DAIANA HEREZA NÚNEZ
Já faz alguns meses que chegamos cá, na Holanda, desde que descobrimos tumor cerebral da minha mãe, as nossas vidas vêem mudado a cada instante, estou a sentir-me perdida, sem rumo, pois o meu foco agora é encontrar um emprego, está tudo um turbilhão de emoções. Suspiro cansada, já não tenho mais força para andar pra lá e pra cá, está muito frio e eu burra saí de casa sem agasalhos e agora estou aqui e tremo de frio.
Uma coisa que eu descobri e embora que eu já tivesse o mínimo de noção, de que as pessoas aqui são preconceituosas, ainda assim é duro ver alguém te desprezar, apenas com um simple olhar, isso é duro, elas me viam como se eu não fosse uma pessoa como elas, viam-me como se eu fosse um bicho de sete cabeças, pior é que elas nem ao menos disfarçam o olhar nojento que lançam sobre mim.
Estou parada diante de uma lanchonete ou café, o ambiente está cheio de pessoas a conversar e outras a comer, pessoas de diferentes tons de pele, o convívio é até suportável, nem parece que são diferentes uns dos outros. Respiro fundo uma duas e três vezes, e por fim ganhei coragem e entrei dentro do espaço, ganhei a atenção de todas que estão no local envergonhada, baixei a minha cabeça, para não encarar ninguém, caminhei até o balcão onde encontra-se um senhor de idade que me olhava com uma certa curiosidade.
Aproximei-me dele com um pequeno sorriso tímido em meus lábios e disse.
- Bom dia senhor! - A minha voz saiu um pouco baixa do que eu previa, ele olhou-me sério.
- Bom dia! O que deseja a senhorita? - Perguntou-me ele, seu tom de voz é sério, e um sotaque característico do Brasil, ele fala bem o português então suponho que seja mesmo brasileiro.
- Bom... uhm ... - Contorcia as minhas mãos, uma na outra, nervosa ou com medo que ele me tratasse mal, assim como nos outros locais onde passei para pedir um emprego, eles deixaram bem claro que não contratavam pessoas da minha raça, quando ouvia tal coisa saía triste dos lugares. Mas isso já são águas passadas, então espero que desta vez tenha um pouco de sorte. - Bom senhor eu procuro um emprego, qualquer que seja, limpar o chão, lavar prato qualquer, então eu quero saber se o senhor tem uma vaga? - A forma como disse parece até que morro de fome, não que não seja verdade, temos pouca coisa aqui e o aluguel está muito caro junto com o tratamento da minha mãe pior, as contas apertaram de forma absurda.
- Hoje é seu dia de sorte, porque estou mesmo a precisa de uma garçonete, então diga o que você sabe fazer? -Automaticamente a minha boca abriu-se num sorriso de orelha a orelha, sem acreditar nas palavras que acabaram de sair na boca do senhor de meia idade, só faltou o meu coração sair pela boca, de tanta felicidade, finalmente consegui.
- Sério? Muito obrigada senhor! Bom, eu nunca servi em bares, ou lanchonetes, mas asseguro-lhe de que aprendo rapidamente. - Disse com uma euforia que nem cabia em mim.
- Tudo bem, mas você começa hoje, pois como vês aqui está muito cheio e só está, eu e o meu filho Caio, a propósito qual é o seu nome?
- Desculpe-me senhor, o meu nome é Daiana Nunéz prazer. - Disse sem graça e estendi-lhe a mão ele sorriu mostrando os seus dentes e disse.
- Não tem problema Daiana, nome diferente, de onde você é?Ah e o meu nome é Diego. - O senhor Diego ergueu a sua mão e apertou a minha .
- Eu sou de São Tomé e Príncipe, senhor.
- Ah mais que legal! - Exclamou o senhor Diego assim que soltou a minha mão, e com a mesma fez um gesto no ar, e um rapaz alto de porte físico magro, olhos castanhos, aproxima-se de nós e o senhor Diego diz.
- Caio, essa senhora linda aqui, será a sua colega, e Daiana, ele é que é o meu filho Caio, eu vou precisar sair agora para ir fazer compras, você não se importa de começar agora né. - Disse o Senhor Deigo após apresentar-me ao seu filho.
- Não senhor! E muito obrigada.
- Não tem de quê, bom, deixo-a nas mãos do meu filho e espero que dê tudo certo, ele vai mostrar-te tudo, e o que precisar só falar com ele. - Disse ele, retirando o avental de pano e pondo sobre o balcão, eu acenei com a cabeça, concordando, depois ele saiu, deixando-me com o seu filho, sorri sem graça, para ele que olhava-me de forma estranha. Ele fez um som com a garganta e disse ao quebrar o silêncio constrangedor.
- Bom Daiana, seja bem vinda, eu vou mostrar-te onde fica tudo .
