Mariana corre em direção à janela, movida pela desesperada necessidade de escapar daquela situação. Seu coração bate acelerado, e o medo misturado com a determinação a impulsiona adiante. No entanto, antes que ela possa alcançá-la, Maxwell se move rapidamente, bloqueando seu caminho.Ele a segura pelos braços com firmeza, seu olhar agora cheio de raiva. O tom de deboche desapareceu por completo, dando lugar a uma expressão de fúria contida."Você não deveria ter feito isso, Mariana", diz ele entre dentes, sua voz cheia de ameaça. "Eu lhe dei uma oportunidade de seguir as regras, de ficar segura. Mas você escolheu desobedecer."Mariana luta para se libertar do aperto de Maxwell, mas seus esforços são em vão. Ele é muito mais forte do que ela, e sua determinação de mantê-la sob controle é implacável."Solte-me!", ela grita, lutando contra as lágrimas de frustração e medo que ameaçam escapar. "Eu não vou ficar aqui como prisioneira!"Maxwell a encara com um olhar gélido, seus olhos cheio
O bar estava incrivelmente lotado.Devidamente disfarçado, fazendo de tudo para não chamar atenção indesejada, Maxmilian bebia um copo de uísque (que estava horrível, mas ele não podia reclamar) ao lado de um suposto desconhecido.Os homens e mulheres que entravam ali, em sua maioria tatuados e carrancudos, mal olhavam nos olhos um do outro. Calados, apenas pediam sua dose diária de qualquer que fosse a bebida e depois olhavam para os lados, reparando em todos que saíam ou entravam.Um homem quase tropeçou no pé de Maxmilian, mas sabiamente ele recuou até a parede para evitar o trombo no desavisado. O desconhecido sorriu.“Até que você parece bem”, murmurou ele.“Pareço? Acho que é o hábito.”O estranho ri.“Aparentemente é um mal de família.”Aquilo poderia querer dizer qualquer coisa. Max ergue uma sobrancelha.“E então? Quando vou vê-lo? Já estamos aqui há quase duas horas.”“Guarde sua impaciência pra você. Nós não te chamaríamos aqui à toa.”Resignado, tudo o que o empresário faz
Maxmilian se vê cercado por todos os lados, com olhares ameaçadores fixos nele. Ele sabe que está em desvantagem numérica e que precisa agir rápido para sobreviver. Seu instinto de autopreservação entra em ação, e ele começa a avaliar suas opções.Com movimentos rápidos e precisos, Maxmilian desfere golpes contra os homens que se aproximam dele. Sua agilidade e técnica de luta surpreendem seus adversários, que não esperavam tamanha resistência. Ele consegue se esquivar dos ataques, bloquear os golpes e contra-atacar com eficácia.Enquanto isso, o agente de Mr. Black permanece próximo à porta, mantendo sua arma apontada para os homens que ameaçam Maxmilian. Ele atira com precisão, incapacitando alguns dos agressores e proporcionando uma pequena brecha de alívio ao empresário.A líder do grupo, a mulher com tatuagens no rosto, observa a luta com uma expressão impassível. Ela parece calcular cada movimento, analisando a capacidade de resistência de Maxmilian. A adrenalina corre pelas vei
Michelle sabia que alguma coisa estava muito, muito errada quando, num domingo à tarde, Maxmilian ligou cheio de mimos e promessas lindas na voz, dizendo o quão queria passar a noite com ela.Maxmilian já havia deixado claro como a água que preferia comer carvão em brasa do que compartilhar qualquer ambiente com ela. Aquilo não parecia bom.Fazendo de tudo para evitar que sua desconfiança fosse notada, a ruiva respondeu em tom elegante e manhoso que estaria esperando-o na sua casaAssim que desligou, ela discou para Maxwell, que atendeu prontamente.“Sim?”“Que negócio é esse de ‘sim’? Quando foi que perdeu os seus modos?”Ela ouve um suspirar exagerado do outro lado da linha.“Sim, senhora? O que deseja?”“Como está nossa gravidinha?”“Inteira e saudável. Por quê?”“Permita-me reformular a pergunta, está bem? Como a Marianinha está se saindo no cativeiro? Ela está dando muito trabalho?”“Ela foi resistente no início, mas acho que agora já aprendeu que não tem poder nenhum aqui.”"Mu
