A ARMADILHA DO CURUPIRA

Pegue a sombra e capture o vento; recolha a noite e o brilho da lua, o dia e o brilho do sol. Vê sua alma em cada uma dessas coisas apanhadas de Deus?

- Eu estou sem saber o que fazer, cumpadre, preso nessa armadilha - lamuriou o homem sentado num toco na clareira. Seus olhos úmidos e desesperados estavam fincados nos do amigo que, sentado à sua frente, tinha o queixo pousado nas mãos unidas apoiadas sobre o cano da arma, ouvindo-o desconcertado e entristecido.

> Eu não sei quantas vezes mais vou aguentar isso. Esse maldito curupira... - resmungou para as árvores que permaneceram silenciosas e indiferentes. - Acho que essa foi a quarta vez que a matei - declarou, os olhos parecendo ter se tornado ainda mais desesperados.

> Faz tanto tempo já... Eu... eu sabia que não conseguia caçar nada porque o curupira estava espantando os bichos - revelou. - Eu tinha visto os rastros dele na beira de um igarapé. Sabe, os apoi

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