Parte 3...
A garçonete que estava servindo o grupo deles se aproximou com uma bandeja grande, cheia de copos de chopp e parou ao lado deles, sorrindo.
— Não quero ser fofoqueira - ela disse fazendo uma careta — Mas não tem outro jeito, então vou avisar - ela apontou para trás — Naquela mesa ali, eles estão fazendo apostas sobre quem vai ficar mais tempo de castigo - deu uma risadinha — E quem vai ser o primeiro a perdir perdão para Mariane.
— Ah... Fala sério, né pessoal! - Rubens levantou e apontou para a mesa — Se a aposta for em dinheiro, quem ganhar vai ter que me pagar uma rodada.
— Isso depende - um homem gritou do outro lado — E se for você o vencedor? Aí um dos dois que sobrar é quem vai ter que pagar, não a gente.
— Ah, vocês não entendem de nada - ele fez um gesto abanando a mão para o alto.
— Ei, senta aí cowboy - Fábio o puxou — Eu quero é resolver essa birra logo.
Estavam rindo quando viram uma garota passar de mãos dadas com dois rapazes. Ela parecia bem relaxada e sorridente ao lado deles. foram para um canto do bar e sentaram juntinhos no mesmo sofá.
— Parece que o clube já está liberando o pessoal que chegou essa semana - Pedro comentou, olhando na direção dos três, sentados mais na penumbra — A coisa parece que vai rolar ali - fez um gesto com a cabeça.
— Também acho - Fábio disse — E eu quero também estar nessa mesma vibe com minha mulher.
Algumas cabeças se viraram para o trio que estava no canto, começando a trocar carícias, sem se importar com a quantidade de gente em volta. Parecia até que eles estavam sozinhos ali.
— E continuando com minha fofoca, sem querer ser fofoqueira - todos na mesa riram — Naquela outra mesa ali - apontou por baixo da bandeja — As mulheres estão falando sobre vocês dois - mexeu o dedo mostrando os dois irmãos — Acho que vocês podem se dar bem hoje.
Eles olharam para a mesa sem nem disfarçar. Felipe até que fez uma cara de quem tinha achado o grupo feminino interessante, mas Pedro nem se demorou em sua observação e pegou o copo de chopp, virando quase tudo de um só gole.
— Eu não estou querendo - Pedro disse, pegando um guardanapo — E você, Felipe?
— Nah! - franziu o nariz — Eu também estou muito cansado hoje para ficar perdendo tempo com flertes.
— Vocês só dizem isso porque tem muitas mulheres dando em cima - Reinaldo comentou — Se estivessem na seca, aí sim, eu queria ver essa cara de pouco caso.
— E por falar nisso, Reinaldo... Se foi seu irmão aqui quem fez a bobagem - ele apontou para Rubens — Então porque a Mariane está com raiva de vocês dois também?
— Ora, isso é bem simples, até... Se nós três somos seus maridos, tudo tem que ser em conjunto, então - ele riu — Se vocês pensam em ter uma mulher só para vocês dois, é melhor já irem se acostumando a dividir tudo, até as brigas e confusões. Problema de um é problema de todos. É assim que rola.
— Isso é a verdade mais pura - Fábio coçou a cabeça — Eu que o sei bem. Já me meti em brigas por causa desses dois aí, sem nem ter direito a defesa.
— Quando vocês se casaram eram jovens demais e eu não quis me meter na escolha. Achei que vocês seriam diferentes da maioria dos locais aqui - Reinaldo deu de ombros — Sabe que respeito as escolhas de cada um. Os pais de vocês eram casados assim, em trio, então achei que vocês não curtiam ou não entendiam nosso modo de viver e não tentei puxar o assunto. Só quando se separaram foi que eu vi que somos parecidos. Eu não sei se conseguiria viver de outra forma.
— Nem eu - Fábio e Rubens falaram ao mesmo tempo.
— Quando estamos em casa, quem manda é a Mariane. Nós mandamos só no quarto - Rubens disse.
— Ou no celeiro, na cozinha, garagem... - Reinaldo brincou e eles riram.
— Mas esse tipo de casamento é sério - Rubens continuou — Não é pra qualquer um e às vezes a pessoa nem sabe como se libertar dos padrões e ter coragem de desenvolver esse lado - bebeu um pouco — Por isso Andaluz é um bom lugar pra se viver, para gente como nós.
— É verdade. Aqui somos uma comunidade unida pelo mesmo interesse - a garçonete concordou e se afastou.
— Ela tem razão - Reinaldo disse.
