117 O Despertar da Verdade

Os últimos dias haviam sido um inferno que eu nunca imaginei viver.

Sempre fui meticuloso, sempre soube separar o pessoal do profissional.

Mas agora, ambos os mundos colidiam de uma maneira que ameaçava me derrubar.

Fernanda, com seu sorriso falso e as palavras calculadas, havia me enganado uma vez, mas não iria repetir isso de novo, não mesmo!

A ligação de Bruno apenas reforçava algo que eu me recusava a admitir: a dúvida estava corroendo tudo, e eu precisava tirar essa história a limpo.

Não iria mais perder tempo. A necessidade de respostas urgentes queimava dentro de mim como um fogo incontrolável, consumindo qualquer vestígio de paciência.

Eu precisava saber a verdade, e faria o possível e o impossível para consegui-la.

Sentado no meu escritório do hospital, observei o relógio na parede.

Já passava da meia-noite, mas o sono era uma ilusão distante.

O som da porta se abrindo me tirou dos pensamentos sombrios.

Era Ruan, pontual como sempre, sua expressão impassível, mas
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