Capítulo 4

Conrado Queiroz.

Voltei à cidade há três dias, meu pai há mais de um ano vem questionando, quando finalmente assumirei os negócios da família, toda vez que me ligava era a mesma ladainha. Que eu só herdaria o hospital, se tivesse experiência como diretor ou nada feito, como ele sempre fala:

— Meu filho, você precisa entender que você precisa estar no comando como eu, os Queiroz são homens importantes, você precisa cuidar de tudo, não se esqueça, trabalhei minha vida toda por esse hospital, não estrague tudo, Conrado vou deixar sua herança para sua prima Virgínia, não me teste, garoto.

Nunca que aquela enxerida da Virgínia ficará com o que é meu, antes que tudo vá para a puxa saco, juntei tudo o que é meu, me despedi dos amigos aqui em São Paulo e deixei a terra da Garoa para trás e voltei para Minas Gerais.

Mais ou menos um mês depois que fechei negócio da compra do meu apê, o tempo para que ele fosse mobiliado e decorado foi o suficiente para que eu resolvesse as pendências da clínica onde sou sócio juntamente com Martin. Claro que quando nos fizemos faculdade de medicina foi porque nossos pais também são médicos, e a pressão para seguirmos os passos, dos renomados Fabrício Queiroz, neuro cirurgião conhecido pelas suas pesquisas sobre Alzheimer, Carlos Henrique de Lima, cardiologista de prestígio no estado todo.

Mas com o tempo percebi, que a medicina pediátrica é algo que eu realmente gosto e que me faz ficar agradecido por meu pai ter sido insistente para que eu estudasse medicina como ele, já Martin é ginecologista por que, como ele mesmo diz: que não há nada melhor do que ver vaginas o dia todo, galinha de carteirinha alguma paciente saiu do consultório para cama daquele safado.

Uma clínica pequena não é nada comparado a administrar um hospital desse tamanho, sei que será custoso, mas sei que eu consigo.

Aproveitarei esse sábado para curtir, porque a partir de segunda-feira serei o novo chefe do Hospital São Lucas, tempo será algo escasso. Depois de algumas pesquisas sobre o que há na cidade para aproveitar a noite, descobri que abriu um bar novo e eles trabalham com algumas cervejas artesanais, um design rústico, mas aconchegante. Toca do Lobo é o nome que diz na placa da entrada.

Já estou na minha terceira cerveja quando a visão de um anjo dançando em meio a outras pessoas deve ter pelo menos 1,69 de altura, pele clara, um corpo não muito cheio de curvas, mas que caem muito bem. Eu nunca gostei de mulheres com bunda de mais, ou com silicone que deixam os peitos na testa, o corpo dele, algo que se encaixa perfeitamente em mim. Cabelos castanhos escuros que batem um pouco abaixo dos ombros, uma boca pequenina que me faz querer devorá-la, seus olhos verdes parecem duas esmeraldas, ela parece uma visão do paraíso.

Completamente hipnotizado, a encaro e tudo que desejo no momento é tê-la em meus braços. Termino minha cerveja e, quando me levanto para ir até ela, percebo que ela está vindo lentamente em minha direção, parece meio desajeitada, tonta, e quando eu menos espero, ela acaba de cair nos meus braços.

Ela se aconchega nos meus braços e dança os dedos brincando com a minha corrente de prata que escapa para fora da minha camisa preta que está com alguns botões abertos.

— O travesseiro está gostoso?

Pergunto a ela com um sorriso de quem está adorando, ver que ela poderia ficar por horas ali se quiser. Então ela brinca mais um pouco com a corrente e escorrega a mão pelo meu peito.

— Você é tão… Macio.

Eu acabo gargalhando com que ela diz. — Sinta-se à vontade.

Ela olha em meus olhos e tudo parece parar, como se em um transe ficamos perdidos um no outro, como se eu esperasse minha vida toda por ela. Tudo foi muito rápido, como se nós não pudéssemos esperar mais. Nossas bocas se encontram e um beijo ardente cheio de luxúria, minha mão sobe sua nuca, suas mãos agarram minha camisa e quando vemos já estamos em um quarto de hotel.

Ela beija meu pescoço lentamente, e o tesão que estou sentindo é algo inexplicável, estou tão duro que minha calça começa a ficar apertada. Entre beijos, e pequenas mordidas em seu ombro, começo tirar sua roupa, não vejo a hora de me enterrar nela, e tudo isso sem ao menos dizermos nossos nomes.

Tiro a lingerie branca rendada que encaixa perfeitamente nos seios pequenos e arrebitados que ela tem, admiro por um tempo, então desço minha boca em um dos bicos entumecidos pelo prazer, e os chupando, causando um gemido na desconhecida. E isso me deixa mais excitado, só que de repente tudo muda, ela começa a chorar e fica desesperada, eu não consigo entender o que está acontecendo, será que eu a machuquei?

Quando levo minha mão em seu rosto, ela, em um rompante, grita:

— Não toca em mim!

Ela se deb**e, tentando se livrar de mim, me b**e e como sou mais pesado que ela não consegue me empurrar, assustado preciso acalma- lá mas sem sucesso, ainda mais histérica ela arranha meu rosto, eu realmente não estou entendendo o que está havendo aqui, tento novamente me aproximar dela. E dessa vez ela foi longe demais, acaba me dando um chute bem no meio das pernas, eu quase desmaio com a dor caindo deitado de lado na cama, ela levanta rapidamente e começa a vestir suas roupas.

— Você é louca, garota? Meu Deus, como isso dói.

Me contorcendo, eu ainda a olho tentando entender tudo aquilo, ela continua chorando e agora anda de um lado para o outro como se tentasse processar o que acabou de fazer.

— Me… Me desculpa. Eu não posso…

— Eu não…

— Desculpa. Mas…

— Quer saber! Só vai embora, acho que nossa noite terminou.

Ela me olha e, sem dizer mais nada, só pega as sandálias e sua bolsa que estavam no chão e sai. Antes de fechar a porta, ela olha mais uma vez para mim como se pedisse desculpa, tento respirar e sinto a dor começar a diminuir. Digo mentalmente. — Parabéns, Conrado, sua volta a Minas Gerais começou bem! Mas que droga de mulher maluca.

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