Benjamim manteve sua expressão inabalável, com a sobrancelha arqueada, aguardando a explicação do irmão. — Foi só uma pessoa aí, mas que bom que você voltou. Estávamos esperando para continuar o café — respondeu, tentando desviar o assunto. — Não era dele que você disse que não tinha medo? — provocou Megan, expondo-o com um sorriso divertido. — Não era para me dedurar — resmungou ele, em um sussurro quase cômico. — Vem cá, vamos ver se você realmente não tem medo! Andrew correu, escondendo-se atrás de Sophia, que, sentada, ria e apontava para Benjamim. Este, por sua vez, estreitava os olhos para o irmão, mas também se divertia. O clima descontraído contagiava a todos, enchendo o ambiente de bom humor. Na porta, a senhora que antes estava na cozinha parou para observar a cena. Um sorriso suave iluminou seu rosto. Seus olhos encontraram os de Megan, que também sorria, e ela murmurou com um toque de alívio: — Eu sabia que as coisas mudariam por aqui. Espero que essa alegria dure.
Cecília, a governanta, se aproximou de Sophia, curiosa sobre a mesa do café da manhã.— Posso mandar tirar a mesa, menina? — perguntou a governanta, com sua habitual gentileza.— Ainda não, Cecília. Benjamim está conversando com a Megan. Quando eles saírem, pode mandar tirar — respondeu Sophia, com um sorriso cúmplice.Na sala de jantar, agora fechada, Benjamim limpou a boca com o guardanapo, levantou-se e contornou a mesa, aproximando-se de Megan. Vestia um terno cinza impecavelmente ajustado ao seu corpo atlético, e sua presença, ao se aproximar, fazia Megan se sentir, como sempre, uma presa vulnerável diante dele.— O que você precisa falar comigo? — perguntou ela, assim que ele parou à sua frente, sua voz carregando uma mistura de curiosidade e cautela.— Você dormiu bem? — indagou ele, com um tom calmo, mas enigmático.Megan franziu a sobrancelha, surpresa com a pergunta trivial. — Você me pediu para ficar só para perguntar isso? Poderia ter feito essa pergunta durante o café —
Imersa naquele prazer avassalador, Megan não conseguiu se conter e pediu por mais. — Benjamim, não pare, isso está incrível. — Gemeu, o nome dele escapando em um sussurro entrecortado.— Coloque o pé na cadeira — ordenou ele, a voz rouca, sem interromper os movimentos dos dedos.Ela obedeceu imediatamente, erguendo o pé e apoiando-o na cadeira. A nova posição a deixou ainda mais exposta, permitindo que Benjamim a tocasse com maior profundidade. Quando Megan sentiu o orgasmo se aproximando, ele enfiou dois dedos dentro dela, movendo-os rapidamente. O ritmo intenso ampliou o prazer, fazendo seu corpo tremer. O braço de Benjamim, que a envolvia pela cintura, a sustentou com firmeza, enquanto seus dedos continuavam implacáveis.Os gemidos de Megan foram abafados pelos beijos urgentes de Benjamim, que ainda se movia dentro dela com precisão. A sensação era tão intensa que o prazer parecia se renovar, levando-a à beira de outro orgasmo. Megan mal acreditava que isso fosse possível, tão lo
No movimentado hospital particular no centro de Seattle, Megan Davis acabara de terminar mais uma cirurgia e voltava para seu escritório. O desânimo e o cansaço eram evidentes em sua expressão, mas, acima de tudo, o que mais pesava era ter que trabalhar com seu ex-namorado e a atual namorada dele. Assim como Megan, Lucas era médico e trabalhava no mesmo hospital e, naquele dia, estavam no mesmo plantão. Ter que ver Lucas quase todos os dias e, em alguns momentos, acompanhado de sua nova namorada era, no mínimo, torturante. Ela parou seus passos quando o viu passar sorrindo, enquanto conversava com a namorada.— Quando vai superar? Até parece que gosta de sofrer — falou Melinda, chamando a atenção de Megan.— Acha mesmo que não quero superá-lo e seguir em frente, Linda? Isso é tudo o que eu mais quero, mas você sabe como esse término me deixou insegura. Você, melhor do que ninguém, sabe das palavras que ele usou quando terminou comigo — murmurou Megan, enquanto voltavam a caminhar.—
