Capítulo 8
- Agora a pouco, meu pai me procurou especificamente para falar sobre você, parece que você o enganou muito bem, ele só aprova você como nora dele e proibiu o divórcio.

Ao ouvir as palavras de Leo, Ana franziu a testa de leve.

O Sr. Dantes disse isso?

Mas depois do que acabara de acontecer, ela jamais aceitaria conviver com um homem tão temperamental. Como não podia mexer com ele, decidiu evitá-lo ao máximo.

- Eu vou falar com ele. Não se preocupe, não vou dizer que foi você quem exigiu o divórcio. – respondeu Ana, tentando manter calma enquanto se virava para ir embora.

Leo olhava para ela com interesse, embora tivesse visto muitas pessoas, estava um pouco confuso sobre o que essa mulher tinha em mente.

Ela estava se fazendo de difícil ou estava realmente desistindo porque sabia que seus planos estavam fadados ao fracasso?

Depois que Ana terminou de falar, ela se virou para ir falar com Dantes. Quando percebeu que ela realmente pretendia ir embora, Leo se levantou e agarrou seu braço.

- Espere, tenho um acordo para fazer com você. Se você aceitar, o dinheiro não será problema.

Ao ser tocada por Leo, Ana não pôde deixar de pensar na atitude cruel que o homem acabara de tomar. Ela se sentiu desconfortável e quis se afastar, mas não conseguiu.

- Que acordo? - Ana viu que Leo não tinha intenção de soltá-la e teve que desistir da ideia de ir embora por enquanto para ouvir como seria esse acordo que ele tinha a oferecer.

- Meu pai está ficando velho agora, ele sempre quis que eu me casasse e me estabilizasse, e eu não quero aborrecê-lo com esse tipo de coisa. Você continua aqui, e eu vou prover suas despesas. A única exigência é que, quando eu encontrar alguém com quem quiser me casar, você não pode continuar a me importunar e terá que ir embora imediatamente. Em troca, vou compensá-la com uma quantia de cinquenta milhões pelo tempo que perdeu aqui.

Ana queria recusar, porque as ações de Leo a fizeram sentir que aquele homem era arrogante e rude ao extremo, mas ao ouvir o valor tentador de cinquenta milhões, não conseguiu mais dizer a palavra “não” de jeito nenhum.

Ela sabia como eram as pessoas da família Lopes e que talvez parassem de pagar as contas médicas exorbitantes de sua mãe a qualquer momento. Mesmo que ela trabalhasse em mais empregos, ainda seria pouco demais para pagar as contas do hospital.

Mas com cinquenta milhões...

Ana hesitou por apenas um segundo antes dar meia-volta e dizer:

- Ok, eu topo.

- Ótimo, mas palavras ditas não valem nada. Você terá que assinar um contrato para confirmar o que acabou de dizer.

- Sem problemas. - Ana acenou com a cabeça sem pensar, e Leo imediatamente redigiu um contrato.

Ana deu uma olhada neste e viu que havia várias exigências impostas a ela, como não se identificar como a Sra. Santos fora de casa, colaborar com todos os desejos do homem, ser comportada, obediente e não deixar que o velho Dantes descobra que os dois não se davam bem.

Já Leo não tinha nenhuma restrição, exceto a de dar a ela uma quantia mensal de dinheiro que não seria nenhum incômodo para ele.

Que contrato injusto.

Ana não hesitou diante do conteúdo do contrato, mas...

- Posso fazer uma exigência? - a caneta de Ana parou na linha da assinatura e ela olhou para Leo.

Ela queria acrescentar exigências?

Leo levantou uma sobrancelha e cruzou os braços sobre o peitoral:

- Diga. - ele queria ver o tamanho da ambição dessa mulher, como ela se atrevia a pedir mais na frente dele?

- Não quero que isso aconteça novamente. Você pode prometer que, a menos que precisemos encenar na frente dos outros, não haverá mais nenhum contato físico entre nós no futuro?

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