Após contar tudo para o detetive o que descobri nas últimas semanas, sobre os documentos que assinei, sobre as ameaças que Pietro fez aos meus funcionários e sobretudo o que os meus funcionários testemunharam, ele me encara pensativo e o silêncio tomou conta daquela sala.
— Por favor, diga que você vai investiga-lo — eu falo quebrando o silêncio.
— Os seus funcionários estão dispostos a testemunhar? — ele pergunta.
— Sim — eu respondo — Todos eles estão.
— Ótimo! — ele fala mexendo em seu computador e depois pega uma folha — Passe aqui os nomes
Capítulo 37Eu começo a chorar assim que começo a ler a sua carta.— Minha querida esposa, minha querida Bárbara! Eu sinto muito por estar te fazendo passar por tudo isso, eu confesso que achei que eu estaria vivo para resolver todos esses problemas e te contaria apenas quando já estivesse resolvido. Quando eu descobri a minha doença, eu pedi ajuda ao meu irmão Pietro e assim me ajudar na empresa, foi quando eu vi que as coisas fugiram do meu controle. Hoje eu recebi a notícia que eu tenho apenas alguns meses de vida, minha doença já não tem mais cura e eu recusei fazer o tratamento, que poderia me deixar impossibilitado de viver ao seu lado e de Pedro em nossa casa e na nossa empresa, porque eu não queria que você me visse sofrendo em cima de uma ca
Capítulo 38Faz 3 dias que Roberto tinha me pedido o meu e-mail e eu tinha mandado minutos depois, e até agora ele não tinha me enviado nada, ele ainda não deve ter voltado da viagem, mas tudo isso me deixou ainda mais ansiosa. Aos poucos os funcionários do escritório em segredo foram chamados para depor na delegacia e o depoimento deles me ajudou abrir um B.O contra o Pietro.— Esse laudo irá te ajudar — Fernando fala assinando e me entregando ele, eu olho lendo o papel.— Eu jamais achei que iria precisar de um — eu falo suspirando — Obrigada pela ajuda.— É o meu trabalho — ele fala — Confesso que senti uma melhora em você — eu
Capítulo 39— Eu preciso que você veja isso — eu falo quando entramos em uma sala reservada.— Deixa eu ver — ele diz pegando meu celular.— Você consegue me explicar? — eu pergunto para ele.— Sim — ele fala — Será que conseguimos um café?— Eu vou buscar — eu falo.Eu saio abrindo a porta e vou até a máquina de café que havia no salão e pego um café, quando estou voltando para a sala encontro Fernando entrando na sala.— Eu tive que ir ao banheiro — ele fala
Capítulo 40Fernando tinha me acalmado junto de Adri, eu sentia Pedro observando o meu estado o tempo todo, eu tomo um copo de água gelada antes de subir no palco, mas confesso que não conseguia olhar para Pietro e Murilo, no meio de todas aquelas pessoas.Confesso que depois de saber que aquele garçom esteve aqui e entregou a carta para Aline, eu já comecei a ficar confusa e eu sabia que todas as respostas das minhas dúvidas neste momento, estariam naquela quarta carta e que eu precisava me manter calma durante o evento para ler ela após.— Boa noite — eu falo quando pego o microfone e sorrio — Eu quero agradecer a presença de todos no primeiro evento oficial da Evive Decor, esse é um projeto que eu desenvolvi co
Capítulo 41No momento que eu abro a carta eu já começo a desabar vendo tudo o que tinha ali dentro, era os laudos de Paulo explicado um a um por ele, com suas palavras, cada papel que eu lia era como se fosse uma facada dentro de mim.— O que eu vou te escrever agora não é nada fácil para mim, eu pensei muito em como iria te contar tudo durante esse um ano, fomos companheiros a vida toda e acredito que até o último suspiro da minha vida, eu não queria que nem você e nem Pedro sofresse durante meses antes de que eu partisse, já se lamentando em pensar que um dia eu não estaria mais ao lado de vocês, desde que descobri a minha doença que era um câncer no intestino, eu comecei a viver a minha vid
Eu choro muito, eu caio no chão por que eu perco as forças das minhas pernas, eu tremia e parecia que meu coração ia saltar para fora do corpo, era horrível tudo que eu estava sentindo, era ruim saber tudo que Paulo passou sozinho, guardando toda a sua dor para ele poder fazer dos últimos dias que eu e Pedro tínhamos ao seu lado os mais especiais e únicos, para que a gente pudesse ter as melhores lembranças dele.Eu queria gritar, eu queria sair correndo, eu queria esbravejar toda a dor que eu estava sentindo, mas eu fico aqui jogada no chão, segurando todos os papéis e encolhida em meu próprio corpo, chorando e chorando muito, nessa altura do campeonato eu não queria que ninguém me visse frágil dessa forma, mas era impossível não estar assim neste momento, eu não era que nem o Paulo que foi forte durante um ano de tratamento, um ano passando por toda essa doença sem falar nada.Meu coração parecia que ia sair fora do peito, a dor era tão grande, a porta é aberta e eu só conseguia cho
Algumas semanas depois...Após descobrir sobre a sua doença e ter recebido aquela carta, eu tinha me fechado ainda mais para tudo, a única pessoa capaz de me manter de cabeça erguida era meu filho, por ele eu era capaz de qualquer coisa, por mais que eu tivesse sofrendo e despedaçada por dentro, eu me sentia viva apenas pela sua existência. Eu acho que se eu não tivesse Pedro em minha vida, eu já teria partido com tanta dor e sofrimento.Eu já escutei que a dor não mata, mas eu sei que ela é capaz de matar. Eu me lancei de cabeça no trabalho e mesmo tendo a presença de Pietro frequente na empresa me atrapalhando e me atazanando, tudo fluía muito bem, as coleções eram um sucesso e estava preste a colocar mais uma filial no Brasil, mais um projeto que eu e Paulo sonhamos muito, eu estava disposta a tirar tudo que sonhamos do papel.Ainda existia muita coisa para ser revelada, principalmente sobre as cartas, se era com o tal garçom que ela estava e quem era as pessoas de confiança que P
Eu olho para Fernando que não esboçava nada, estava apenas sério e eu olho para Artur que estava da mesma forma.— Eu terei que aguentar Pietro? — eu pergunto — Vou ser presa? — eu começo a ficar nervosa — Por favor, fale algo.Ele me olha sério e pega alguns papéis na gaveta.— Pelo ao contrário — ele diz — Você está livre dele e do Murilo, o juiz acatou em sua defesa e anulou todos os contratos, você ainda irá processá-los pelo golpe que tentaram lhe dar — eu abro um sorriso e até agora, esse era um riso de felicidade. — Aliás, junto do setor de contabilidade eu consegui provar que o seu cunhado junto do advogado, fizeram retiradas da empresa em contas que foram abertas em nome de Paulo sem conhecimento dele, porque Paulo quando descobriu sobre a sua doença passou uma procuração — ele me entrega o papel da procuração — Assinatura de Paulo e as contas ainda continha o dinheiro e foram bloqueadas, sendo aberto um processo para que os dinheiro volte para as contas de origem.— O senhor