Quando Megan se aproximou da cozinha, ouviu vozes alteradas. Uma delas era inconfundivelmente de Melinda. Reconhecendo a voz da amiga, Megan apressou-se na direção de onde parecia estar acontecendo uma discussão. Ao entrar na cozinha, deparou-se com Ivan e Melinda discutindo acaloradamente. Embora não prestasse atenção a todos os detalhes da conversa, ficou claro para ela que o motivo era ciúmes.De repente, Ivan empurrou Melinda, que bateu contra o balcão. Ao ver sua amiga ser agredida, Megan sentiu uma onda de coragem surgir de um lugar que nem sabia existir. Sem hesitar, ela interveio. Empurrou Ivan e ergueu a voz:— Que merda você pensa que está fazendo? Você não tem o direito de encostar nela! Você não é pai dela, Ivan, é só o maldito namorado!Megan não era do tipo que confrontava as pessoas, especialmente quando se tratava de si mesma. Mas, quando o assunto envolvia aqueles que amava, tudo mudava num piscar de olhos. Ela também não costumava xingar, mas naquele momento, aprovei
Megan chegou em casa, mas não conseguia tirar Melinda da cabeça. A preocupação com a amiga naquela festa, principalmente com o que Ivan pudesse fazer, a consumia. Assim que guardou as chaves, mandou uma mensagem para Melinda e decidiu que só ficaria tranquila quando obtivesse uma resposta.Enquanto esperava, sentiu o corpo tenso. Seus olhos vagaram até o pequeno bar da sala, e ela resolveu beber algo. Sentia que merecia; e precisava, daquilo. Escolheu um vinho, serviu-se e voltou ao sofá. Com o celular nas mãos, Megan olhava ao redor e, pela primeira vez em muito tempo, reconheceu sua solidão. Essa era sua rotina ultimamente: sair do hospital e voltar para casa. Sua vida parecia completamente desprovida de emoção; algo que Lucas fez questão de jogar em sua cara no término.Inquieta, levantou-se e se aproximou do espelho no aparador. Estudou seu reflexo. Era uma mulher morena, alta, com um e setenta, cabelos lisos e olhos castanhos. Sim, podia se considerar bonita, mas sabia que certos
Caio o tirou de seus pensamentos ao avisar que haviam chegado. Benjamin conferiu sua arma e a munição antes de descer do carro. Ele nunca saía desarmado, nem mesmo quando ia para a casa dela. Subiu os degraus e tocou a campainha. Tinha a chave do apartamento, mas, naquele momento, não estava com ela. Logo, a porta se abriu, revelando Harper, que o recebeu com um sorriso radiante.— Entre, eu estava te esperando — disse ela, dando espaço para que ele passasse.Harper era uma mulher loira, de um metro e sessenta, dona de olhos verdes que pareciam hipnotizar. Aos olhos de todos, era linda e irresistível, capaz de atrair olhares por onde passava. Benjamin deslizou a mão para sua cintura, puxando-a para mais perto, e murmurou com um sorriso provocativo:— Achei que fosse me esperar vestida com aquela lingerie da foto que me mandou.Ela arqueou uma sobrancelha, os lábios curvando-se em um sorriso malicioso.— Pensei que fosse melhor esperar você sem ela.O tom sensual de sua voz fez o corpo
Megan mal podia esperar para trocar de roupa e voltar para casa. Seu turno havia terminado, e tudo o que desejava era um banho relaxante. Após se despedir de Linda, dirigiu-se ao vestiário para trocar de roupa. Em seguida, voltou ao escritório para pegar seus pertences antes de sair. Já passava da meia-noite, e ela havia realizado várias cirurgias ao longo do dia. Enquanto caminhava em direção à recepção, algo chamou sua atenção: uma movimentação estranha.Gritos ecoaram pelo local, e Megan percebeu que homens armados haviam invadido o hospital, trazendo consigo três homens baleados. Um deles apontou uma arma para Linda e exigiu saber onde estava o médico. Megan sentiu o peso da situação: sua tranquila noite havia sido destruída.— Eu sou médica — declarou, atraindo a atenção dos invasores e afastando-os de sua amiga. Apesar da apreensão, sabia que não podia demonstrar medo.Linda lançou lhe um olhar preocupado, mas Megan manteve a calma e aproximou-se dos feridos. Os homens armados e