha mãe acompanhando o marido. Um contratempo, com a bagagem sendo desviada, acabou atrasando a nossa volta e eu já estava ficando impaciente e estressado com a reclamação da minha mãe. Papai, me confidenciou que de última hora, ela resolveu viajar também, que ele não me contou antes com medo da reação da nora. Respondi que Jéssica não iria se importar e que estava feliz, porque no final foram realmente férias em família. Jorge havia me ligado bem cedinho, enquanto Jéssica dormia, para me avisar que participaria de uma reunião em nosso partido e que me passaria a noite todas as informações e pautas que seriam discutidas. Para o novo mandato, ambos pensaram em como melhorar ainda mais o programa de saúde e educação, juntamente com novos empreendimentos que começaram a surgir no Estado. Me sentia tranquilo em relação a uma possível reeleição, porque conhecia bem o
JéssicaLeonardo, me avisou após o almoço que me levaria para jantar fora. Como os pais estavam aqui, ele se sentiu mais tranquilo em deixar Valentina com eles. Nossa filha nem mesmo protestou, ficou feliz por ter o vovô como babá com Áurea. Soraia alegou que estava cansada do voo e com dor de cabeça. Desculpa esfarrapada como sempre para não ficar junto da neta. Seu Ricardo disse que levaria Valentina e Áurea para jantar em uma pizzaria que ficava perto do hotel. Não queria sair para um lugar distante, deixando Leonardo tranquilo quanto a isso.— Amor, estou me controlando para não ligar para o meu pai e saber como Valentina está se comportando — Leonardo disse olhando para a tela do celular. Ele me trouxe até um restaurante novo em Bariloche, com uma decoração moderna e um ambiente muito chique, com tantas pessoas bem vestidas. Quando chegamos me senti totalmente deslocada ao olhar para toda aquela gente com maior cara de rico.— Seu pai cuidando da nossa filha, com toda certeza faz
LeonardoNossa noite foi animada, romântica e Jéssica e eu nos divertimos como nos velhos tempos. Longe da imprensa, de curiosos e dos seguranças. O bar que visitamos era agradável, mesmo com o frio que fazia dentro do lugar. Pedi um drink leve enquanto Jéssica provou uma bebida sem álcool, adocicada e que só depois descobrimos que também era afrodisíaca. Passava da uma da manhã, quando decidimos voltar para o hotel. Assim que chegamos, disse que não era preciso os seguranças subirem conosco até o nosso quarto. Queria aproveitar os minutos até ficarmos completamente sozinhos. Abraçada a mim, Jéssica me atiçava com beijos em meu pescoço, já que a maldita me abraçou por trás, aproveitando para me tentar com a mão deslizando por cima da roupa que eu usava. O elevador abriu e saímos abraçados, apressados para que pudesse fazer com ela o que eu desejava no momento. Mal tranquei a porta e Jéssica foi me ajudar a tirar minha roupa que não era pouca. Com uma certa dificuldade, removi meu cas
Jéssica— Mãe, o hotel que vamos ficar agora é onde vou poder esquiar com o meu papai?Valentina me questionava, sentada na cama enquanto eu arrumava as roupas na bagagem. Leonardo, de uma hora para outra, decidiu ir para um hotel nas montanhas, para que assim pudesse esquiar e ensinar a filha. Soraia reclamou, dizendo que Leonardo andava fazendo muito os gostos da filha, que Valentina cresceria muito mimada e sendo estragada pelo pai e o avô. Respondi para aquela bruxa, que o filho dela era um pai presente, ao contrário de muitos homens que usavam como desculpa o trabalho para não ter que lidar com os filhos. O senhor Ricardo me apoiou em relação a isso, deixando a cobra com mais ódio ainda de mim. Eu estava pouco me importando com o que Soraia pensava ou deixava de pensar.— Não sei como o seu pai vai te ensinar, então não comece a sonhar alto que você ainda é criança. Escolheu o casaco que vai usar ou prefere esse que está?Perguntei, guardando a última peça de roupa dentro da mala
LeonardoSeguíamos para o hotel nas montanhas. Chegamos ao local antes das sete horas da noite e o trajeto foi feito com tranquilidade. Valentina, Jéssica e Áurea foram sentadas as três uma do lado da outra, meu pai ao meu lado e mamãe longe de todos. Reclamando desde o momento que saiu do hotel até o momento. Que achava errado terminar as férias nas montanhas, que era perigoso, que poderia acontecer algo com um de nós. Tanta reclamação que por um segundo até pensei que se ela não tivesse acompanhado o meu pai tudo estaria bem mais leve e animado. O veículo parou no estacionamento do hotel. O local ficava há uma hora de distância do primeiro hotel em que ficamos. Era bem procurado por turistas, principalmente pela pista de esqui que existia no lugar. Valentina se empolgou vendo a paisagem através do vidro da janela. — Pai, vovô olha a neve que linda. Aqui é tão bonito quanto o outro hotel que o senhor nos levou.Valentina disse, animada com tudo e sorri ao ver a alegria em seu rostin
LeonardoJéssica disse que colocaria nossa filha para dormir esta noite. O jantar terminou da melhor maneira e agora aguardava minha mulher retornar para nossa suíte. Assim que entrei, encontrei o quarto decorado como solicitei e as rosas perfumando o ambiente. Aproveitei que ela não voltava para tomar banho, agora usando apenas a calça do pijama, esperando por ela sentado na cama, conversando com Jorge por mensagem. Passava das onze horas da noite, tarde para Valentina ainda estar acordada. Eu iria aguardar por mais 10 minutos, se Jéssica não aparecesse eu iria até o quarto da nossa filha. Mal terminei de pensar, a porta se abriu e Jéssica entrou.— Sua filha, parece que adivinha quando eu quero que durma cedo e fica me enrolando até pegar no sono.Ouvi Jéssica, falando parando no meio do quarto ao reparar na surpresa.— Então era essa surpresa? Doutor Leonardo, o senhor está realmente disposto a me fazer perdoar por tudo que aconteceu.Jéssica disse, despindo sua roupa, na minha fre
Jéssica— Valentina nada de correr menina — estava com Valentina e Áurea numa área próxima do hotel. Leonardo e seu Ricardo, foram para outra parte, acompanhados de um guia turístico. Como Valentina queria ficar perto da neve e das montanhas, disse para Leonardo que era melhor ficar por aqui mesmo, enquanto os dois aproveitavam o restante do passeio. Soraia não quis participar, usando a desculpa que não se sentia bem, que a comida a deixou com enxaqueca. Óbvio que nem mesmo insisti ou algo do tipo. Quanto mais longe dela, muito melhor seria para mim. A manhã estava fria e saímos do hotel, com roupas próprias para a temperatura que fazia neste momento. Valentina com seu casaco rosa, touca de lã e apenas seu rostinho aparecendo, com as bochechas vermelhas. Áurea dizia que essa viagem jamais seria esquecida. À noite, Leonardo e eu iríamos em um passeio noturno. Comentei com Leonardo no almoço sobre o passeio nórdico e ele acabou concordando comigo. Valentina ficaria com Áurea enquanto nó