— Ninguém aqui nos questiona e todos nos tratam bem, como qualquer outra pessoa. Somos três homens casados com uma só mulher e em outros lugares isso seria visto como uma aberração - Rubens explicou.
— Exato! - Fábio completou — E ela é quem manda, então se ela diz não, é isso mesmo - gesticulou em direção a eles — Não, sempre vai ser não. Se você escolher uma mulher e a amar e lhe der uma boa vida, livre de estresse, ela vai retribuir esse amor e dificilmente você vai ouvir um não da boca dela - gesticulou mais ainda — Toda mulher tem seu limite e você não deve nunca ultrapassar esse limite. Não vai ser bom para ninguém. Mas não desista de cuidar da sua mulher, mesmo que ela não entenda. Só saiba a diferença entre cuidar e possuir.
— Meu Deus... - Pedro deu uma risada — Virou conselheiro, homem?
Autora Ninha Cardoso
Livro completo. Será postado após aprovação da plataforma.
Parte 4...— Não sou conselheiro, apenas estou dizendo o que aprendi esses anos todos, vivendo em um casamento onde tenho que dividir a minha esposa com meu irmão e meu primo.— Certo... Eu entendo - Felipe assentiu com a cabeça.— Isso. Nenhuma mulher é objeto pra você possuir - Reinaldo abriu as mãos em cima da mesa — A vida tem nuances diferentes, assim também é com um relacionamento. No sexo vale tudo se os dois querem, mas sempre tem que haver conversa para não criar uma mágoa.— E por que Mariane está com raiva de vocês? - Pedro cruzou os braços.— Não é bem raiva... É mais uma birra - Rubens explicou — Ela não está bem nesses dias, tem sentido muita dor de cabeça e nos preocupamos com isso. Ela sabe que sempre tem que levar seu celular aonde for, para que possa nos chamar ou nós a ela se for preciso e ela saiu com as amigas para as compras na cidade vizinha e não levou - ele fez uma careta aborrecido — Como não quis ligar para as amigas dela, esperei que ela retornasse e começa
Parte 5... — Espera... Não é a Rose da padaria, é? — Ela mesma – ele endureceu o rosto — A coitada está até sem graça de trabalhar. — E como ela está agora? Ficou muito machucada? — Agora ela está bem, mas disse que vai ficar uns dias sem aparecer no clube. Ficou chateada com o cara e também com medo de que ele apareça e faça algo com ela - explicou — Vai esperar até o cara sair de Andaluz. — Que chato isso. É foda mesmo. Espero que o Rafael tenha dado um jeito no cara. Isso não pode acontecer - Felipe disse contrariado — Esse tipo de coisa só prejudica nosso lado. Tivemos muito trabalho para criar uma comunidade boa para todos e aparece um tipo desse. — Verdade - o irmão concordou com ele. — Ah, sim! Isso atrapalha muito, mas o Rafael já cortou o nome do babaca da lista e não vai poder mais usar o clube. Também repassou para os outros clubes, assim ninguém aceita mais esse imbecil por aqui. — Fez muito bem. Depois de um tempinho de conversa, Norberto se levantou. Então ele n
Parte 6... Enquanto esperavam a conta, eles voltaram a atenção para o trio no canto, que continuava com a mesma empolgação, sem se importar com as pessoas em volta. — Ai, meu Deus... Isso mesmo, eu quero mais... Eu quero ser fodida - ela gritou e eles riram. Ela estava deitada com a bunda pra cima, exposta aos olhares de todos ali e às carícias dos dois rapazes, que eram conhecidos de muitos ali no bar. Benício deu uma risadinha e lhe deu um tapa com força na bunda e ela soltou um gritinho de prazer. Eduardo se manipulava observando o que o amigo fazia para despertar o desejo na garota. Eles estavam excitados de membro duro, enquanto passeavam as mãos pelo corpo dela que se excitava cada vez mais. Algumas pessoas em volta olhavam a cena e outras nem se importavam, dando uma olhada rápida, vez ou outra. O melhor daquela cena, era que os três tinham combinado se curtirem assim, de uma maneira tão aberta, sem se incomodar com os olhares. Era tudo consensual. Não havia nenhum pre-j
