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Assim que ficamos seguros dentro da casa, ajudo o feérico a se apoiar no balcão ilha e corro para o escritório de Victor. Depois que ele morreu, suas coisas continuaram intactas, pois, não consigo arrumar uma razão para mexer em suas gavetas cheias de históricos de pacientes antigos, ou, nas cristaleiras com seus instrumentos e remédios. Para que me livrar se algum dia essas coisas serão úteis?

São úteis agora. Penso evitando respirar muito profundamente e inalar o forte cheiro de sangue grudado em minha camiseta pijama. Tal pensamento me leva a concluir que eu estou um tanto indecente para receber visitas, ainda mais inesperadas. Ignoro minha consciência e vergonha, já que se fosse eu quem estivesse sangrando, com certeza, deixaria passar batido o fato de ter pernas demais a mostra.

Pego gaze e alguns objetos de uma sutura que Victor me ensinou a usar em uma chuvosa tarde de sábado quando abri um corte na cabeça ao bater em uma das pedras no lago. Na teoria

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