Capítulo 31 - O dilema

Mayara

O cheiro adocicado do café ainda paira no ar enquanto caminho pela calçada de paralelepípedos, segurando a pequena mão do meu filho. O céu tem um tom dourado, típico do final de tarde, e a brisa fresca anuncia que a noite logo tomará seu lugar. Meu coração, no entanto, pesa como se estivesse carregando o próprio crepúsculo dentro de mim.

Ele quer conversar. Caíque quer conversar depois de anos e eu sei o motivo.

Aperto mais a mão do meu filho instintivamente.

O seu pedido de uma conversa ainda ressoa em minha cabeça, como um lembrete incômodo de algo que evitei por tempo demais. Sete anos. Sete anos em que construí uma vida, em que aprendi a ser mãe, em que enterrei segredos no fundo da minha alma, esperando que jamais fossem desenterrados. Mas agora ele está de volta. E quer conversar.

Ele parecia desesperado, ansioso pela minha resposta. E se eu falasse que ele é o pai do Gustavo? Ele acreditaria? Ia querer se aproximar, ou, ia ficar bravo e tentar tirar o meu filho de mim?

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