Capítulo 2

logo o salão muda de cor e vem várias mulheres bonitas com roupas quase inexistentes dançando juntas, eram oito ao total mas ele não parecia ligar muito mesmo que elas estivessem dançando para ele.

aproveitando que elas foram dançar em meio os homens em cima das mesas e viradas de costas ele se vira para mim e indaga.

— sabe dançar? — questiona e eu apenas nego com com a cabeça.

ele toma um gole da sua bebida e entrega ao garçom, em seguida levanta e estende a mão a mim, fico paralisada mas lembro do que a mulher disse... mesmo com medo eu pego na mão dele que apenas com um leve aperto poderia amassar a minha.

andamos até um dos corredores escuros mas dessa vez com uma luz vermelha, haviam várias portas e ele entra na maior delas que tinha adereços dourados.

havia uma enorme cama e outras coisas luxuosas... creio que era o quarto mais caro do local.

ele senta-se na cama e eu fico parada não muito longe dele, ficamos em silêncio por um bom tempo e então ele diz :

— me parece muda... é verdade? — indaga me olhando e eu nego com a cabeça — então diga com a sua voz mais tranquila qual é o seu nome — ordena e eu respiro fundo.

— annelyse — responde quase engasgando e praticamente sem voz.

ele apenas levanta e vem até mim, ficando mais próximo ele diz :

— creio que a idade me deixou surdo por que eu não ouvi uma palavra sequer, apenas o balbuciar dos seus lábios. que são muito belos por sinal — pontua olhando fundo nos meus olhos. eu fico trêmula.

— eu me chamo annelyse — falo o mais alto que conseguia.

— um belo nome... você tem belos olhos, um cabelo muito bonito, uma pele viçosa e um corpo perfeito — pontua sentando -se na cama novamente — e dança muito melhor do que aquelas mulheres — finaliza me olhando como se soubesse de algo.

— como assim? — indago confusa.

— eu quero que dance para mim — afirma calmo e eu sinto meu corpo estremecer.

— eu não consigo... faz um ano que não prático eu perdi o ritmo — minto tremendo e sentindo meu coração acelerar.

— eu passei anos sem praticar tiros e conseguir matar cem homens apenas com duas armas, você consegue — fica mais despojado na cama — eu quero que dance para mim — insiste me olhando.

eu não sabia o que era pior para mim naquele momento mas eu apenas encarei aqueles olhos negros como a noite sem fim e fiquei paralisada. por um bom tempo até que ele levantou e veio até mim, me encostando na parede sem pressionar o seu corpo no meu ele diz :

— estamos só nós dois aqui e eu esperei um ano para ver esse espetáculo de perto, vamos princesa... dance para mim — ordena segurando o meu queixo para cima me fazendo olhar nos olhos dele que vai se afastando aos poucos.

sigo as ordens dele e me ponho a dançar como nunca antes ali, estávamos só nós dois e de início era como se eu estivesse dançando nua em meio aquele salão, me sentia exposta com os olhares dele e tudo só aumentou quando eu tive que olhar para o mesmo.

estava paralisado me admirando como os curadores fazem quando encontram uma obra de arte, seu olhar parecia vidrado nos meus movimentos e eu estava gostando daquilo, eu estava gostando muito daquilo.

sentindo o ritmo da música que tocava do lado de fora eu ousei me entregar ao momento e começar a fazer movimentos cada vez mais seduzentes, passeei com todo o meu corpo naquele pedaço de ferro gelado e ousei tentar movimentos muito difíceis que eu nunca havia feito antes.

deu certo, eu nunca havia me sentindo tão sedutora nem desejada e o fato dele respeitar a distância entre nós só me deixou mais a vontade, a música parou e eu finalizei a dança ofegante. ficando parada na frente pole dance o olhando e ele permaneceu na mesma pose por um bom tempo.

— foi melhor do que por vídeo, muito melhor do que qualquer outra apresentação que eu tenha visto — afirma levantando — eu simplesmente amei não só a dança — pontua com um sorriso de canto.

— muito obrigada — agradeço pegando os meus sapatos e os vestindo.

após disso automaticamente eu vou até e ele indaga :

— te dei permissão para sair? — questiona vindo até mim. porra eu esqueci !

— desculpa... isso não vai se repetir — pontuo sem olhar para ele que vira o meu rosto para o seu.

— sabe que se sair sozinha será obrigada a ficar com outros mais e eu não quero isso... eu não gosto que ninguém deseje o que é meu — afirma sério.

— então me leve consigo — falo sem pensar — querendo ou não se eu ficar aqui serei obrigada a ficar com outros.

— sabe que se for comigo ficará em um lugar tão sujo quanto aqui não é? — confirma e eu finalizo.

— pelo menos eu estarei por vontade própria e não por obrigação — afirmo triste e a porta se abre.

— acabaram? tem outro casal querendo usar o quarto — pontua o homem que ia me levando.

— acabamos sim — responde ele e eu aproveito a distração do homem para sair do local.

sigo em meio a multidão sem rumo, vejo a mulher que me ajudou e tento ir até ela mas sinto uma mão me puxar em meio a multidão.

— ei me solte ! — ordeno sem pensar mas ele me apertava mais e mais.

— digamos que eu fiquei curioso para saber o que fez o lobo ficar tanto tempo na sala de ouro — pontua um velho me levando para um quarto, ele me j**a em uma cama violentamente e fecha a porta.

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