Imagens da câmera

CAPÍTULO 81

Maicon Prass Fernandes

Assim que me despedi da italiana, caminhei rapidamente até o carro. Algo estava errado. Minha mãe nunca mandava mensagens confusas, ainda mais sobre um lugar que conhecia tão bem. Acelerei pelas ruas de São Paulo, cada quilômetro aumentando minha ansiedade. Eu conhecia aquele lugar, um beco escondido entre os prédios do centro, onde eu morava.

Cheguei ao local, as luzes fracas e as paredes marcadas por grafites desgastados. Um lugar que sempre me trouxe uma sensação de controle, mas hoje tudo parecia diferente. Parei o carro no final do beco e desci, os sons abafados da cidade ecoando ao meu redor. Mas, ao invés da segurança familiar, senti um frio na espinha.

O beco estava vazio. Nenhum sinal da minha mãe ou da Ivete. A preocupação começou a se transformar em algo mais sombrio. Peguei o celular e liguei para minha mãe, mas a ligação foi direto para a caixa postal. A sensação de que algo estava terrivelmente errado se intensi
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