Mas... De ônibus?Não existia essa palavra no dicionário de Leo.Mesmo que família Lopes não fosse uma família de elite, a filha mais velha deles não deveria ser tão pobre a ponto de precisar pegar ônibus.Ana era mesmo uma mulher que o deixava completamente confuso.O homem se levantou e voltou para seu quarto.Quando abriu a porta, viu Ana sentada em uma cadeira, com uma expressão abatida.Ela se arrependeu de ter enviado o bilhete para Leo.Se esse homem for mesquinho o sufuciente para se importar com o bilhete de escárnio e pegar o dinheiro de volta, ela ficaria arrasada.Pensando nisso, Ana estava mais que arrependida. Talvez estivesse tão cansada de tudo que havia acontecido ultimamente que perdeu a cabeça.A expressão no rosto de Ana era de frustração e raiva. Leo a observou com interesse por um longo tempo antes de tossir.Ana reagiu imediatamente e olhou para Leo um pouco envergonhada:- Olha, Sr. Leo, eu não queria ofendê-lo. Só queria dizer que eu realmente não fiz nada que
Leo atendeu a ligação:- Paulo, por que se lembrou de me ligar de repente?Paulo Santos era o filho mais novo de seu irmão mais velho, Douglas Santos.Paulo e Leo tinha uma boa relação, ao contrário dos pais de Paulo, que não se davam nenhum pouco bem com Leo.Desde criança, Paulo sonhava em salvar vidas e anunciou cedo que desistiria de herdar os negócios da família para estudar medicina. Para não ser chantageado pelos pais, ele chegou a trabalhar meio período para pagar seus próprios estudos universitários, e graças às excelentes notas, estava estudando no exterior agora.O rancor da geração anterior nunca afetou o relacionamento entre essa dupla de tio e sobrinho.- Tio, ouvi do vovô que você acordou e ainda se casou, é claro que preciso te ligar para perguntar sobre uma coisa grande dessas.Ao ouvir isso, Leo ergueu as sobrancelhas:- Até você, que está no exterior, ficou sabendo disso?- O vovô me contou, mas estou realmente curioso para saber que tipo de garota é digna de ficar a
Num piscar de olhos, o carro já estava parado em frente ao shopping de luxo mais famoso da Cidade S.- Srta. Ana, pode ir fazer as compras agora. Só precisa me ligar quando quiser ir embora, eu venho buscá-la. - Ivan tinha negócios a resolver na empresa, então se despediu de Ana e saiu.Ana foi compreensiva com ele, acenou com a cabeça e entrou no shopping sozinha.Uma vez lá dentro, Ana não pôde deixar de estalar os lábios ao ver a grande variedade de produtos e os preços“lindos”.Desde que Sérgio a expulsou de casa, ela raramente pisava em um lugar como aquele. Parecia que a única vez que tinha vindo foi quando Paulo a arrastou para cá.Pensar em Paulo fez com que Ana se distraísse um pouco. Ela caminhou de acordo com os passos nas memórias e chegou na porta daquela loja. Assim que olhou para cima, viu o vestido que havia experimentado pendurado no lugar mais visível da loja.Ela ainda se lembrava da promessa de Paulo naquela hora... De que com certeza lhe daria um vestido como aquel
Assim que Mônica terminou de soltar as palavras, ela própria acreditou que isso era muito provável.Afinal, embora Ana fosse bonita, sua vestimenta podia ser descrita como maltrapilha. Agora, ela estava de repente andando por aí com um cartão black ilimitado, o que mais poderia ser além de ter sido bancada por algum homem rico?Pensando nisso, Mônica ficou ainda mais relutante em ir embora. Ela fingia escolher outros vestidos da loja, mas seu olhar estava sempre voltado para onde Ana estava.Depois de um tempo, Ana terminou de se trocar e saiu do provador.Assim que ela saiu do provador, os olhos de várias pessoas na loja foram atraídos para ela.Ana continuava sem muitos enfeites, apenas com um vestido simples e liso. Não havia maquiagem em seu rosto, mas sua pele era branca tão e delicada quanto porcelana.Seus cabelos longos, lisos e negros estavam soltos, caindo sobre os ombros com naturalidade, e havia apenas duas mechas de cabelo pendendo das têmporas. Ela parecia uma flor de lír
As duas mulheres se recusavam a ceder e logo se envolveram em uma briga violenta. O tumulto atraiu a atenção de muitos transeuntes que passavam e logo a loja foi cercada por uma multidão.A vendedora chamou os seguranças, que correram para separar as duas mulheres.Mônica, que havia sido uma princesa mimada desde a infância, não era páreo para Ana. Depois da briga, ela não só não conseguiu nenhuma vantagem, como também foi atingida várias vezes, parecendo bem miserável.Quando viu a multidão ao seu redor, Mônica teve uma ideia. Ela apontou para os hematomas em seu rosto e gritou:- Olhem para essa mulher, ela se envolve com um monte de homens indecentes desde o ensino médio, e agora que foi bancada por um homem rico, anda tão arrogante que sai batendo nos outros, como pode existir uma mulher tão sem vergonha dessas?- Mônica, também é contra a lei caluniar os outros. – Ana retrucou imediatamente, não admitindo tal acusação.- Estou caluniando você? - Mônica apontou para Caio e gritou.