Parte 7... — Isso... Assim querida - Benício acariciava seu rosto e beliscou seu mamilo. Ela fechou os olhos — Viu só... Fácil... - beliscou com mais força — Relaxe que nós sabemos o que fazer com você. Deixe o Edu enfiar gostoso em você e só sinta. Atrás dela Eduardo se fazia sentir com golpes mais fortes, entrando e saindo de sua bunda empinada, arrancando mais gemidos. Quando ele segurou suas costas, Benício retirou o pênis de sua boca e se ajeitou para fodê-la mais. O amigo a puxou para si, segurando-a com força para que não saísse da posição e Benício pudesse ter acesso à sua vagina molhada, esperando que ele entrasse. Ela só gemia e respirava fundo. Estava pronta, sua pele estava quente e corada. Benício se posicionou abaixo dela e o amigo a desceu devagar em cima de sua ereção. Ela respirou fundo sentindo os dois dentro dela ao mesmo tempo. — Ai... Me fode... Me fode - ela gritou sentindo que estava cheia. Os dois gemendo em seu ouvido, enfiados até o final. Ambos começar
Parte 8...Quando Anete pegou as malas e colocou no carrinho, ela viu que algumas pessoas ao seu lado a olhavam com certa curiosidade.Claro. Estava cansada e com aparência abatida, mas já não se importava mais com isso. Que olhassem. Também não conhecia ninguém ali, não tinha que ligar mesmo se estavam julgando sua aparência. Estava começando uma nova fase e isso também incluía não se importar com a opinião de quem não contribuía para seu desenvolvimento.Ela sabia que não estava mais com o mesmo brilho que tinha antes, que estava magra e com o rosto sem ânimo, mas era assim que se sentia nos últimos tempos. Desanimada com as pessoas, com o trabalho, com a vida. Tinha feito essa viagem para se reerguer e continuar a vida.Não era fácil. Levaria um tempo até que ela pudesse entrar nos eixos de novo.Saiu empurrando o carrinho com as malas e ouviu um grito, por seu nome. Alguém a chamava aos gritos e só poderia ser uma pessoa. Sua irmã Anita. Sempre agitada e cheia de energia.Olhou em
Parte 1... Três dias depois...Anete estava com a irmã no centro fazendo compras. Anita disse que havia um armarinho grande no centro, que tinha uma diversidade de produtos que ela gostaria de ver. Já estavam com cinco sacolas cheias de material que Anete iria precisar para começar algumas ideias.Ela não queria ficar apenas parada, esperando o tempo passar. Queria andar o que desse para saber se realmente a cidade serviria para montar seu negócio com a amiga, assim como elas haviam combinado. Não é fácil começar do zero outra vez, mesmo já tendo prática.Também foram andar pelo centrão de Andaluz, para que ela conhecesse um pouco mais da cidade e do comércio que era o que lhe interessava mais, já que queria abrir uma filial ali. Tinha que decidir se seria bom algo no centro ou mais afastado, dependendo de como funcionava ali.Norberto ligou marcando de ir buscar as duas, mas Anita lhe disse que estavam de carro e logo iriam para casa. Faltava pouca coisa para elas olharem.— Norbert
Parte 2...— Ali está o carro - Felipe apontou.— Parece que já estão trocando o pneu - Pedro disse.— Eu disse a Anita que não iria demorar - Norberto fez a curva para entrar na estrada onde estavam paradas, de cara feia já.— Aquela é a irmã dela? - Felipe esticou a cabeça para fora do carro, querendo ver melhor. Ficou curioso.— Nossa... - Pedro disse.— Nossa mesmo - ele completou a fala do irmão — É muito bonita. Gostei do cabelo.— Você disse que ela normal, comum - Pedro se esticou para o lado — Não me parece comum daqui. Você precisa de óculos.— Ela é bonita, mas é sem sal - Norberto deu de ombros.— Isso porque você é apaixonado pela irmã, mas ela é muito bonita, sim - Pedro afirmou.—
Parte 3... Durante o trajeto de volta à cidade ela quase não falou, apenas respondeu às perguntas deles. Norberto havia dito que ela era fria, mas eles não estavam achando isso. Havia algo que a incomodava e eles ainda não sabiam o que era. Ainda. Felipe prestava atenção à estrada e de vez em quando prestava atenção nela. Muito bonita se espremendo na porta para não ter contato com ele quando passava as marchas. Ela tinha uma barreira, mas dava para perceber que tinha rachaduras nessa muralha e ele iria descobrir seus pontos e derrubá-la. Ele viu o olhar de surpresa que ela deu ao tocar sua mão e de Pedro. Não tinha sido assim tão fria. Só queria esconder. Ela por certo deve ter se assustado ao reagir assim aos dois. Dificilmente uma mulher se atrai por dois irmãos ao mesmo tempo e ela estava atraída por eles, com certeza. E era bom como um doce de morango sentir isso. Se era só influencia da conversa que tiveram antes ele não sabia, mas iria testar. Não imaginou que a conheceria