Melinda entrou e a abraçou, deixando as lágrimas rolarem. Megan, sem entender o que estava acontecendo, fechou a porta com um leve empurrão e retribuiu o abraço.— Linda, o que aconteceu? Por que está chorando assim? Você está me assustando — perguntou, visivelmente preocupada.Melinda afastou-se lentamente, enxugando as lágrimas, e puxou Megan em direção ao sofá. Sentou-se e começou a explicar:— Não tivemos a oportunidade de conversar direito no hospital. Eu esperava fazer isso depois do expediente, mas toda aquela loucura aconteceu... Agora estou aqui. Me desculpe por vir sem avisar.— Ei, não precisa pedir desculpas. Sabe que sempre estarei aqui por você. — Megan a consolou, enxugando uma lágrima que ainda descia pelo rosto da amiga. — Agora, me conte o que aconteceu.— Depois que você saiu da festa, chegamos a cantar os parabéns. Eu tentei manter a calma, achando que poderíamos conversar direito, mas acabamos brigando novamente.Naquele momento, Megan compreendeu que o assunto er
Enquanto seguiam para dentro do hospital, a conversa entre as duas continuava. — Você fica falando o quanto sou isso e aquilo, e que vou arrumar outro homem logo. Mas e você? Quando vai se permitir conhecer novas pessoas? Você também é linda, engraçada, um baita mulherão, e já vi inúmeros homens te olhando nesse hospital — disse Linda, levantando a moral de Megan. — Você sabe bem que não me vejo como esse mulherão que você diz. Olhares e cantadas eu até recebo, mas consigo perceber que só querem sexo. Você me conhece e sabe que não curto essa coisa de sexo casual — respondeu Megan. — Eu sei. Você é uma romântica incurável. Para ir para a cama com alguém, primeiro tem que rolar algo mais. Por isso demorou tanto para perder a virgindade — provocou Linda, sorrindo em seguida. — Não se preocupe, eu já estou superando o Lucas e vou deixar as coisas acontecerem devagar. Você sabe que gosto de ter tudo sob controle — disse Megan. — Deixar as coisas saírem do controle às vezes é bom e po
Enzo aguardava, impaciente, as informações que havia solicitado sobre a médica. Já tinha sido informado de que as flores haviam sido entregues, mas não conseguia se concentrar. Seu telefone tocou mais uma vez e, para sua infelicidade, era Harper. Com um suspiro pesado, ele se deu por vencido e decidiu atender. Em sua mente, a dúvida persistia: como Benjamim aguentou por tanto tempo?— O que foi, Harper? — Atendeu de forma ríspida, sem esconder sua irritação.— Eu já estou acordada há horas e você nem veio me ver. Quando vem? — disse ela, com um tom exageradamente dengoso.— Harper, eu sou um homem ocupado. Não tenho tempo para brincar de casinha com você ou fingir que sou um marido preocupado. Aliás, nem namorados somos. Você sabe que eu não namoro! Somos amantes, e é melhor que você entenda isso de uma vez. Quando eu puder, eu passo aí. — E, sem esperar resposta, desligou o telefone, soltando um novo suspiro de impaciência.Do outro lado, Harper olhou incrédula para o celular em suas
Benjamim pegou o celular dela e digitou algo rapidamente. Em seguida, ligou para o próprio número usando o aparelho dela.— Pronto, salvei meu número no seu celular e agora também tenho o seu. Pode me ligar a qualquer hora, seja de dia ou de noite. Inclusive, se o Enzo aparecer — disse ele, devolvendo o celular para Megan.Ela pegou o aparelho de volta, observando o número que ele havia registrado. O fato de Benjamim ter agendado aquele contato não significava que ela pretendia usá-lo. Quanto mais distante ficasse daquele tipo de situação, melhor seria.Por alguns instantes, os dois se encararam. E lá estava novamente aquele olhar — o mesmo que ele havia lançado a ela em sua casa. Megan sentiu-se inquieta, como uma presa diante de seu predador. Mas, ao mesmo tempo, havia algo quente e irresistível na forma como ele a olhava. Sem perceber, Megan mordeu os lábios. Benjamim, então, levou a mão ao rosto dela, sem hesitar dessa vez.— Não morda os lábios desse jeito; você não faz ideia de
