capítulo 14

Conrado Queiroz

Como essa mulher é tinhosa, mineira, brava, meu, como vou fazê-la entender? Ela chegou feito um furacão, bagunçando toda minha vida, bendita hora em que escutei meu pai e voltei para Minas Gerais. Além de ser uma onça-brava, me fazendo perder o controle cada vez que chego perto dela, ainda bagunça toda minha vida. Eu não posso me deixar levar com a cabeça de baixo, toma juízo, Conrado.

Somos interrompidos novamente, mas dessa vez por um completo idiota, que com toda certeza não recebeu educação, e acha que vou deixá-lo gritar com uma mulher. Eu até posso ter minhas diferenças com ela, mas jamais levantaria a voz com ela ou qualquer outra mulher.

— Ei, calma aí, cara! Se eu fosse, você baixava sua bola.

— Não se intrometa, o assunto é entre mim e ela.

Eu já tomo a frente e vejo a cara de desespero de Marina tentando me segurar, mas esse filho de mãe não vai mesmo me enfrentar. — Escuta aqui, seu… Pego na gola do seu paletó e o puxo, quase encostando nossos rostos. Minha
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