5 - Entre Plantões

Mariana mal teve tempo de processar a presença de Gabriel quando ele a puxou para si com uma força controlada, mas irresistível. O toque urgente de Gabriel a fez esquecer qualquer pensamento racional. O desejo tomou conta de ambos.

Ele a empurrou contra a parede, os olhos fixos nos dela, a respiração pesada. Sem uma palavra, Gabriel avançou. Suas mãos exploraram cada parte de seu corpo com uma fome que Mariana nunca havia sentido antes.

Os lábios dele encontraram os dela de forma feroz. Não havia suavidade, apenas a explosão de um desejo contido. Mariana retribuiu o beijo com a mesma intensidade, suas mãos agarrando a camisa de Gabriel, puxando-o para mais perto.

Ele a pressionou ainda mais contra a parede, seu corpo forte moldando-se ao dela. As mãos de Gabriel eram firmes, e ele sabia exatamente o que fazia. O controle que ele tinha sobre a situação era absoluto, e Mariana gostava disso.

O quarto, que antes parecia frio e funcional, agora se tornava um cenário de caos e calor. Gabriel a conduziu até a cama, os movimentos precisos e cheios de intensidade. Cada toque parecia rasgar o silêncio do ambiente.

Quando chegaram à cama, Gabriel a deitou com uma suavidade que contrastava com a urgência de antes, mas a intensidade ainda pulsava. Ele se inclinou sobre ela, os olhos escuros, e Mariana sentiu o coração acelerar. Ela estava completamente entregue.

Os corpos deles se moviam juntos em uma dança ritmada. O desejo parecia crescer a cada segundo. Mariana estava completamente envolvida naquele momento, sem espaço para dúvidas ou arrependimentos.

Quando tudo finalmente chegou ao clímax, o quarto ficou em silêncio, exceto pelas respirações ofegantes dos dois. Gabriel se afastou, sem dizer nada.

— Vou tomar banho — disse ele, direto, enquanto se levantava e pegava uma toalha.

Sem mais palavras, ele foi até o banheiro. A água do chuveiro começou a cair, o som ecoando pelo apartamento.

Mariana permaneceu deitada, os olhos fixos no teto, tentando processar o que havia acontecido. O quarto estava silencioso, exceto pelo som da água. O vazio que Gabriel deixava quando se distanciava começava a se espalhar no ambiente.

Alguns minutos depois, Gabriel voltou, já vestido. Ele não olhou para Mariana diretamente enquanto se dirigia até a mesa onde o jantar que ela havia trazido estava pronto.

— A comida chegou? — perguntou ele, embora a resposta fosse óbvia. Ele começou a abrir as embalagens sem esperar por uma resposta.

Mariana se sentou na cama e o observou enquanto ele se servia. Gabriel estava mexendo no celular enquanto comia, claramente mais focado em outra coisa.

— Comida italiana. Espero que goste — disse ela, tentando quebrar o silêncio.

— Ótimo. — Gabriel continuou a comer, sem desviar os olhos do celular.

Mariana vestiu-se devagar, ainda sentindo o ambiente frio e funcional, tão diferente de como se sentia momentos antes.

Gabriel mal levantou os olhos do prato ou do celular. Ele comia enquanto respondia mensagens, sem se importar com a presença dela.

Quando terminou, ele limpou a boca com um guardanapo e verificou o relógio.

— Tenho que voltar. — Ele pegou as chaves. — Fica à vontade se quiser, mas eu preciso ir.

Mariana assentiu, já se levantando também.

— Não, tudo bem — respondeu ela.

Ele deu de ombros e caminhou até a porta. Não houve despedida, apenas a praticidade de quem já estava com a cabeça em outro lugar.

— Nos vemos por aí — disse Gabriel, saindo do apartamento sem olhar para trás.

O silêncio tomou conta novamente. Mariana ficou parada por alguns segundos, absorvendo o vazio que restava.

Ela suspirou, ajeitou o cabelo e pegou sua bolsa. A noite tinha sido intensa, mas agora que Gabriel se fora, tudo parecia distante e sem importância.

Ela saiu do apartamento logo em seguida, sem esperar mais nada.

Mariana o observou sair, sentindo que, para Gabriel, aquilo era apenas mais uma pausa na rotina. Ela suspirou, ajeitando a roupa e preparando-se para sair logo em seguida.

O silêncio no apartamento parecia crescer conforme ele se distanciava, preenchendo cada canto.

Mariana ficou parada por alguns segundos, tentando entender o que sentia. A noite tinha sido intensa, mas agora que Gabriel se fora, o vazio que ele sempre deixava voltava a se instalar.

Ela pegou sua bolsa, ajeitou o cabelo e saiu, sem esperar por mais nada. O que havia acontecido ali era o que sempre acontecia. Para Gabriel, aquilo era simplesmente funcional.

E Mariana, mesmo que algo a incomodasse, sabia que não adiantava nutrir expectativas diferentes.

Já na rua, o som de uma notificação no celular interrompeu seus pensamentos. Ela pegou o aparelho e viu uma mensagem inesperada.

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