56. (Livro Vicente) O tilintar da prata

A manhã já ia alta quando Tereza saiu da pequena casa onde vivia com a tia e os primos mais novos. O cheiro de fubá e canela ainda impregnava suas mãos, mesmo depois de lavá-las às pressas. Sua cesta estava cheia de quitutes frescos—pães de mel, bolinhos de fubá, cocadas embrulhadas em papel manteiga. Tudo pronto para ser vendido antes do meio-dia.

Ela atravessava as ruas de paralelepípedo com passos rápidos, desviando das carroças e dos cavalos que passavam. O centro da cidade era sempre um desafio. Homens engravatados e senhoras de vestidos volumosos a ignoravam ou lhe lançavam olhares de desprezo. Alguns sussurravam entre si, fingindo que ela não podia ouvir.

"Esses aí querem mais do que têm direito."

"Agora qualquer uma se acha no direito de andar por essas ruas como se fossem damas."

Ela continuou andando, acostumada com aquele tipo de comentário. Mas foi obrigada a parar quando uma mulher branca e bem-vestida, acompanhada por outra de mesma estirpe, veio em sua direção.
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