Envoltos em roupões macios, Benjamim e Megan saíram do banheiro, a pele ainda quente e levemente úmida do banho prolongado. O que começou como uma simples ducha se transformou em outra sessão de toques e carícias, os corpos reacendendo o desejo com a mesma intensidade de antes, prolongando o momento até que o vapor enchesse o ar.Megan caminhou até o sofá, pegando a camisola e a calcinha que deixou lá, com a intenção de voltar para seu quarto. Seu coração batia rápido, a mente dividida entre o prazer que ainda reverberava em seu corpo e a necessidade de se recompor. Benjamim, percebendo o movimento, interrompeu-a com um olhar que misturava desejo e suavidade.— Não quer dormir aqui essa noite? — perguntou, a voz baixa, um nítido convite.Megan hesitou, os dedos apertando o tecido da camisola. — É melhor eu ir para o meu quarto. Se eu ficar, posso acabar machucando seu ferimento durante o sono — respondeu, a desculpa soando frágil até para ela enquanto juntava suas coisas.Era a única
O pior em tudo isso, o assassino não foi punido. A falta de provas, segundo as autoridades, o deixou em liberdade. Caio, devastado, sabia que não tinha as habilidades para confrontar o homem diretamente. Mas ele tinha inteligência, tecnologia e recursos. Com uma determinação fria, começou a rastreá-lo, usando suas conexões no mundo da tecnologia para localizar o responsável pela morte da irmã.Foi assim que chegou até Benjamim. Caio ofereceu seus serviços; sua expertise, sua lealdade inabalável, em troca de um único favor: capturar o assassino e entregá-lo vivo. Ele queria ser o responsável por aquela justiça. Só o sangue daquele homem em suas mãos aplacaria a dor e honraria a memória de Camila.Benjamim ouviu a proposta de Caio em silêncio, os olhos avaliando o homem à sua frente. A expertise tecnológica de Caio e sua determinação eram valiosas, uma adição estratégica à sua organização. Após um momento, ele aceitou os termos, mas sua voz carregava um aviso gélido:— A lealdade é ineg
Sophia se afastou da janela, o olhar inquieto caindo sobre o relógio de pulso. Já passava da meia-noite, e Andrew ainda não havia retornado. Ele conhecia as regras rígidas de Benjamim, mas parecia fazer questão de desafiá-las a cada oportunidade. Com um suspiro frustrado, ela pegou o celular e discou o número dele, os dedos tamborilando impacientemente na escrivaninha.Por sorte, Andrew atendeu após poucos toques. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, Sophia já o repreendeu, a voz carregada de irritação.— Onde você está, seu irresponsável? Sabe que horas são? — disparou, sem dar espaço para desculpas.— Calma, general — respondeu Andrew, o tom provocador, com um riso abafado. — Eu sei que horas são.— Não sou general! — retrucou ela, o cenho franzido. — Só tento não sobrecarregar o Benjamim. Ele já tem problemas demais para lidar com dois adultos como nós. Ou melhor, uma adulta e um marmanjo mimado como você.Andrew riu, claramente se divertindo com a provocação.— Mas você fal
No movimentado hospital particular no centro de Seattle, Megan Davis acabara de terminar mais uma cirurgia e voltava para seu escritório. O desânimo e o cansaço eram evidentes em sua expressão, mas, acima de tudo, o que mais pesava era ter que trabalhar com seu ex-namorado e a atual namorada dele. Assim como Megan, Lucas era médico e trabalhava no mesmo hospital e, naquele dia, estavam no mesmo plantão. Ter que ver Lucas quase todos os dias e, em alguns momentos, acompanhado de sua nova namorada era, no mínimo, torturante. Ela parou seus passos quando o viu passar sorrindo, enquanto conversava com a namorada.— Quando vai superar? Até parece que gosta de sofrer — falou Melinda, chamando a atenção de Megan.— Acha mesmo que não quero superá-lo e seguir em frente, Linda? Isso é tudo o que eu mais quero, mas você sabe como esse término me deixou insegura. Você, melhor do que ninguém, sabe das palavras que ele usou quando terminou comigo — murmurou Megan, enquanto voltavam a caminhar.—
