Não se sabe por quanto tempo Leo ficou olhando para ela, mas foi só quando ouviu o som de Ana virando as páginas que ele voltou a si.Os lábios do homem se curvaram se forma sarcástica ao perceber que tinha ficado olhando fixamente para aquela mulher por tanto tempo.Uma patricinha cruel e interesseira se levantando tão cedo para ler um livro... Ela estava tentando mudar a sua opinião sobre ela?Que truque sem graça.Leo riu com frieza, tirou as cobertas da cama e foi para o banheiro fazer a higiene matinal.Ana ouviu a agitação e percebeu que Leo havia acordado. Será que ele ficou incomodado por ela usar a sua escrivaninha?Ela não se atreveu a pensar muito, porque o dinheiro que Leo estava lhe dando era para o tratamento de sua mãe, Rapidamente, Ana guardou as coisas na mesa e se sentou de forma comportada.Depois de um tempo, Leo saiu do banheiro e ao ver que Ana já havia arrumado as suas coisas, falou em um tom preguiçoso:- Vamos tomar café.Os dois caminharam até a sala de janta
- Entendi. - Ana respondeu obedientemente antes de sair correndo do campo de visão do homem.Depois de sair da Mansão dos Santos e se certificar de que ninguém a estava vendo, Ana soltou um longo suspiro.Não era fácil lidar com Leo, ele era imprevisível demais. Mas, pelo bem de sua mãe, ela precisava aguentar....Ana pegou o ônibus para o hospital e, quando encontrou a ala certa, viu que sua melhor amiga Juliana Leite estava cuidando de sua mãe, que estava com uma aparência muito melhor. Seu coração finalmente se acalmou.Claudia Silva viu sua filha chegando e perguntou como estava indo o seu novo emprego.Ana já havia preparado seu discurso, então elas não perceberam nada de errado.Depois que as três conversaram por um tempo, Claudia apertou a mão de Ana:- A propósito, faz muito tempo que não tenho notícias do Paulo, como ele está indo no exterior e quando vai voltar? Se ele voltar, você não terá mais que trabalhar tanto, Ana.A felicidade no rosto de Ana, que estava sorrindo até
- Mandei irem buscar os registros das câmeras de vigilância, mas... Os registros de um mês atrás já foram apagados pelo hotel.Leo franziu a testa. Ele tinha planejado voltar diretamente para procurar a garota, mas o acidente de carro o impediu de fazê-lo.Durante todo esse tempo, Ivan e outros funcionários de confiança estavam ocupados mantendo o preço das ações da empresa e evitando que pessoas com segundas intenções se aproveitassem da situação. Portanto, era natural que eles não tivessem tempo para investigar o que aconteceu naquele dia, Leo não podia culpar ninguém.- Continue investigando, não deixe escapar nenhum rastro. - Leo ordenou.Ivan assentiu e saiu.Depois de terminar de resolver seus assuntos pendentes, Leo saiu do escritório e encontrou Ana, que havia acabado de voltar do hospital.Ana não tinha dormido bem na noite anterior e, somado à tristeza despertada por lembranças do passado durante o caminho de volta, ela estava mais do que exausta. Naquele momento, ela só quer
Mas... De ônibus?Não existia essa palavra no dicionário de Leo.Mesmo que família Lopes não fosse uma família de elite, a filha mais velha deles não deveria ser tão pobre a ponto de precisar pegar ônibus.Ana era mesmo uma mulher que o deixava completamente confuso.O homem se levantou e voltou para seu quarto.Quando abriu a porta, viu Ana sentada em uma cadeira, com uma expressão abatida.Ela se arrependeu de ter enviado o bilhete para Leo.Se esse homem for mesquinho o sufuciente para se importar com o bilhete de escárnio e pegar o dinheiro de volta, ela ficaria arrasada.Pensando nisso, Ana estava mais que arrependida. Talvez estivesse tão cansada de tudo que havia acontecido ultimamente que perdeu a cabeça.A expressão no rosto de Ana era de frustração e raiva. Leo a observou com interesse por um longo tempo antes de tossir.Ana reagiu imediatamente e olhou para Leo um pouco envergonhada:- Olha, Sr. Leo, eu não queria ofendê-lo. Só queria dizer que eu realmente não fiz nada que
