11. A responsabilidade de um casamento arranjado

Cecília andava pelo terraço da casa grande, observando os campos de café que se estendiam até onde seus olhos podiam alcançar. A brisa morna do fim da tarde fazia balançar os fios soltos de seu penteado, e o aroma adocicado das flores do jardim se misturava ao cheiro terroso da lavoura recém-colhida.

A fazenda Monteiro de Alcântara era um verdadeiro império, fruto de gerações de trabalho e de decisões calculadas. Seu pai, Joaquim, orgulhava-se de ser um dos poucos cafeicultores que, desde antes da abolição, optara por abandonar o uso da mão de obra escravizada, o que lhe rendera tanto admiração quanto desconfiança por parte dos outros proprietários. Agora, ele se gabava da organização eficiente de seus trabalhadores assalariados, um sistema que, segundo ele, moldaria o futuro do país.

Mas, para Cecília, aquele lugar sempre seria, antes de tudo, seu lar.

— Pensativa outra vez, Cecília? — A voz firme e controlada de Vicente interrompeu seu devaneio.

Ela se virou para encará-lo, o ir
Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App