Mark contou a Karl que Amélia precisava de contato feminino. Encontrei Amélia na praça de alimentação do shopping, e o coração apertou ao vê-la tão abatida. Seu cabelo ruivo, sempre tão vibrante, estava preso de forma descuidada, e as olheiras profundas deixavam claro o cansaço que ela tentava esconder. Ela me viu e esboçou um meio sorriso, mas dava para ver o esforço. Parte de mim queria apenas abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem, mas sabia que não era tão simples.— Oi, Emily — disse ela, sua voz soando mais fraca do que eu me lembrava.Sentei-me ao seu lado, observando-a com cuidado. Apesar de tudo, Amélia tentava manter a compostura. Como médica, ela sempre foi muito controlada, mas naquele momento, era visível que algo estava errado.— Como você está? — perguntei, mesmo sabendo que a resposta seria óbvia.Ela desviou o olhar por um segundo antes de responder, forçando um tom de normalidade.— Estou bem, e você?Era uma mentira, e nós duas sabíamos disso. Mas, ao invés de confr
Enquanto embarcávamos no avião, com Emily carregando Sofia no colo, não pude deixar de sorrir. Sofia estava em uma fase dengosa ultimamente, querendo colo o tempo todo e chamando por nós a cada cinco minutos. Emily, exausta, olhou para mim com aquele olhar de quem precisaria de um minuto de descanso. Tomei Sofia em meus braços, como sempre faço, assumindo meu papel de “super pai”.— Prontinho, princesa, agora vamos voar! — murmurei, beijando a testa de Sofia, que respondeu com um sorriso sonolento.Emily sorriu, aliviada.— Você realmente sabe como conquistar as mulheres dessa família, hein?— Ah, você sabe que é meu trabalho manter todas as minhas meninas felizes. — Respondi com um olhar brincalhão.Nos acomodamos nos assentos, com Sofia no meu colo, já prestes a cochilar. Emily se ajeitou ao meu lado, claramente aliviada por termos conseguido embarcar sem grandes dramas.— Finalmente, nossa primeira viagem em família! — Emily suspirou, com um brilho no olhar.— Família. — Repeti,
Acordei sentindo o calor de Karl ao meu lado, seu braço descansava pesado sobre mim, enquanto o quarto de hóspedes estava silencioso e acolhedor. Ele ainda dormia profundamente, e, por um momento, fiquei ali, observando seu rosto sereno, me sentindo completamente em paz.Me levantei com cuidado para não acordá-lo e caminhei pelo corredor silenciosamente, indo ver Sofia. O quarto das crianças estava escuro, mas dava para ver Sofia dormindo como uma bonequinha, os primos tinham ajeitado os cobertores ao redor dela, parecendo uma cena de filme. Segurei o riso e uma onda de carinho tomou conta de mim.Depois de confirmar que ela estava bem e confortável, segui para a cozinha. Eu já podia sentir o cheiro do café no ar e, ao entrar, encontrei Ella lá, preparando tudo com o mesmo carinho de sempre. Ela me olhou por cima do ombro, sorrindo ao me ver.— Bom dia, dorminhoca. — disse ela com uma risada suave. — Como você está?Sentei-me à mesa, suspirando aliviada por finalmente estar em um luga
O passeio noturno no rio Sena foi como um sonho. O barco estava iluminado de forma suave, com luzes douradas refletindo nas águas tranquilas, criando um ambiente encantador. Eu estava sentado ao lado de Emily, segurando sua mão enquanto olhávamos para a paisagem de Paris à nossa volta, seus monumentos icônicos iluminados, como a Torre Eiffel, brilhando à distância.Sofia, que sempre parecia tão cheia de energia, estava calma no colo de Ella, quase hipnotizada pela beleza ao redor. Ela balançava os pezinhos enquanto observava as luzes, e de vez em quando apontava para algo que lhe chamava atenção, soltando suas pequenas risadas que me faziam sorrir.O jantar estava prestes a ser servido, e eu me inclinei para Emily, que olhava para o horizonte com um olhar sonhador. "Não parece real, não é?", murmurei em seu ouvido, sentindo a brisa suave que vinha do rio. Ela sorriu, virando-se para mim com aquele olhar que sempre me fazia perder o fôlego. "Parece um conto de fadas", ela respondeu, ap
