Capítulo 7
No momento seguinte, Leo já havia pressionado Ana contra a parede.

O homem segurou o queixo dela sem piedade e a forçou a levantar a cabeça para encará-lo:

- Eu estava curioso para saber que tipo de mulher meu pai tinha arrumado para mim, mas não pensei que fosse apenas uma interesseira.

O tom do homem era zombeteiro, e a força de sua mão era tão pesada que Ana sentia como se sua mandíbula estivesse prestes a ser esmagada.

A dor fez com que os olhos de Ana se enchessem de lágrimas, mas ela não as deixou cair:

- Isso, sou mesmo uma interesseira, sou uma pessoa que é movida por dinheiro. Então, Sr. Leo, você pode me dar dinheiro e mandar essa mulher nojenta sumir da sua frente?

Leo ficou um pouco atônito com a resposta. Ele nunca tinha visto uma mulher que realmente mostrasse sua cobiça de forma tão nua e crua na frente dele.

Mesmo que elas quisessem o dinheiro, geralmente se davam ao trabalho de fingir um pouco.

Havia algo realmente especial nessa mulher... Especialmente esnobe e superficial.

A curva zombeteira nos lábios de Leo se aprofundou um pouco com esse pensamento:

- Jura? Já que você quer tanto o dinheiro, que tal tornar real o que acabou de dizer?

Ana ficou um pouco confusa, mas no momento seguinte, Leo agarrou suas mãos e jogou todo o seu corpo na cama.

- Você... O que está fazendo?

Ana ficou atônita e tentou se arrastar para trás, mas Leo prendeu seus tornozelos para que ela não pudesse recuar.

- Você não acabou de dizer que, depois de se casar comigo, passou de uma garota inocente solteira para uma mulher divorciada? E já que você me pediu uma compensação, como posso não realizar o seu desejo?

Depois de dizer isso, Leo se debruçou sobre ela e foi chegando cada vez mais perto...

Sua expressão era zombeteira quando ele se aproximou do pescoço branco de Ana, mas em vez da sensação nojenta que ele esperava, sentiu um cheiro indescritivelmente familiar.

Uma mistura de leveza e calmaria, exatamente como a sensação que aquela garota havia lhe proporcionado naquele dia...

Por um momento, ele se esqueceu de que estava apenas tentando assustar aquela mulher sem noção e, inconscientemente, se aproximou dela ainda mais.

Ana estava presa por ele e não conseguia se mover, só podia fechar os olhos e não encarar a pessoa à sua frente, seu corpo ficando cada vez mais rígido. No fim, ela não conseguiu mais se conter e gritou:

- Não quero mais o dinheiro, apenas me deixe ir embora!

Ela ainda não conseguia superar aquele obstáculo em seu coração, afinal de contas.

Ao ouvir esse grito, Leo voltou a si.

Só então ele se deu conta do que havia acabado de acontecer.

Só pensar que ele teve um impulso por essa garota interesseira e que até mesmo a havia associado àquela garota pura e inocente, Leo se sentiu muito irritado.

O homem imediatamente se levantou com nojo:

- Você acha que quero te tocar? Uma mulher como você...

As palavras restantes não foram ditas, mas o desdém em seu tom deixava Ana sufocada.

Ela agarrou as roupas à sua frente e se sentou:

- Perdão, passei dos limites. Já que o Sr. Leo não quer me ver, então vou embora primeiro. Quanto ao divórcio, o senhor deve ser capaz de resolver sozinho. É só me chamar para vir pegar o certidão de divórcio quando ficar pronto.

Depois de dizer isso, Ana se afastou sem olhar para trás.

Mas assim que chegou à porta, a voz baixa do homem soou em seus ouvidos:

- Eu te dei permissão para sair?

O corpo de Ana congelou. Ela mordeu o lábio inferior, reprimindo a raiva em seu coração.

Esse homem já havia transformado sua dignidade em lixo. Quanto ele ainda queria provocá-la até ficar satisfeito?

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