Leo atendeu a ligação:- Paulo, por que se lembrou de me ligar de repente?Paulo Santos era o filho mais novo de seu irmão mais velho, Douglas Santos.Paulo e Leo tinha uma boa relação, ao contrário dos pais de Paulo, que não se davam nenhum pouco bem com Leo.Desde criança, Paulo sonhava em salvar vidas e anunciou cedo que desistiria de herdar os negócios da família para estudar medicina. Para não ser chantageado pelos pais, ele chegou a trabalhar meio período para pagar seus próprios estudos universitários, e graças às excelentes notas, estava estudando no exterior agora.O rancor da geração anterior nunca afetou o relacionamento entre essa dupla de tio e sobrinho.- Tio, ouvi do vovô que você acordou e ainda se casou, é claro que preciso te ligar para perguntar sobre uma coisa grande dessas.Ao ouvir isso, Leo ergueu as sobrancelhas:- Até você, que está no exterior, ficou sabendo disso?- O vovô me contou, mas estou realmente curioso para saber que tipo de garota é digna de ficar a
Num piscar de olhos, o carro já estava parado em frente ao shopping de luxo mais famoso da Cidade S.- Srta. Ana, pode ir fazer as compras agora. Só precisa me ligar quando quiser ir embora, eu venho buscá-la. - Ivan tinha negócios a resolver na empresa, então se despediu de Ana e saiu.Ana foi compreensiva com ele, acenou com a cabeça e entrou no shopping sozinha.Uma vez lá dentro, Ana não pôde deixar de estalar os lábios ao ver a grande variedade de produtos e os preços“lindos”.Desde que Sérgio a expulsou de casa, ela raramente pisava em um lugar como aquele. Parecia que a única vez que tinha vindo foi quando Paulo a arrastou para cá.Pensar em Paulo fez com que Ana se distraísse um pouco. Ela caminhou de acordo com os passos nas memórias e chegou na porta daquela loja. Assim que olhou para cima, viu o vestido que havia experimentado pendurado no lugar mais visível da loja.Ela ainda se lembrava da promessa de Paulo naquela hora... De que com certeza lhe daria um vestido como aquel
Assim que Mônica terminou de soltar as palavras, ela própria acreditou que isso era muito provável.Afinal, embora Ana fosse bonita, sua vestimenta podia ser descrita como maltrapilha. Agora, ela estava de repente andando por aí com um cartão black ilimitado, o que mais poderia ser além de ter sido bancada por algum homem rico?Pensando nisso, Mônica ficou ainda mais relutante em ir embora. Ela fingia escolher outros vestidos da loja, mas seu olhar estava sempre voltado para onde Ana estava.Depois de um tempo, Ana terminou de se trocar e saiu do provador.Assim que ela saiu do provador, os olhos de várias pessoas na loja foram atraídos para ela.Ana continuava sem muitos enfeites, apenas com um vestido simples e liso. Não havia maquiagem em seu rosto, mas sua pele era branca tão e delicada quanto porcelana.Seus cabelos longos, lisos e negros estavam soltos, caindo sobre os ombros com naturalidade, e havia apenas duas mechas de cabelo pendendo das têmporas. Ela parecia uma flor de lír
As duas mulheres se recusavam a ceder e logo se envolveram em uma briga violenta. O tumulto atraiu a atenção de muitos transeuntes que passavam e logo a loja foi cercada por uma multidão.A vendedora chamou os seguranças, que correram para separar as duas mulheres.Mônica, que havia sido uma princesa mimada desde a infância, não era páreo para Ana. Depois da briga, ela não só não conseguiu nenhuma vantagem, como também foi atingida várias vezes, parecendo bem miserável.Quando viu a multidão ao seu redor, Mônica teve uma ideia. Ela apontou para os hematomas em seu rosto e gritou:- Olhem para essa mulher, ela se envolve com um monte de homens indecentes desde o ensino médio, e agora que foi bancada por um homem rico, anda tão arrogante que sai batendo nos outros, como pode existir uma mulher tão sem vergonha dessas?- Mônica, também é contra a lei caluniar os outros. – Ana retrucou imediatamente, não admitindo tal acusação.- Estou caluniando você? - Mônica apontou para Caio e gritou.