CAPÍTULO 74 Maicon Prass Fernandes — Você é muito dominador, senhor Fernandes... — ela sussurrou ao tentar soltar os braços que prendi com minha mão esquerda. — E você gosta, italiana? — esfreguei meu corpo ao dela, devagar, roçando minha boca com precisão na dela sem beijá-la. — Eu gosto... — seu jeito de dizer não foi completamente convincente. Pelo seu tom havia mais alguma coisa ali. — Gosta ou não gosta? — ela parou tudo o que fazia ao mover o corpo e me olhou nos olhos. — A única coisa que não gosto, é de você me deixar sozinha depois. Se prometer que vai ficar, pode fazer o que quiser, eu não ligo. Fui soltando seus braços devagar, passando as mãos por trás das suas costas e num movimento firme, ergui seu quadril pra mais perto de mim. — Eu gosto que me obedeça, italiana. Prometo não sair desse quarto sem você, mas me deixe te tocar — afirmei. — Ótimo... e o que quer de mim, consigliere? Se pedir com jeito, quem sabe eu não faça? — O combinad
CAPÍTULO 75 Maicon Prass Fernandes Naquele momento eu precisava ter certeza que ela era minha... que aquele calor, aquela presença, eram só pra mim. Eu mal a toquei e erguendo suas pernas, fiquei dentro dela. — Nossa, tá muito duro! — senti com suas palavras e expressões. — Goza no meu pau, italiana! — ela se ajeitou sobre a cama sob gemidos, eu percebi a tensão em seus músculos, uma mistura de desejo e entrega. Soltei suas pernas, ficando parcialmente sobre ela, a beijando. Passei as mãos pelos seus cabelos segurando firme enquanto aprofundava o beijo, agora mais intenso, quase selvagem. Eu estava tomando o que era meu, diferente do jeito que sempre fiz, sem pedir permissão sem me segurar. Maria Eduarda não é como as outras, talvez eu esteja começando a entender alguma coisa do que a minha mãe falou... ela é minha esposa. Maria Eduarda sempre soube despertar o lado mais feroz em mim, aquele que o mundo teme, mas que ela aceita sem evitar na hora do desej
CAPÍTULO 76 Maria Eduarda Duarte O Maicon guarda coisas demais pra ele, até seu corpo tem notado sua falta de cuidado, ele não para nunca. Percebi que ele gostou bastante do meu toque ali no peito, provavelmente seja algo muscular, a massagem ajudou. . — Vem vamos deitar na cama... — ele me chamou quando desliguei o chuveiro. — Estou com fome, na verdade... — sorri sem graça. — Pode deitar, eu vou buscar a comida — ele disse naturalmente, provavelmente já desencanou com o assunto do preservativo, embora eu não quis preocupar mais o homem, contando que esqueci a cartela do anticoncepcional em casa, mas depois eu compro outro. Estreitei os olhos vendo o Maicon enrolando uma toalha na cintura e saindo do banheiro. — Não precisamos ir até a mesa? — perguntei confusa, colocando um roupão. — Vai me dizer que nunca comeu na cama? — sorriu descontraído, fiquei sem graça de questionar. Não entendi muito o que ele quis dizer, mas fiz conforme diss
CAPÍTULO 77 Maicon Prass Fernandes — Tem certeza senhor? Essas pessoas são seus convidados? — o gerente perguntou com cara de espanto, olhei para alguns rostos conhecidos ali. — Claro que sim. Sirva tudo o que eles quiserem comer, e que sejam muito bem tratados — disse fuzilando aquele homem. — Muito bem, fiquem à vontade! — o homem falou alto e esperei até que todos entrassem, inclusive a Ingrid, agora com um vestido comportado que foi altamente analisado por Duda quando ela entrou. — Viu só, meu filho... — minha mãe me puxou e disse no meu ouvido — Sua esposa me procurou, pediu para convidar todos em seu nome. Espero que já tenha se lembrado como seu pai me tratava. Inclusive na noite em que não pudemos entrar aqui. — Sim, mãe... eu me lembro. Ele foi no mercado e comprou coisas diferentes, tentando reproduzir as batatas daqui. Não deixou que você cozinhasse e ainda serviu seu prato e os nossos — lembrei do coração bom do meu pai. — Então agora, não esqueç
