Eu tinha saído da clínica na segunda-feira de manhã, a primeira coisa que eu z quando cheguei em casa, foi passar a segunda toda com Pedro, assistindo lmes e fazendo coisas que a gente fazia com Paulo.
Eu pego na minha bolsa a agenda de Paulo que eu tinha pegado na nossa casa do litoral, vou até o seu escritório que eu tinha arrumado depois da polícia ter vindo vasculhar todas as coisas, pego uma de suas canetas preferidas, Paulo era louco por canetas e o melhor presente que ele poderia receber, era canetas com seu nome escrito, essa era uma que Pedro tinha feito para ele durante uma viagem com seus primos, era a preferida dele, eu abro um sorriso lendo o seu nome nela.
— Senhora Barbara — Liliane fala batendo na porta do escritório.
— Oi, Liliane — eu falo sorrindo — Eu não tinha te visto ainda aqui hoje.
— É bom ver a senhora sorrindo — ela fala &mda
Eu entro dentro do seu escritório e vejo tudo diferente, as coisas de Pietro espalhadas por sua mesa, me faz car nervosa.— Aline — eu a chamo que vem correndo até o escritório — Sim, senhora Bárbara — ela fala.— Cadê as coisas de Paulo? — eu pergunto.— Estão em caixas no depósito — ela fala.— Mande buscar — eu falo — Me traga caixas e vamos levar as coisas de Pietro para outra sala.– Ok — ela fala.Eu ligo para Pietro que não me atende, mando mensagem para ele que me responde logo depois dizendo que logo chegaria na empresa, acredito que ele não me esperava por aqui pela surpresa na mensagem em saber que eu estava na empresa.Aline me ajuda a tirar todas as suas coisas e ela se encarrega de levar para outra sala, eu abro as caixas vendo todas as suas coisas ali dentro e começo a tirar
Capítulo 21Eu tinha ficado tão nervosa quando eu vi às coisas de Pietro, que fui com quatro pedras para cima dele e aquilo não tinha sido certo, ele era irmão de Paulo e jamais iria querer fazer algo para prejudicar a sua memória, mas é que na minha cabeça às suas coisas eram muito mais que bem materiais, eram lembranças me que fazia sentir, que Paulo estava vivo.Todos os nossos colaboradores, eram em média de 150 funcionários, estão aqui os nossos arquitetos queridos e designers que faziam parcerias com a Evive também. Eu sinto que preciso continuar o nosso legado.— Já está todo mundo aqui, senhora Bárbara — Aline fala e eu olho para ela.
Capítulo 22— Obrigada a todos — eu falo quando me recomponho de todas as lembranças — Esse é o novo projeto para a Evive decor, que já se inicia no dia de hoje. A Evive atende um público enorme tanto na Evive projetos, como na Evive desginer e foi vendo a necessidade dos nossos clientes, que á 5 anos criamos a Evive Decor, porque quando criamos um espaço, não é só nos móveis precisamos pensar, precisamos analisar os mínimos detalhes das decoração e foi pensando na facilidade para os nossos designers que criamos a loja, mas mesmo assim ainda faltava muito, se já tínhamos os móveis, a decoração, porque não ter também itens diários, que usamos no nosso dia a dia em uma proposta luxuosa? Combinando com os móveis e a decora&c
Tinha sido enviada uma mensagem pelo crematório, falando que já poderia retirar as cinzas de Paulo. Assim, que estou na porta de casa saindo, ouço alguém falar. — Minha amiga! — Adriana fala vindo em minha direção, quando eu ia entrar no carro. — Amiga – eu falo abraçando-a forte — Graças a Deus. — Me perdoa por não ter conseguido vir antes — ela fala — Eu estava com tantos contratos assinados, não tinha como largar a empresa no caos que estava em Nova York. — Está tudo bem — eu falo para ela — Você está aqui comigo. — Eu sinto muito — ela diz — Sinto muito por tudo, eu sei o quanto deve estar sendo difícil para você. — Está sendo horrível — eu falo. — Eu sei, eu imagino — ela diz. — Eu vim para ficar com você, para ficar ao seu lado, eu não vou sair do seu lado um minuto. — Obrigada — eu olho para ela — Eu preciso ir pegar as cinzas do Paulo. —Você já sabe o que vai fazer? — ela pergunta. — Não — eu respondo — Eu não sei o que vou fazer ainda — eu digo chorando. — Vamos, eu
— Querida Bárbara, eu sei que quando receber esta carta, você deve estar querendo diversas respostas, eu sei que você e Pedro devem estar sentindo uma dor imensa no coração de vocês, eu não queria partir tão cedo e muito menos de uma para outra, eu não sei quando e quais foram a circunstância da minha morte, mas faz um ano que eu sinto que esse momento poderia chegar a qualquer momento, por isso eu escrevi essa carta, assim como outras que irão chegar até você, elas estão com uma pessoa que eu confio muito e para ter certeza que essas cartas chegaria até você, eu deixei com uma pessoa que você não conhece, mas que em breve irá entrar em contato com você e te dar a resposta de todas as suas dúvidas, por isso eu peço que não conte a ninguém sobre essa e as outras cartas que irá r
Segurando aquela carta nas mãos e chorando muito, porque não conseguia segurar a emoção de ler as suas palavras, era sua letra e só ele conseguiria escrever essas palavras. No primeiro momento eu só sabia chorar, eu lia e relia aquela carta e era como se eu escutasse ele falando em meu ouvido, era como se ele tivesse do meu lado.— Eu vou te amar para sempre também — eu falo chorando e soluçando — Você é e sempre será, o único amor da minha vida — coloco a minha cabeça na mesa deixando que as lágrimas caíssem naquela carta.Eu tinha certeza agora que na noite da festa, Paulo me preparava para sua morte, porque ele sabia que algo iria acontecer, mas o que iria acontecer? O que ele sabia? O que ele tinha feito? O que ele tinha?
Eu me sento em uma cadeira na sala de espera do consultório do doutor Fernando e não tinha ninguém ali, apenas eu. Era uma sala de espera pequena com três cadeiras e alguns livros. Eu tinha chegado vinte minutos antes do meu horário, eu não tinha dormido a noite toda, tinha passado o tempo todo lendo e relendo a carta, cada palavra, cada detalhe que ele fez, seus pontos de interrogação, os corações no final das linhas com o BP escrito dentro.— Bárbara, bom dia – Fernando fala abrindo a porta do seu consultório — É bom ver você aqui.— Bom dia, doutor Fernando — falo dando um leve sorriso e apertando a sua mão, entro dentro do seu consultório, colocando a minha bolsa em cima de uma pequena mesa ao lado da poltro
Eu saio do consultório e vou no parque que eu e Paulo sempre caminhamos, a natureza aqui era linda de mais, a última vez que caminhamos por aqui foi um dia antes da sua morte e lembro como se fosse agora. Naquele dia a gente desceu do carro, entrelaçou as nossas mãos e começamos a nossa caminhada, paramos na beirada do lago vendo os patos nadarem ali, tinha uma mãe pata com tantos filhotinhos que tentavam subir uma rampa para sair do lago e os filhotinhos não tinham força, Paulo se aproximou ajudando-os a subirem, depois disso continuamos a nossa caminhada que terminou em pipoca doce em plena 8h30 da manhã.Todas as pessoas que a gente encontrou durante o nosso percurso, continuavam aqui caminhando, eu encontrava todos e me cumprimentavam surpresos de me ver ali, com certeza se não sabia da morte de Paulo, perguntavam a si mesmos: cad&ec