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As horas passavam e nada de Karl aparecer depois do seu sumiço repentino. Uma sensação de ansiedade começou a crescer dentro de mim. Tentei manter a calma, focando nos preparativos do chá de bebê e na arrumação dos presentes. Ella estava ao meu lado, ajudando a guardar tudo.— Ele deve estar preparando uma surpresa incrível — disse Ella, tentando me acalmar, mas eu não conseguia afastar a preocupação que me consumia.Enquanto terminávamos de guardar alguns presentes, o celular de Ella tocou. Ela atendeu rapidamente e sua expressão mudou drasticamente. Seus olhos se arregalaram e seu rosto ficou pálido.— Emily, precisa se acalmar — disse ela, a voz
Acordo com uma dor latejante na minha barriga e uma sensação de fraqueza que me lembra o quão perto estive da morte. Meus olhos piscam contra a luz brilhante do hospital, ajustando-se lentamente à sala branca e estéril ao meu redor. Um médico está ao meu lado, observando-me atentamente.— Você está acordado, Sr. Karl — diz ele com um sorriso de alívio. — Você passou por um momento muito crítico. A bala estava enferrujada e causou uma infecção grave. A recuperação foi rápida, mas você quase não sobreviveu.Minha mente mal registra suas palavras. Tudo o que consigo pensar é em Emily.— Emily... — murmuro, m
Acordo com uma dor latejante na minha barriga e uma sensação de fraqueza que me lembra o quão perto estive da morte. Meus olhos piscam contra a luz brilhante do hospital, ajustando-se lentamente à sala branca e estéril ao meu redor. Um médico está ao meu lado, observando-me atentamente.— Você está acordado, Sr. Karl — diz ele com um sorriso de alívio. — Você passou por um momento muito crítico. A bala estava enferrujada e causou uma infecção grave. A recuperação foi rápida, mas você quase não sobreviveu.Minha mente mal registra suas palavras. Tudo o que consigo pensar é em Emily. — Emily... — murmuro, minha voz rouca e fraca. — Onde está Emily? Ela está bem?O médico coloca uma mão reconfortante no meu ombro.— Emily está bem. Ela passou por uma cesárea de emergência, mas está se recuperando. E parabéns, você é pai de uma linda menina.Lágrimas enchem meus olhos, e não consigo segurá-las. A emoção de saber que minha filha nasceu, misturada com a dor de ter perdido esse momento, é e
Eu estava ajustando os detalhes para a data do julgamento de Thereza no tribunal de Toronto enquanto conversava com Mark no refeitório do hospital. Estávamos ajeitando as coisas para um lanche rápido. Mark estava ao meu lado, ambos rindo das piadas um do outro.– Então, como está a situação com a sua sogra? – Mark perguntai, ainda rindo, lembrando de tê-la visto passar pelo hospital mais cedo.Mark soltou uma gargalhada, balançando a cabeça.– Cara, é um pesadelo! Ela me viu e nem tentou disfarçar o desagrado.Rimos juntos por um tempo, mas então o semblante de Mark ficou sério.– Sabe, Karl, eu lamento pela sua situação com Thereza. Nenhum de nós esperava que ela fosse tão longe.Assenti, sentindo o peso da traição.– A pior traição vem de quem menos esperamos, Mark.Mark acenou com a cabeça, compreendendo perfeitamente.Nesse momento, Adam entrou no refeitório, com um olhar sério.– Minha esposa está fazendo guarda no quarto da Emily. Ela não confia na mãe dela.Soltei uma risada,