Quando Ana saiu do shopping, viu o carro de Leo estacionado do lado de fora. Ela abaixou a cabeça e olhou para a bagunça em que se encontrava, se sentindo um pouco envergonhada.Embora não tivesse perdido a briga, a família Santos era uma família de prestígio e, se Leo souber que ela havia brigado lá fora, com certeza ficará bravo.Mas evitar não era uma opção, então Ana respirou fundo e entrou no carro.Felizmente, Leo estava olhando para o laptop e não prestou muita atenção aos seu movimentos.Ana soltou um suspiro de alívio, se encolheu e olhou pela janela, tentando ao máximo não atrair a atenção de Leo.O carro dirigia suavemente, e justamente quando Ana pensou que passaria dessa em paz, Leo olhou de leve para ela.Ao ver o cabelo bagunçado de Ana e algumas marcas vermelhas de arranhão em seu corpo, a sobrancelha delicada do homem se levantou.- O que aconteceu?Ana imediatamente se sentiu como uma aluna que havia sido chamada pelo professor:- Perdão, prestarei mais atenção no fut
Ana suspirou e olhou para cima, examinando o local ao seu redor. Ela não sabia onde estava, parecia tão isolado que não havia nem mesmo um carro à vista.Ela não tinha escolha a não ser caminhar em frente e esperar para ver se algum carro passaria e lhe daria uma carona....Depois que o carro partiu saiu, Ivan olhou para trás pelo retrovisor. O local era tão remoto que Ana não conseguiria voltar se ninguém a pegasse.- Sr. Leo, deixar a Srta. Ana sozinha aqui não seria...- Você quer se juntar a ela? - Leo falou friamente, e Ivan se calou.O homem abriu o arquivo em sua mão, mas não estava nem um pouco disposto a lê-lo.Pensando nas palavras de Ana, o rosto do homem ficou cada vez mais sombrio, e só depois de muito tempo, ele cuspiu uma frase:- Investigue o que aquela mulher estava fazendo no passado.Leo não acreditou nem um pouco nas palavras de Ana. Aquela mulher falsa e interesseira sempre falava sobre a doença da mãe, mas isso com certeza era apenas uma desculpa para enganar as
Olhando para ela, Leo se distraiu por um momento. Mas quando se deu conta, tossiu de leve e disse:- Fique quieta se não quiser que eu mude de ideia.Ana cooperou imediatamente e se calou, não querendo arruinar tudo.A viagem foi tranquila.Os dois acompanharam o velho Dantes no jantar e depois descansaram separadadamente, como na noite anterior....Na manhã seguinte, Leo acordou cedo e percebeu que, pela primeira vez, Ana não havia acordado cedo, ela ainda estava dormindo tranquilamenten o chão.Parecia estar em um sono profundo e não dava sinais de que ia acordar, talvez estivesse cansada do tormento de ontem, dormindo com seu corpo esguio em uma posição encolhida.Inconscientemente, Leo se lembrou das informações que havia lido sobre ela no dia anterior. Ele imaginou uma adolescente saindo para trabalhar e ganhar dinheiro para sustentar a si mesma e a sua mãe doente.Por um momento, sentiu um pouco de pena dela.Talvez ele não devesse tratá-la tão mal.Com essa ideia em mente, Leo