- Obrigada. - Foi tudo que disse, após isso, ele virou-se e começou a caminhar, consegui, logo de seguida caminhamos pelo corredor, ele foi-me indicando todo armazém, cozinha e banheiro, por fim deu-me o meu uniforme, que consistia numa camisa e um avental do mesmo tecido.
Ainda eram nove e meia, então quando troquei, fui até ele que me ensinou tudo com paciência. Comecei o meu novo trabalho com um sorriso enorme e uma felicidade que só Deus.
As horas foram passando, sem eu dar conta, senti a minha barriga roncar de fome, como estava por detrás do balcão, ninguém deu ouvidos, pois, não saberia onde enfiar a minha cabeça, de tanta vergonha. Distraída, não vi quando o Caio se aproximou de mim, só dei conta quando ele tocou-me pelo braço para chamar a minha atenção, assustei, ele disse sem graça.
- Desculpe-me não quis te assustar, só vim avisar que já são meio dia, podes tirar um hora para almoçar. - Ele levou a mão a cabeça coçando a mesma, eu sorri e disse-lhe.
- Tudo bem ,a culpa não é sua, é minha, eu que estava distraída. Porém obrigada mais eu não estou com fome. - No exacto momento em que eu fechei a minha boca a minha barriga também decide pronunciar-se, abaixei a cabeça de vergonha, Caio gargalhou achando graça a minha falha de mentir e disse de forma debochada.
- Acho que a sua barriga diz o contrário. - Ele riu outra vez e voltou a dizer. - Vamos almoçar pode ser aqui mesmo está bem?
- E se chegar um cliente?- Tentei argumentar fazendo uma expressão, estranha e isso arrancou mais uma gargalhada dele, ah pronto virei um palhaça agora.
- Não se preocupe com isso, a esta hora nós fechamos.
Apenas suspirei e disse por fim.
-Está bem então.
DAIANA HEZERA NUNÉZO dia passou a voar, quando verifiquei as horas, percebi que faltam apenas cinco minutos para às 18h00, o café já estava prestes a fechar, só faltava arrumar tudo e pôr cada coisa no seu devido lugar, todos os outros empregados já se foram, só falta eu e o Caio, ele estava a fazer a contabilização de tudo que fizemos hoje, enquanto isso eu dava uma limpa no chão, ao terminar de limpar meti as cadeiras sobre as mesas. Após isso, fui até ao Caio e disse. — Pronto, já terminei tudo, você precisa que eu faça mais algo?- Ele tirou os olhos na tela do computador e encantou-me com um leve sorriso no lado da boca e respondeu. - Não Daiana, você já pode ir para a casa, descansar, pois acredito que estejas a precisar. Bom, ele não mentiu, estou esgotada mesmo, porque após o almoço, o café ficou lotado e tivemos que correr de um lado para o outro, mas no final demos conta de tudo. — Então tudo bem, eu vou trocar-me. - Respondi-lhe e depois encaminhei-me para o banheiro,
HOLANDA- AMSTERDÃO ALEXANDER FORTENILLA Alexandre encontra-se em escritório de sua impren sa localizada na maior cidades da Holanda a capital Amsterdã em pé diante das enormes vidraças fumadas onde ele observa as pessoas com o seu olhar frio e calculista, pessoas que vão e vêm de seus trabalhos com um charuto pousado em sua boca Alexandre pensará no seu que atravessa a roubar -lhe Alexandre embolsa um sorriso Maquiavélico com os pensamento sombrios que poderá fazer ass que colocar suas mãos no indivíduo. Sangue, sangue é tudo que meus demônios querem , todos neste país me tem, mesmo aqueles que não me conhecem também temem a minha pessoa, isso agrada-me bastante pois alimenta meus demônios internos. Eu consigo sentir daqui o cheiro do medo mesmo quando a pessoa estiver a distância de mim eu sinto e por isso eu mato sem dó e sem piedade eu não me importo com esses ser insignificante, o ser humano é fraco por só serve
Daiana Hezera Núnez Já tem alguns dias que estou a trabalhar no café do senhor Diego, ele e o seu filho Caio têm feito de tudo para enturmar-me neste país, bom as coisas estão a correr bem. E o Caio ele é um rapaz tão Simpático,atencioso e muito carinhoso comigo e com os outros, sem contar nas aulas da língua holandesa que ele têm dando-me gratuitamente e eu bem que insisti pagar as aulas mas ele negou alegando que não tem nada que pagar pois já somos amigos e não é para me gabar mas eu estou a me sair muito bem. Os meus olhos estão focado em cada movimento que Caio faz, ele está a atender um grupo de adolescentes que entrou faz uns três minutos atrás, eu não sei o que está a acontecer comigo mais desde que ele começou a dar-me as aulas e a forma como ele me olha e fala mexeu algo aqui dentro, — Talvez sejam coisas da minha cabeça mas não consigo tirar o brilho dos seus olhos quando fala comigo.—