Após a notícia devastadora, eu estava sentada no quarto do hospital, tentando acalmar meu coração acelerado. Minha mãe estava ao meu lado, segurando minha mão, enquanto Ella tentava consolar-me.– Emily, eles vão encontrá-la. Karl e os outros estão fazendo tudo que podem – dizia Ella, mas a preocupação em seus olhos era evidente.De repente, a porta se abriu e meu pai entrou, tentando mostrar preocupação, mas sua expressão era fria.– Emily, como você está? – ele perguntou, mas eu não conseguia nem olhar para ele.– Eu perdi minha filha – murmurei, olhando para o chão. – E o "príncipe" que você sempre exaltou fez isso.Meu pai pareceu incrédulo por um momento, depois lamentou, mas suas palavras eram duras.– Eu te avisei, Emily. Você poderia ter tido uma vida sossegada com Samuel. Ao invés disso, teve um filho com outro homem.Algo dentro de mim estalou. Levantei da maca com toda a força que me restava e agarrei o pescoço dele.– Você não tem ideia do que está dizendo! – gritei, apert
A raiva fervia dentro de mim, quase incontrolável. Mark apertou meu braço, tentando impedir que eu agisse por impulso.– Karl, não pode fazer isso. Não adianta resolver isso com violência – ele insistiu.– Se você não me segurar, eu mato duas pessoas ainda hoje – rosnei.Mark fez um gesto para um dos guardas presentes.– Precisamos de um avião para o hospital imediatamente. As forças armadas e as forças especiais vão nos acompanhar até Windsor.Eu o olhei, grato pelo apoio inabalável.– Obrigado, Mark.Ele colocou uma mão firme no meu ombro.– Jamais deixaria que alguém da minha família passasse por isso sozinho.Corremos pelo hospital, a adrenalina nos impulsionando. Quando chegamos à administração, Mark rapidamente organizou o transporte e a equipe. Olhei para Emily, que chorava desconsolada.– Eu vou trazer nossa filha de volta, Emily. Dessa vez, não haverá conversa – prometi, beijando-a com toda a força e amor que eu sentia.Adam apareceu ao nosso lado, pronto para partir.– Vamos
A manhã está nublada, e tudo parece mais pesado do que deveria. Sofia, minha pequena, completou um mês hoje, mas em vez de sentir a alegria que esperava, há uma nuvem escura pairando sobre mim. Sinto-me presa em um poço sem fundo, onde a luz parece distante. O choro de Sofia é a única coisa que me chama de volta à realidade, mas até isso tem se tornado doloroso.Karl tem sido incrível, mas sinto que ele percebe o que está acontecendo. Sei que ele está preocupado, mas me sinto incapaz de explicar a ele como estou me sentindo. Conversar com alguém sobre isso parece uma tarefa impossível. As palavras ficam presas na minha garganta, e a culpa cresce a cada dia.Hoje, saí para falar com Amélia. A caminhada até a clínica foi exaustiva, mesmo que não fosse longe. A cada passo, a angústia apertava meu peito. Quando finalmente cheguei, Amélia tentou puxar assunto, talvez percebendo meu estado. Mas como posso falar sobre isso? Como posso dizer que me sinto sem coração, sem vida, sem razão para
Eu caminhava pelos corredores frios e impessoais da prisão, cada passo meu ecoando pelo chão de cimento. O som reverberava dentro de mim, me lembrando do motivo que me trouxera até ali. A raiva pulsava em meu peito, mas eu mantinha a cabeça erguida e o olhar fixo à frente. O contraste entre a minha determinação e o ambiente sombrio era nítido. As paredes cinzentas, desprovidas de qualquer cor ou calor, pareciam engolir a luz fraca das lâmpadas fluorescentes, um cenário desolador.Os guardas que patrulhavam o local me observaram com cautela, percebendo a tensão em cada movimento meu. Alguns me cumprimentaram com acenos respeitosos; afinal, eu não era qualquer um. Sabia que minha presença ali não passava despercebida, e era exatamente isso que eu queria. Não havia espaço para incertezas naquele dia. Eu estava ali para confrontar Thereza, e nada me impediria.Enquanto passava pelas celas, os murmúrios e olhares curiosos dos prisioneiros me seguiam. Mas eu estava alheio a tudo isso. Minha