Beatrice
Eu realmente nunca pensei como seria a minha morte, lembro de uma vez que Julie me perguntou do que eu tinha medo, eu não soube responder na hora, mas agora que penso, tenho medo da morte, de como vou morrer, entre faca e pistola, eu prefiro pistola, certeira e eficaz, mas a minha situação é diferente e eu só tenho duas opções e infelizmente nenhuma delas envolve pistola, primeira: vou morrer de fome e sede, segunda: vou morrer de hipotermia.
Bem... já faz um tempo que ingeri comida, não faço ideia a quanto tempo estou aqui, mas sinto minha boca ressecada e minha barriga está fazendo barulhos ensurdecedores, talvez esteja a um ou dois dias, a minha segunda opção me parece fazer mais efeito, visto que já não sinto os meus dedos, se a minha temperatura corporal continuar baixando dessa maneira é bem provável que eu não passe de hoje.
Meu fim vai ser numa sala gelada, onde eu vou morrer de hi
Beatrice O resto de tempo que estive no hospital avisei para enfermeira que não queria receber visitas, estava com vontade de ficar sozinha, e eu fiquei, pelo menos até à de receber alta visto que eu não tinha realmente nada quebrado, mas eu tinha muitos hematomas, ele me recomendou remédios e pomadas para dores e meu pai ficou encarregue de comprá-los, só que como papai ficou afastado do seu cargo esses dias, o trabalho acumulou. — Tem certeza que vai ficar bem sozinha? não me agrada a ideia de você ficar aqui — falou incerto. — Pai, Beatrice e Julie vão estar aqui, Julie até convidou a Agnes, uma garota da ONG para vir dormir aqui, eu vou ficar bem, vamos fazer uma noite de garotas, além do mais tem vários seguranças, envolta da casa — dei um abraço o reconfortando. Papai tinha que viajar para uma reunião super hiper mega importante, obviamente eu não ia impedi-lo de ir, e
Beatrice Foi realmente emocionante pegar o canudo e apertar na mão do nosso diretor, papai nem um minuto largou a câmera. Tudo foi exatamente como planejado, o orador fez um discurso chato, recebi o diploma e por fim mas não menos importante, a coisa mais esperada, pelo menos por mim: Jogar o capelo para o alto onde todos se misturam enquanto nós gritamos e festejamos animados, confetes e serpentinas começaram a cair do alto e eu abracei minha irmã e Julie. Formadas!! Procurei entre as pessoas e vi Zack abraçado a Allison, lá estava Roan, Simon e a Kapiranha, sorri fraco ao ver a cena, como eu queria que fosse eu a abraçá-lo e desejá-lo felicidades e tudo mais, mas não era eu, era Kassandra. Ao cair da noite os pais e responsáveis foram embora para que a gente pudesse aproveitar a festa, eu fiquei me achando quando os alunos babavam no meu vestido. Sou linda mesmo!! — Uau, qu
Beatrice— Prontinho, viu?! Nem doeu — acariciei o cãozinho — não dê chocolate para ele, faz mal.A menininha assentiu, pegou seu cãozinho e saiu animada.— Já vai, senhora Parker? — perguntou Agnes.— Vou sim e pare de me chamar pelo sobrenome, sou sua chefe, mas não precisamos de formalidade e tenho um compromisso, fecha para mim, tabom? — ela assentiu.Sai andando até o meu carro e olhei novamente para minha clínica veterinária, nunca me canso de olhar para esse lugar lembrando que foi com o suor do meu dinheiro que o consegui e as mesadas do meu pai que por anos eu guardei. Esperta nem um pouco!!Parei para comprar uma rosa e logo depois caminhei até a lápide da bisa, depositei a rosa e observei a foto da bisa um pouco mai
BeatriceMais uma manhã de sol e aulas ameaçava o meu sono.Depois de um banho quente para me acordar de vez, entrei no meu quarto apenas para pegar minha mochila e meu celular, mas parece que não existe uma só manhã em que eu não possa tomar o meu café da manhã em paz. Parece que o destino adora me atentar, assim que ele me vê com pouca paciência, ele diz:hoje é um dia perfeito pra atentar Beatrice Connor. Foquei no meu celular bem na mão da minha irmã, a quem eu queria enganar?! Isso não se trata do destino e sim da minha irmã, já devia ter calculado, deveria deixar meu celular onde mãos pegajosas como as dela nem chegassem perto.
BeatriceA minha primeira aula da tarde era biologia, eu até tentei prestar atenção, mas não dava, só de olhar para o quadro me dava náuseas, se bem era bem brega ver todo o dia o professor usando chinelo e roupas informais, como se ele tivesse num resort, não, nem num resort ele estaria com essa breguice, hoje ele usava uma camisa laranja cheia de coqueiros, calções e pra completar chinelos. Queria eu entender de onde veio esse estilo de quinta, se ele acha que é bonito, ele não deve ter senso.— Senhorita Connor, já que estava prestando muita atenção em nossa aula, então pode responder à pergunta — falou o professor olhando para mim o que demonstrava que ele estava falando comigo.
BeatriceEu tinha apenas três horas para estar pronta, então me apressei para tomar um banho para tirar o suor, aproveitei para lavar os meus cabelos castanhos escuros que se estendiam pelas minhas costas de tão grande. Ao terminar o meu banho, fui até o meu closet e procurei peça por peça o vestido perfeito, optei por um lindo vestido tubinho preto com brilhantes, era de alçinhas, ia até o meio da coxa e para dar o toque final, coloquei um salto nude combinando com uma bolsinha da mesma cor. Fiz uma maquiagem leve, passei também um babyliss deixando cachos definidos para no final me olhar no espelho, eu realmente estava uma gata, pronta pra arrasar na pista e encher a cara de bebida pra esquecer do fato da minha semana não ter sido tão boa.Tudo isso feito em duas horas e meia, havia me arrumado
BeatriceAcordei cheia de dor de cabeça e quando enfim abri os olhos, me vi num quarto desconhecido, era luxuoso e neutro, não tinha nada que me ajudasse a saber de quem era, então presumi que fosse um quarto de hóspedes, olhei por baixo das cobertas olhando se ainda tinha algo cobrindo minhas partes íntimas, vai que eu dei a louca ontem e fiz algo que depois eu vá me arrepender, felizmente ainda estava com a minha lingerie, tentei reviver as minhas memórias de ontem, mas a noite passada parecia um branco, o único resultado foi mais dor de cabeça, então desisti de tentar me lembrar me concentrando no agora.Em cima da mesa de cabeceira tinha um copo de água com um remédio, presumi que aquilo era pra minha dor de cabeça ent&a
Beatrice— Antes de começar tenho que dizer apenas uma coisa — exigi e ele maneou a cabeça confirmando — na escola você nem ousa falar comigo.— Nem o tencionava fazer — colocou as mãos no bolso relaxado.— Vamos estudar no meu quarto — subi as escadas meio a contragosto.Comecei a procurar dentre as minhas estantes os livros, e assim que os encontrei, coloquei na mesa e me sentei na cadeira, esperando o Sr. Esquisito, eu ainda vou ter uma conversa com o diretor.— E então? Por onde começamos?— Matemática — q