Tudo estava acontecendo tão rápido, e, ao mesmo tempo, parecia que o mundo havia desacelerado para me permitir absorver cada detalhe. Eu estava dentro do carro, sentindo uma mistura de nervosismo e alegria que crescia a cada quilômetro que nos aproximava da Torre Eiffel. Era noite, e Paris brilhava como um sonho. O vestido que me aguardava na casa de Ella havia sido finalmente ajustado, e agora, eu estava vestida como nunca imaginei: um vestido esmeralda, fluido, com bordados delicados de pequenas flores brancas que reluziam com o movimento. O tecido parecia uma nuvem envolvendo meu corpo, suave e leve, quase como se estivesse flutuando.Enquanto o carro se aproximava da Torre, as luzes brilhantes da cidade e a estrutura imponente no horizonte começaram a surgir. Era surreal. Senti meu coração bater mais forte. Eu sabia que Karl estava lá, esperando, assim como todos os nossos amigos e família. Mas meu pai... ele estaria lá também. E isso me pegou de surpresa. A notícia de sua presenç
Comecei a escrever essa história aos 19 anos, e agora, aos 21, olhando para trás, percebo o quanto cresci e mudei. Não só como escritora, mas também como mulher e ser humano. Durante essa jornada, passei por muitas transformações pessoais, especialmente no que diz respeito à minha fé. Retornei ao Catolicismo, e essa reconexão com a fé me trouxe uma nova perspectiva sobre o que quero transmitir nas minhas histórias. Não desvalorizo nada do que vivi, pois escrever sempre será o meu refúgio, meu espaço de liberdade e expressão. Mas, a partir de agora, escolho usar esse dom para criar histórias que estejam em sintonia com os princípios e valores que hoje defendo. Para aqueles que acompanharam minha evolução e dedicaram seu tempo a ler o que escrevi, meu coração é só gratidão. A história de Emily e Karl também reflete essa transformação que vivi. Quando comecei a escrevê-la, eu era imatura, cheia de inseguranças e dúvidas. Hoje, me sinto uma mulher formada, com um entendimento mais profun
O roçar de suas coxas me deixava duro como touro, saia tubinho para uma bunda daquelas com certeza é inapropriado. Ela é inapropriada por completo. Os seios grandes demais, as curvas e o fato dela ser loira me enlouquece no trabalho. Odeio audiências com Emily. Ela me rouba e me fascina em cada detalhe do seu ser. Hoje era a última do ano e seu cliente foi inocentado, óbvio, aqueles olhos suplicantes de brilhantes não daria outra escolha no meu julgamento no fim das contas. Ela não mentiria. Ela era imaculada de corpo e ser. E não poderia ser minha. Na minha sala, retiro a roupa pesada usada no trabalho e me sento apenas com minha roupa social, marcando meus braços. Eu só tenho a academia, trabalho e investimentos como vida. Eu definitivamente não tenho nada. Me sinto incompleto e que a morte me deixará sozinho. Minha porta é aberta sem batidas e me surpreendo ao ver Emily despenteada e chorando. –Eu preciso urgentemente de sua ajuda, meu carro, o Natal... Soluços interrompiam su
arl era um dos juízes mais bem respeitados da minha área. Minha família só me vê 2x ao ano e eu estou aqui parada em uma cabana, não com eles, mas praticamente meu chefe. Ele é muito culto, seus olhares para mim são quase raros. Ele me evita. Por que? Se vamos fazer isso, esse Natal na cabana, preciso descobrir porquê ele me evita. Ao entrar na cabana, uma mistura de ansiedade e curiosidade envolve meus pensamentos. Estou surpresa por estar aqui, isolada com Karl, meu chefe respeitado. A neve lá fora amplifica a sensação de isolamento, enquanto a lareira crepita, criando um refúgio íntimo dentro da cabana.Minha mente viaja para as nuances de nossas interações no tribunal, os olhares raros e o evitamento perceptível de Karl. A decisão de compartilhar esta noite comigo é intrigante, e uma centelha de desejo se acende diante do desconhecido. Não pense assim, Emily...Mas à medida que absorvo os detalhes da cabana, percebo a atmosfera carregada de tensão e oportunidades inexploradas. A