Megan estava deitada na cama enquanto Lucas a examinava mais uma vez. Benjamim permanecia ao lado, observando Lucas com atenção, enquanto Linda analisava os dois homens à sua frente. Ela já havia percebido a tensão no ar e sabia que algo interessante estava prestes a acontecer.— Não precisa se preocupar, ela está se recuperando bem e em boas mãos. No caso dela, foi apenas uma queda de pressão. Provavelmente não se alimentou direito ou passou por alguma situação estressante. Logo ela estará acordada. Sendo assim, acredito que não há necessidade de o senhor permanecer aqui, já que não faz parte da família — declarou Lucas, com um tom um pouco ríspido.Benjamim arqueou uma sobrancelha, avaliando Lucas. Aquelas palavras deixaram claro que ele queria marcar território. Mas as coisas não funcionavam assim com Benjamim, e ele pensou: "Se é assim que quer jogar, então vamos jogar."Melinda, posicionada ao lado, estava adorando a cena. Era quase possível ver as faíscas no olhar dos dois homen
Benjamim virou a cabeça lentamente, percebendo que era Lucas novamente. Seu maxilar travou instantaneamente; aquele homem já o estava irritando além do limite. Ele sabia que o melhor seria sair dali antes que fizesse algo que pudesse lhe comprometer. Mas, antes de ir, Benjamim decidiu provocar um pouco mais. Com um gesto calculado, levou uma das mãos ao rosto dela e disse:— Acho melhor eu ir. Nos vemos mais tarde, minha pequena — murmurou, enquanto seus dedos deslizavam suavemente pelo rosto dela.Levantando-se, Benjamim lhe deu um sorriso enigmático e se virou para sair, sem dar tempo para que Megan processasse o que acabara de acontecer. Ao passar por Lucas, o sorriso desapareceu, sendo substituído por um olhar assassino que fez o outro engolir seco.Quando Benjamim finalmente saiu, o quarto mergulhou em um silêncio constrangedor. Megan, incomodada com a tensão no ar, decidiu quebrar o silêncio:— Por que voltou? Precisa de alguma coisa?Lucas sentou-se na cama, fixando o olhar em
Lágrimas escorriam pelo rosto de Megan, traiçoeiras, sem sua permissão. Essas perguntas a corroíam havia tanto tempo que, de certa forma, foi um alívio finalmente colocar tudo para fora.— Eu pensei que você jamais estaria disposta a mudar por mim. Acabei me deixando levar quando conheci alguém que era o que eu queria que você fosse. Mas eu ainda tenho sentimentos por você... e sei que você ainda me ama. — Lucas disse, sua mão pousando suavemente no rosto de Megan.Aquele toque, aquelas mãos; por tanto tempo ela sentiu falta disso. Megan fechou os olhos, permitindo-se sentir novamente o calor da pele de Lucas. Não deveria, mas precisava saber se ainda sentiria o mesmo. Com um suspiro breve, Megan abriu os olhos, fixando-os em Lucas.— Eu estava com medo de que te machucassem. Quando os vi te empurrando, eu só... agi. Não pensei em mais nada. Mas, Lucas, não sei se posso ser essa mulher o tempo todo.Megan sabia, no fundo, que nunca conseguiria ser exatamente como Lucas queria. Apesar
Marcos terminou o banho, se arrumou e saiu do quarto, dirigindo-se às escadarias da imponente mansão de Benjamim. No caminho, encontrou Sophia, que também seguia para as escadas.— Aonde você pensa que vai, pirralha? — perguntou, enquanto a abraçava e beijava sua cabeça.— Já faz tempo que deixei de ser uma pirralha — retrucou ela, apontando para a própria altura.— Para mim, você sempre será minha pirralha. Mas não desconversa, está planejando sair?— Não, estou esperando o Benjamim voltar para casa. Quero ter certeza de que ele está realmente bem e que aquela bala não foi nada sério — respondeu, com um tom de preocupação. Marcos interrompeu os passos no meio do degrau, recuou ligeiramente e perguntou, surpreso:— Espera, está me dizendo que o Benjamim foi baleado? Como isso aconteceu?— O Caio não te contou? Aquela pilantra da Harper estava traindo meu irmão com o Enzo e armou uma emboscada — explicou Sophia, com o rosto tomado por indignação.— Eu estava em uma missão... Imagino q