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Minha irmã sorri. Fria e cruel e selvagem.

Ela e seu olhar, que mais parecem facas me perfurando fazem meu instinto de sobrevivência gritar. Fuja! Corra, agora! Mas, não o faço. Meu sangue esfria, gélido como pedras de gelo e as cicatrizes recebem calafrios até a base da coluna a cada pulsar e latejar, dolorosa e insuportável.

— Bem, vejamos... Que hora mais inconveniente essa. – Duvessa diz em alto e bom som, a trovoada curvando-se a voz aveludada e sensual dela e a chuva forte recusando-se a tocá-la, como se estivesse envolta em uma redoma invisível. Ela analisa as unhas compridas e pontiagudas pintadas de preto e estala a língua dando de ombros. — O que posso fazer? Aprecio entradas dramáticas!

Noah se afasta confuso entre o meu desespero e a presença inesperada. Pulo do parapeito abaixando a saia do vestido de uma maneira desajeitada e apressada demais, enquanto o mortal tenta fechar o botão da calça. Minha irmã solta uma

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