36. O dia do resgate

Emanuele recua um passo.

“O que disse?”

Maxwell não responde, apenas a encara.

“O que foi que você disse?!’, repete ela, exasperada. Sua voz sai bem mais trêmula e oscilante dessa vez.

Seu ex-cunhado apenas dá de ombros.

“É isso, Emanuele. Sinto muito.”

Será que sentia? Tudo parecia indicar que não.

Ela se senta na cadeira, devagar.

“A secretária… Não, não é possível.”

“Você não acredita em mim?”

“Como uma secretária faria todas essas coisas? Isso é impossível.”

Um sorrisinho triste surge no rosto do irmão mais novo de Maxwell.

“Impossível, você diz?”

Coçando um dos olhos, ele tenta manter o tom de voz mais frio possível, mas falha:

“Seria impossível se seguíssemos o curso normal das coisas. Se nós seguíssemos… Você sabe, o padrão estabelecido. Mas sabe, minha querida Mariana… Tudo o que você sabe até agora, e até tudo o que eu sei… Não passam de uma linda teia de mentiras, perfeitamente arquitetada para deixar qualquer um que seja mais curioso no escuro.”

“Explique-se!”

“E por quê eu
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