Benjamim notou a tensão nos ombros de Megan, talvez até um lampejo de medo em seus olhos, e decidiu continuar, tentando suavizar o tom para mostrar que não estava irritado.— Sei que você viu o que aconteceu mais cedo com aqueles homens na sua casa. Não queria que tivesse presenciado, mas, já que viu, não vou negar. Acho melhor explicar tudo.Megan percebeu que negar seria inútil. Ele sabia de tudo; não era um blefe, como ela inicialmente imaginou. Ainda assim, Benjamim não parecia zangado com o que ela fez, o que a deixou ligeiramente aliviada.— Como eu disse, o homem que te machucou teve o que mereceu. O outro, mandei de volta para o Enzo. Você está sob minha proteção, Megan. Posso lidar com qualquer um que vier atrás de você — declarou com firmeza, na esperança de que ela entendesse quem ele era, ou pelo menos parte disso.Ela absorveu cada palavra, sentindo o coração disparar sob o peso daquele olhar intenso. Incapaz de sustentá-lo, desviou os olhos. Uma mistura confusa de gratid
Megan parou na entrada da cozinha, admirada com o que via. O local estava iluminado por um enorme lustre no teto, e tudo ali era de primeira qualidade; desde os armários planejados até os eletrodomésticos, alguns dos quais ela nem sabia para que serviam. Seus olhos logo encontraram o alvo: a geladeira.Caminhou até ela, abriu a porta e começou a procurar pelo leite. Se abaixou um pouco, vasculhando as prateleiras inferiores, sem perceber que não estava mais sozinha. Alguém havia acabado de entrar na cozinha e, naquele instante, a observava em silêncio.Sua camisola havia subido um pouco mais enquanto ela se inclinava, revelando parte da coxa à luz suave do ambiente.Benjamim se aproximou sem fazer barulho, ainda admirando a cena. Parou bem atrás dela e, com um tom divertido, finalmente quebrou o silêncio:— Lanche noturno?Megan se assustou, levantando-se de uma vez, e com o movimento brusco, bateu a cabeça na parte de cima da geladeira.— Ai! — resmungou, segurando a cabeça com uma e
Enquanto Megan e Benjamim saboreavam o lanche noturno, em outro lugar, as coisas estavam longe de serem tão agradáveis. Enzo estava furioso. Os dois homens que havia enviado para capturar Megan tinham retornado; e um deles estava morto e o outro gravemente ferido. Mas, pelo menos, o recado de Benjamim havia sido entregue.— Desgraçado insolente... Se acha que isso vai ficar assim, está muito enganado. Vou tirar essa garota de você, Benjamim, assim como tirei a Harper. E será bem debaixo do seu nariz. Vou destruir tudo o que é seu, até não sobrar mais nada. Garanto que, no fim, vai implorar para que eu te mate — rosnou, tomado pela fúria.Sem hesitar, sacou a arma e atirou na cabeça do homem à sua frente. Eles trabalhavam para sua família há anos, mas isso não o impediu de tirar sua vida.— Vigiem a casa do Adam. Assim que ela sair de lá, quero ser informado imediatamente. Vamos ver até quando ele consegue mantê-la presa naquela casa.++++++Na cozinha de Benjamim, os dois seguiam come
Benjamim a puxou, a encostando contra a parede. Seus beijos recomeçaram com ainda mais intensidade, enquanto suas mãos exploravam o corpo dela, arrancando-lhe um gemido abafado. Interrompeu o beijo por um instante, sua voz saindo rouca, quase como uma súplica:— Vamos para o meu quarto?A porta foi fechada, e Megan se viu encostada nela. Os beijos ficaram ainda mais quentes, urgentes. Desde que a observou cuidando dele em sua casa, Benjamim desejava provar daqueles lábios; quase o fez no hospital. Mas agora, ali, podia explorá-los sem restrições, com liberdade.Megan sentia o quanto ele a desejava, o quanto sua excitação era evidente ao pressionar seu corpo contra o dela. Com movimentos firmes, Benjamim desfez o nó do cinto que prendia o robe, deixando a peça escorregar por seu corpo, tudo isso sem descolar os lábios dos dela.Ele segurou sua cintura novamente, a guiando até a cama. Quando ela se deitou, ele se afastou por um momento para observá-la. Ali, sobre os lençóis, com a respi