DAIANA HEZERA NÚNEZQuando cheguei a casa, estava tudo em silêncio nem sinal de nada ou do meu pai a gritar como se o mundo fosse acabar, as luzes estavam apagada apenas um lanterna acesas que dava uma pequena iluminação no interior da casa, olhei em volta e estranhei o facto de as lâmpadas estarem apagadas. Vi a minha mãe sentada no pequeno banco sua cabeça deitada no pequeno sofá velho que temos.Não sei o que se passou mas com certeza isso tem haver com o senhorio do apartamento, minha mãe está com as duas mãos no bochechas pensativa, não a gosto de ver ela neste estado pois só lhe faz mal. Sinto uma pequena movimentação vindo do outro sofá, mas ignoro já sabendo de quem se trata, ando até a minha mãe que assim ergue a cabeça levanta-se e abre os braços para mim, assim que aproximei-me dela aconchego-me nos seu braços. Pois já sei as coisa não estão bem por cá e eu estou cansada par
Alexandre Fortinella. Em um ambiente rústico encontro-me a reler todo o conteúdo que havia manda investigar sobre a pequena feiticeira que chamou a minha atenção embora fosse sem querer, foi tudo muito rápido nem sei como explicar o que aconteceu a força da atração foi mais forte que eu algo que nunca aconteceu, logo eu que sou inabalável, e tenho tudo em apenas um estalar de dedos fui vencido por mera força insuficiente, mais uma coisa eu garanto essa pequena feiticeira será minha depois a descartar como todas as mulheres que já passaram por mim.Olha cada detalhes do seu rosto ao corpo sem perder nada, as fotos foram bem tiradas o homem que mandei segui-la conseguiu captar os seus melhore ângulo em cada foto. Ela é bela tem um postura marcante um rosto pequeno inocente e angelical os seu castanho brilha quando conversa com o imbecíl do seu chefe, e esse será outro que não terei problemas em mandá-lo para o inferno, não aceitarei que ela pense em outra pessoa além de mim. Desde que
DAIANA HEZERA NUNÉZ. Suspiro fundo mais uma vez e outra vez estou cansada fisicamente e psicologicamente, essa semana fui um caos, cada dia que passo parecia que nunca mais acabava. Feliz ou infelizmente hoje é sábado, isso mesmo sábado, faz quatro dias que o meu pai sumiu e que a minha mãe está muito preocupada e se recusa a comer por causa dele, me sinto culpada e ao mesmo tempo uma pessoa horrível e uma péssima filha que não sabe como cuidar dos próprios pais.—quer dizer que tipos de filha expulsa o seu próprio pai de casa?— Embora mereça, mas acho que fui longe demais , agora estou aqui a lamentar-me e arrependida por ter expulso o senhor José de casa, se tivesse pensado antes de agir a minha mãe não estaria no leito de um hospital mas sim aqui comigo . Sinto uma lágrimas solitária a rolar pela minha bochecha e depois dessa vêm outras com pouca intensidade parecendo pequenos chuviscos diante de um céu acinzentado.
DAIANA HEREZA NÚNEZ Quando finalmente parei para respirar a chuva já havia aumentado de intensidade e dei-me conta que estava no centro da cidade, olha ao redor perdida, sozinha sem ninguém está tudo uma confusão na minha cabeça eu já não sei o que fazer. Ando sem rumo com os olhos embargados, chego em um parque e me sento no banco e ao mesmo tempo desmoronei em lágrimas. AGORA Agora estou aqui vestida de com um vestido florido e umas sabrinas pretas nos pés, sem maquilhagem no rosto para esconder as profundas olheiras, não queria ir ao encontro do Caio mas também não quero decepcionar pois quando ele pediu eu disse que iria. Mesmo desanimada pego a minha carteira e saio de casa, no andar de baixo, eu vejo Caio, no lado de fora encostado na sua moto, mesmo que dentro mim no momento haja uma tempestade de emoções, eu sorrio de volta para ele escondendo os pequenos furacões que querem sair e me desmorona
Daiana Hereza Núnez- Ei, pequena feiticeira, acorda chegou a hora de saber como é viver dentro do inferno. - Ouço uma voz grave e rouco bem lá no fundo do meu subconsciente, não consigo reconhecer a mesma, mas sei que dá-me calafrios, suponho eu que estava dentro de um sonho, está tudo muito claro a luz é imensamente forte ao ponto de ofuscar os meus olhos, é como se tivesse dentro de quarto branco onde não há começo nem fim. Uma curiosidade é que estou deitada mas sem nada e os meus membros presos e não consigo mover nada ou nenhum deles estranho isso. Não sinto nada, é como se tudo fosse tirado de mim, quero chorar, gritar, urina por mais estranho que seja mais quero, falar qualquer coisa ou sei lá mais nada disso acontece, a única coisa que posso dizer que funciona é meu cérebro de alguma forma ele não está a funcionar como dever ser pois nenhuma expressão eu consigo expressar. Aos poucos vou ficando cansada de tanto que a minha mente trabalha, e em questão de segundo as minhas