CAPÍTULO 78 Maicon Prass Fernandes — Calma, porque está tão agitada? — me aproximei só pra sentir os empurrões da italiana a todo vapor. — Você... você vai se vestir agora mesmo, consigliere! Ou eu vou ligar para o Don e contar que o seu homem de confiança precisa de psiquiatra! — ela começou a bater no meu peito muito brava, olhei ao redor e as atendentes tentavam disfarçar o riso. Soltei as minhas coisas num canto e puxei a minha italiana enfurecida para um dos provadores imediatamente, a peste nem respirava direito. Fechei as cortinas, a prensei contra a parede, cheguei bem perto, e num tom normal a provoquei: — Não tem nada que você já não tenha visto aqui... para de causar que não quero problemas — ela me bateu nos ombros me empurrando, estava muito enciumada. — Você quer acabar com o passeio, né? Eu não vou deixar você sair daqui desse provador pelado. Caramba, nem sua arma está usando, o que deu em você, maledetto? — passou as mãos nos cabelos, complet
CAPÍTULO 79 Maicon Prass Fernandes Senti a mão de Maria Eduarda no meu ombro, como se ela quisesse me acalmar, mas era tarde demais para isso. — Está tudo bem? — Ela perguntou, mas eu já estava longe de ficar bem. — Tudo ótimo! — Respondi, ainda encarando o Gilberto, aquele desgraçado que estava pedindo para levar uma surra. Ele percebeu que o clima tinha azedado e tentou sair de fininho, como o rato que é. — Rapaz... não é à toa que é ciumento. Mas fica sussi que eu já entendi, vou circular! Falô! — Levantou, se achando o tal, tentando fingir que estava tudo certo. Nem me dei ao trabalho de responder. Só fiquei olhando para ele, com os punhos cerrados, pensando se valia a pena ou não quebrar a cara dele ali mesmo. O encarei até que saísse, pensando se me virava ou não. Aquela peste devia estar rindo de mim, agora. — Meu consigliere lindo... ciumento, possessivo... olha pra mim! — A voz de Maria Eduarda cortou meus pensamentos como uma lâmina.
CAPÍTULO 80 Maria Eduarda Duarte Embora Maicon tenha me tirado o juízo com aquela sunga branca, ele estava tão diferente e divertido que não liguei dele arrancar o short quando entrou na água. O meu medo é que tudo acabe quando voltarmos pra Roma, porque ele está tão mais humano, aqui. Acabou me jogando no mar, e saímos nadando... é claro que no meu caso, fugindo dele para que não me afundasse. A água estava gelada, mas isso não importava. — Você sabe nadar muito bem. Nem teve tanta graça ter te jogado... — reclamou quando me encontrou. — É que a minha irmã só acalma suas crises na água quando perde o controle. Passei grande parte da infância e adolescência nadando ao seu lado, queria garantir que ela ficaria bem — respirei fundo, abracei seu pescoço. — Que estranho, nunca ouvi nada a respeito. — Sempre fomos discretos — falei e acho que me distraí por um momento, Maicon colocou a mão no peito de repente e vi sua expressão de dor. — Maicon, o que foi? O
CAPÍTULO 81 Maicon Prass Fernandes Assim que me despedi da italiana, caminhei rapidamente até o carro. Algo estava errado. Minha mãe nunca mandava mensagens confusas, ainda mais sobre um lugar que conhecia tão bem. Acelerei pelas ruas de São Paulo, cada quilômetro aumentando minha ansiedade. Eu conhecia aquele lugar, um beco escondido entre os prédios do centro, onde eu morava. Cheguei ao local, as luzes fracas e as paredes marcadas por grafites desgastados. Um lugar que sempre me trouxe uma sensação de controle, mas hoje tudo parecia diferente. Parei o carro no final do beco e desci, os sons abafados da cidade ecoando ao meu redor. Mas, ao invés da segurança familiar, senti um frio na espinha. O beco estava vazio. Nenhum sinal da minha mãe ou da Ivete. A preocupação começou a se transformar em algo mais sombrio. Peguei o celular e liguei para minha mãe, mas a ligação foi direto para a caixa postal. A sensação de que algo estava terrivelmente errado se intensi