Benjamim abriu os olhos, a respiração ainda pesada, e encontrou Megan limpando a boca com um gesto tímido, embora o brilho de desejo em seus olhos traísse qualquer vergonha. Ela estava ajoelhada entre suas pernas, os calcanhares sob o corpo, e aquela visão; tão crua e provocante, era quase insuportável.Megan exalava sensualidade sem esforço. Sua beleza natural, os traços delicados e o jeito como o levou ao êxtase momentos antes o deixavam completamente rendido.— Você vai me deixar louco, pequena — murmurou, inclinando-se para frente e segurando o rosto dela com as mãos, o polegar traçando a linha de seu queixo.Benjamim a beijou com fome, os lábios exigentes enquanto exploravam os dela. Ainda no beijo, segurou o braço dela com firmeza, um convite silencioso para que se levantasse. Megan obedeceu, rompendo o contato dos lábios por um instante, os olhos fixos nos dele, carregados de expectativa.Ela ficou de pé entre as pernas dele, o corpo exposto à luz suave do ambiente. Benjamim de
Benjamim continuou focado naquele ponto sensível, os dedos trabalhando com precisão até que um gemido agudo escapou dos lábios de Megan. Ele sentiu os músculos internos dela se contraírem com força ao redor de seus dedos, um sinal inconfundível de um orgasmo intenso.As unhas dela cravaram em seu ombro, e ele podia sentir as pulsações involuntárias do corpo dela, cada contração confirmando o prazer avassalador que a consumia. Envolvendo a cintura dela com o outro braço, Benjamim a segurou firme, acelerando os movimentos para intensificar tudo, até sentir um jorro quente escorrer de dentro dela, molhando sua mão.Lentamente, ele retirou os dedos, o corpo dela ainda tremendo. Inclinou-se e depositou um beijo suave entre os seios dela, a pele quente sob seus lábios. Ao erguer o olhar, encontrou os olhos de Megan; uma expressão indecifrável, uma mistura de vulnerabilidade e desejo que o intrigou. Sem desviar o olhar, ele levou os dedos, ainda brilhando com o prazer dela, à boca, chupando-
Envoltos em roupões macios, Benjamim e Megan saíram do banheiro, a pele ainda quente e levemente úmida do banho prolongado. O que começou como uma simples ducha se transformou em outra sessão de toques e carícias, os corpos reacendendo o desejo com a mesma intensidade de antes, prolongando o momento até que o vapor enchesse o ar.Megan caminhou até o sofá, pegando a camisola e a calcinha que deixou lá, com a intenção de voltar para seu quarto. Seu coração batia rápido, a mente dividida entre o prazer que ainda reverberava em seu corpo e a necessidade de se recompor. Benjamim, percebendo o movimento, interrompeu-a com um olhar que misturava desejo e suavidade.— Não quer dormir aqui essa noite? — perguntou, a voz baixa, um nítido convite.Megan hesitou, os dedos apertando o tecido da camisola. — É melhor eu ir para o meu quarto. Se eu ficar, posso acabar machucando seu ferimento durante o sono — respondeu, a desculpa soando frágil até para ela enquanto juntava suas coisas.Era a única
O pior em tudo isso, o assassino não foi punido. A falta de provas, segundo as autoridades, o deixou em liberdade. Caio, devastado, sabia que não tinha as habilidades para confrontar o homem diretamente. Mas ele tinha inteligência, tecnologia e recursos. Com uma determinação fria, começou a rastreá-lo, usando suas conexões no mundo da tecnologia para localizar o responsável pela morte da irmã.Foi assim que chegou até Benjamim. Caio ofereceu seus serviços; sua expertise, sua lealdade inabalável, em troca de um único favor: capturar o assassino e entregá-lo vivo. Ele queria ser o responsável por aquela justiça. Só o sangue daquele homem em suas mãos aplacaria a dor e honraria a memória de Camila.Benjamim ouviu a proposta de Caio em silêncio, os olhos avaliando o homem à sua frente. A expertise tecnológica de Caio e sua determinação eram valiosas, uma adição estratégica à sua organização. Após um momento, ele aceitou os termos, mas sua voz carregava um aviso gélido:— A lealdade é ineg