Quando Megan se aproximou da cozinha, ouviu vozes alteradas. Uma delas era inconfundivelmente de Melinda. Reconhecendo a voz da amiga, Megan apressou-se na direção de onde parecia estar acontecendo uma discussão. Ao entrar na cozinha, deparou-se com Ivan e Melinda discutindo acaloradamente. Embora não prestasse atenção a todos os detalhes da conversa, ficou claro para ela que o motivo era ciúmes.De repente, Ivan empurrou Melinda, que bateu contra o balcão. Ao ver sua amiga ser agredida, Megan sentiu uma onda de coragem surgir de um lugar que nem sabia existir. Sem hesitar, ela interveio. Empurrou Ivan e ergueu a voz:— Que merda você pensa que está fazendo? Você não tem o direito de encostar nela! Você não é pai dela, Ivan, é só o maldito namorado!Megan não era do tipo que confrontava as pessoas, especialmente quando se tratava de si mesma. Mas, quando o assunto envolvia aqueles que amava, tudo mudava num piscar de olhos. Ela também não costumava xingar, mas naquele momento, aprovei
Megan chegou em casa, mas não conseguia tirar Melinda da cabeça. A preocupação com a amiga naquela festa, principalmente com o que Ivan pudesse fazer, a consumia. Assim que guardou as chaves, mandou uma mensagem para Melinda e decidiu que só ficaria tranquila quando obtivesse uma resposta.Enquanto esperava, sentiu o corpo tenso. Seus olhos vagaram até o pequeno bar da sala, e ela resolveu beber algo. Sentia que merecia; e precisava, daquilo. Escolheu um vinho, serviu-se e voltou ao sofá. Com o celular nas mãos, Megan olhava ao redor e, pela primeira vez em muito tempo, reconheceu sua solidão. Essa era sua rotina ultimamente: sair do hospital e voltar para casa. Sua vida parecia completamente desprovida de emoção; algo que Lucas fez questão de jogar em sua cara no término.Inquieta, levantou-se e se aproximou do espelho no aparador. Estudou seu reflexo. Era uma mulher morena, alta, com um e setenta, cabelos lisos e olhos castanhos. Sim, podia se considerar bonita, mas sabia que certos
Caio o tirou de seus pensamentos ao avisar que haviam chegado. Benjamin conferiu sua arma e a munição antes de descer do carro. Ele nunca saía desarmado, nem mesmo quando ia para a casa dela. Subiu os degraus e tocou a campainha. Tinha a chave do apartamento, mas, naquele momento, não estava com ela. Logo, a porta se abriu, revelando Harper, que o recebeu com um sorriso radiante.— Entre, eu estava te esperando — disse ela, dando espaço para que ele passasse.Harper era uma mulher loira, de um metro e sessenta, dona de olhos verdes que pareciam hipnotizar. Aos olhos de todos, era linda e irresistível, capaz de atrair olhares por onde passava. Benjamin deslizou a mão para sua cintura, puxando-a para mais perto, e murmurou com um sorriso provocativo:— Achei que fosse me esperar vestida com aquela lingerie da foto que me mandou.Ela arqueou uma sobrancelha, os lábios curvando-se em um sorriso malicioso.— Pensei que fosse melhor esperar você sem ela.O tom sensual de sua voz fez o corpo
Megan mal podia esperar para trocar de roupa e voltar para casa. Seu turno havia terminado, e tudo o que desejava era um banho relaxante. Após se despedir de Linda, dirigiu-se ao vestiário para trocar de roupa. Em seguida, voltou ao escritório para pegar seus pertences antes de sair. Já passava da meia-noite, e ela havia realizado várias cirurgias ao longo do dia. Enquanto caminhava em direção à recepção, algo chamou sua atenção: uma movimentação estranha.Gritos ecoaram pelo local, e Megan percebeu que homens armados haviam invadido o hospital, trazendo consigo três homens baleados. Um deles apontou uma arma para Linda e exigiu saber onde estava o médico. Megan sentiu o peso da situação: sua tranquila noite havia sido destruída.— Eu sou médica — declarou, atraindo a atenção dos invasores e afastando-os de sua amiga. Apesar da apreensão, sabia que não podia demonstrar medo.Linda lançou lhe um olhar preocupado, mas Megan manteve a calma e aproximou-se dos feridos. Os homens armados e