capítulo 5

— Bom dia — falo com um sorriso.

— Bom dia. Dormiu bem? — questiona e eu balanço a cabeça afirmando que sim — Que bom, provou as roupas? Viu se falta algo? — indaga olhando o relógio.

— Falta somente a minha melhor amiga aqui, apenas — afirmo e ele parecia tenso

— Tem certeza que aquela mulher era sua amiga? Não se fazem amizades em lugares como aquele — pontos sentando na cadeira.

— Se fazem sim e ela é uma prova disso, eu a quero comigo o mais rápido possível — pontuo séria e ele dá um sorriso.

— Você sabe que está sendo derrespeitosa com um dos homens mais perigosos da cidade não é? Está literalmente ordenando algo a mim — afirma se encostando na cadeira.

— Estou pedindo, é diferente eu não posso te ordenar nada — corrijo cruzando os braços.

— Seu pedido será acatado mas saiba que toda ajuda dada será cobrada — afirma levantando e indo até a porta de costas para mim.

— Eu pago o que for preciso — afirmo invicta.

— Tudo? — vira-se para mim — Você faria tudo? — confirma encostado na porta e eu vejo o que eu falei... Merda!

— Sim... Sim... Eu faria — minto nervosa e ele dá uma risada.

— Não faria está com medo e gaguejando, eu não vou cobrar nada que não possa me dar de boa vontade fique tranquila — abre a porta — Vamos tomar o café da manhã tenho que lhe passar algumas regras — pontua olhando algo no celular.

Fomos pelos corredores juntos e haviam várias portas, ele apontou que o quarto ao lado do meu era o dele e disse que eu não poderia entrar nele nunca sem permissão... Queria saber o por que.

— Põe que? — indago confusa.

— Por que ninguém pode fazer isso além de mim — responde sério.

— Esconde algo lá? — questiono e ele suspira

— O que você precisa já sabe. Vamos logo — ordena indo a frente e eu ouço o choro de um bebê... O que ele faz com um bebê?

— Isso é um bebê... Por que você o prende no seu quarto? — questiono revoltada e ele bufa de raiva.

— Não te interresa desce logo pra sala de jantar! — grita alto e eu fico assustada.

Monstro!

Desço correndo dali e fico na sala com medo do que ele faria com aquela pobre criança, vejo ele descer e me escondo quando o vejo sair subo novamente e entro no quarto... Havia um enorme berço rosa com vários brinquedos.

Me aproximo do mesmo e a bebê era extremamente linda, tinha os olhos dele e era muito sorridente, não parecia machucada então por que ele a escondia?

Escuto passos vindo e até tento correr mas não consigo, apenas ouço um :

— Ele disse para você não entrar aqui menina! Está maluca? — repreende a senhorinha.

— Me desculpa... Eu achei que ele estivesse fazendo mal e ela — explico nervosa.

— Ela é a sobrinha dele — responde me deixando confusa — Ele protege essa criança como uma jóia e ninguém, ninguém, pode saber que ela está aqui entendeu? Se isso vazar você perde a sua vida e ela a dela... Consequentemente ele vai junto — pontua pegando a bebê.

— Mas por que ele quer esconder ele? — questiono com curiosidade.

— Eles eram irmãos mas ele sempre cuidou dela como uma jóia a protegendo de tudo e todos, quando o pai dele morreu ele jurou nos últimos momentos que nunca deixaria ninguém tocar nela e tentou a todo custo fazer isso. Só que quando ela completou dezoito anos descobriu que ela se encontrava com um rapaz, tentou a todo custo afastar os dois mas não conseguiu. Ele a manipulou e a fez fugir com as jóias do pai dele o que gerou uma grande guerra entre a máfia que ele lidera, foram todos atrás dela e buscaram a mesma por seis meses... No confronto final eles descobriram que o homem que a levou era irmão bastardo deles. Ele queria vingança, no confronto ela acabou sendo atingida e morreu no hospital e suas últimas palavras foram um pedido desesperado para que ele cuidasse da filha dela, e ele assim o fez. Mas se Daniel descobrir que ela esta viva voltará para mata-la e consequentemente ele morrerá — explica me deixando trêmula. As lágrimas caiam do meu rosto sem parar.

Pobrezinha.

— Ok... Eu não vou contar a ninguém sobre ela e me desculpa por ter desconfiado dele — imploro enxugando as lágrimas.

— Não deve a mim e sim a ele... Gustavo não é o monstro que parece ser querida, não tema a ele — adverte e eu saio do quarto indo para o meu.

Lá eu fico por um bom tempo, acabo adormecendo e levanto com alguém batendo na porta, vou abrir rapidamente e era ele que entra logo em seguida.

— Você não almoçou nem tomou o café da manhã, se fosse para passar fome eu teria te deixado naquele antro — adverte bravo — Se arrume e desça iremos jantar fora.

— Como assim? Eu não quero sair... Vamos comer aqui mesmo — intervenho e ele suspira impaciente.

— Não foi um pedido, você tem meia hora pra se arrumar e descer — ordena saindo.

— Como porra eu vou me ajeitar em trinta minutos? — questiono brava.

— Não altere seu tom de voz para falar comigo, eu não quero que você faça uma cirurgia plástica quero se arrume apenas. E sim dá para fazer isso em trinta minutos — insiste e eu bufo de raiva. Ele realmente que somos como ele que só precisa tomar um banho e vestir uma roupa qualquer.

— É impossível...

— Você quer que eu mesmo faça isso? Garanto que irei adorar — zomba com um sorriso malicioso e eu fecho a porta na cara dele brava.

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