Maxmilian nunca se sentiu tão enfurecido na vida.Sim, ele tinha um longo histórico de violência e alcoolismo. Brigou mais de uma vez com arquirrivais e até mesmo antigos funcionários. Com o tempo, ficava cada vez mais difícil querer se endireitar, diminuir a raiva e se controlar melhor.Mas era isso o que ele faria.O primeiro motivo era de que, pelo menos daquela vez, força bruta não adiantaria em nada, apenas pioraria as coisas. Apesar de querer agredir Michelle como se fosse uma boneca de pano, Maxmilian ainda precisava manter as aparências; sorrir cordialmente, tratá-la bem.E o segundo e mais importante de todos os motivos era que Mariana estava com a vida ameaçada. Aquelas pessoas que estavam sob o controle e ordens de Michelle fariam qualquer coisa pela sua senhora, e se a secretária quisesse que a ex-esposa de Maxmilian morresse de verdade, assim seria feito.Ao se aproximar da imponente casa da mulher que, um dia, foi sua amante, o empresário respira fundo, abrindo e fechand
Os olhos de Michele estão vítreos de ódio. Ela se levanta rapidamente e aponta um dedo para Isabella:“O que acha que está fazendo?!”“Protegendo o meu filho”, diz Isabella, a voz tremida cheia de medo, porém autoritária como sempre. “Maxmilian, escute.”Max, que está de pé com as mãos na cintura, olha para as duas mulheres. De acordo com as informações que conseguiu arrancar, sua mãe e sua ex-amante estavam trabalhando juntas. O que significava tudo aquilo, então?Silêncio era estratégico. Silêncio era o melhor aliado que Max tinha naquele momento. Então o homem fingiu estar atordoado, confuso, como se tudo naquele cenário fosse extremamente difícil de compreender.Michele abre um sorriso repleto de nervosismo para Maxmilian:“Por favor, fique calmo. Sua mãe provavelmente está surtando, deve ser o efeito de todos aqueles remédios-”“Cale a maldita boca, sua sirigaita oportunista e mentirosa! Cobra salafrária!”, grita Isabella, os olhos tão vermelhos e cheios de lágrimas que realmente
Maxwell olha uma vez para a tela do celular, franze o cenho, esfrega os olhos e encara novamente a mensagem de texto recebida. Não, ele não estava cego; o texto permaneceu o mesmo depois que duvidou do que seus olhos mostravam. Então, por eliminação, Maxwell estava enlouquecendo. Ou… Todos ao redor dele tinham soltado os parafusos e ele era o único mentalmente são. Sua mãe deixou bem claro que iria atrás de Michele para refazer o acordo, ganhar mais dinheiro às custas da secretária de fachada, e assim, garantir que iria ficar mais rica do que já era. O que Max não esperava era de que ela não apenas a ameaçaria com uma arma, como também a delataria para Maxmilian. E naquele momento, era para lá, para o cativeiro perfeito escondido num lugar igualmente perfeito, é que estavam indo. Mariana seria libertada e provavelmente voltaria para os braços do irmão mais velho de Maxwell. Como se conseguisse sentir o cheiro do próprio resgate vindo, Mariana, encostada numa cadeira de balanço n
Emanuele recua um passo.“O que disse?”Maxwell não responde, apenas a encara.“O que foi que você disse?!’, repete ela, exasperada. Sua voz sai bem mais trêmula e oscilante dessa vez.Seu ex-cunhado apenas dá de ombros.“É isso, Emanuele. Sinto muito.”Será que sentia? Tudo parecia indicar que não.Ela se senta na cadeira, devagar.“A secretária… Não, não é possível.”“Você não acredita em mim?”“Como uma secretária faria todas essas coisas? Isso é impossível.”Um sorrisinho triste surge no rosto do irmão mais novo de Maxwell.“Impossível, você diz?”Coçando um dos olhos, ele tenta manter o tom de voz mais frio possível, mas falha:“Seria impossível se seguíssemos o curso normal das coisas. Se nós seguíssemos… Você sabe, o padrão estabelecido. Mas sabe, minha querida Mariana… Tudo o que você sabe até agora, e até tudo o que eu sei… Não passam de uma linda teia de mentiras, perfeitamente arquitetada para deixar qualquer um que seja mais curioso no escuro.”“Explique-se!”“E por quê eu