Ele não é o Dylan

O jardim estava silencioso, mas o ar fresco da manhã parecia carregar a promessa de algo. A brisa suave fazia as folhas das árvores sussurrarem segredos e as flores, ainda molhadas pelo orvalho da noite, exalavam uma fragrância doce que quase me fazia esquecer a pesada carga que carregava dentro de mim.

Eu e Ivy estávamos sentadas em um banco de madeira antiga, uma das poucas coisas que parecia não ter sido tocada pelas mãos implacáveis do tempo ou da morte. Ivy não falou nada, apenas observava as flores, os dedos brincando distraidamente com uma mecha do seu cabelo. Ela sabia que algo estava acontecendo, sabia que algo estava errado, mas nunca forçava minhas palavras. Ela sempre me deu o espaço que eu precisava para respirar, mesmo quando as correntes da minha mente estavam prestes a me afogar.

— Ivy… — Eu comecei, a voz mais fraca do que eu gostaria. — Preciso te contar algo.

Ela virou a cabeça, os olhos curiosos, mas sempre acolhedores, e apenas esperou que eu continuasse.

Suspirei
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