47 Emily

Mark contou a Karl que Amélia precisava de contato feminino. Encontrei Amélia na praça de alimentação do shopping, e o coração apertou ao vê-la tão abatida. Seu cabelo ruivo, sempre tão vibrante, estava preso de forma descuidada, e as olheiras profundas deixavam claro o cansaço que ela tentava esconder. Ela me viu e esboçou um meio sorriso, mas dava para ver o esforço. Parte de mim queria apenas abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem, mas sabia que não era tão simples.

— Oi, Emily — disse ela, sua voz soando mais fraca do que eu me lembrava.

Sentei-me ao seu lado, observando-a com cuidado. Apesar de tudo, Amélia tentava manter a compostura. Como médica, ela sempre foi muito controlada, mas naquele momento, era visível que algo estava errado.

— Como você está? — perguntei, mesmo sabendo que a resposta seria óbvia.

Ela desviou o olhar por um segundo antes de responder, forçando um tom de normalidade.

— Estou bem, e você?

Era uma mentira, e nós duas sabíamos disso. Mas, ao invés de confr
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