Notei o comportamento de Taemin e franzi o cenho. — O que foi, Taemin? Você tá com essa cara de choque aí. Parece que viu um fantasma. Fala logo!Taemin piscou algumas vezes antes de soltar uma risada desacreditada. — Cara, vocês não vão acreditar no que eu acabei de descobrir.Jimin, que estava no canto do quarto organizando algumas roupas para a festa, olhou por cima do ombro, curioso. — O que foi? O que está acontecendo?— Vocês lembram do Hyeon Bae, certo? O cara que todo mundo idolatra, herdeiro, bom em tudo, tipo ‘o cara perfeito’ que nossos pais adoram comparar com a gente — Taemin começou, deixando o suspense no ar.Ergui uma sobrancelha, tentando lembrar. — Claro que lembro. Ele joga futebol como um profissional, tira as melhores notas, todo mundo quer ser amigo dele. — Dei de ombros, ainda sem entender. — Mas, por que isso importa agora?Taemin balançou o celular com empolgação. — Ele foi preso.O choque foi imediato. Jimin e eu ficamos boquiabertos, encarando Taemin co
Taemin notou e franziu o cenho, preocupado.— O que foi, Jimin? Por que você tá com essa cara, parece que viu um fantasma. Fala logo droga!Jimin gaguejou antes de murmurar,— Ali… na piscina… tem alguém.Segui o olhar de Jimin, observando a piscina repleta de balões coloridos. Entre as boias e luzes flutuantes, notei um corpo submerso, imóvel, aparentemente esquecido em meio à festa. As pessoas ao redor da piscina começaram a murmurar, algumas chocadas demais para agir. Dois rapazes decidiram puxar o corpo para fora, e foi só então que Taemin o reconheceu.— Espera, é o Hyeon Bae? Não não seria possível isso. — Taemin exclamou, dando um passo para trás. — Mas ele… ele estava preso! Eu juro que vi isso nas notícias. Como ele acabou aqui? Ele estava na festa esse tempo todo?O choque foi imediato, e um burburinho de incredulidade tomou conta dos convidados ao redor. Hyeon Bae, o garoto de ouro, conhecido pelo sucesso e carisma, estava ali, à beira da morte. A prisão dele já havia sido
Meus sentimentos estavam a beira de explodir. Era tão estranho isso tudo que estava acontecendo. Por que diabos isso tudo estava acontecendo de novo? Esse mascarado não desistiu? Será que ele realmente pretende acabar com a minha vida? Não faz sentido nenhum isso. Um cara que me sequestra, ameaça a menina que eu amo, minha família, até o meu mordomo, e agora até meus amigos. Nada disso faz sentido na minha cabeça. — Hyun? Ou cara! Hyun, escuta cacete! — Sai de meus pensamentos olhando Jimin, que estava me olhando com um olhar assustado, como se eu estivesse preso em algum tipo de transe.— O que? Desculpa, eu não ouvi. — Falei com a voz rouca, quase falha. Eu não estava no clima para mais nada depois daquilo. — Cara, relaxa. O Bae está bem! Vamos dar um jeito em toda essa história. Todo mundo está bem aqui, ok? — Disse Jimin enquanto eu o encarava, ainda sem acreditar no que tinha visto.— O negócio é o seguinte. A festa continua meus amigos! Precisamos de uma dose — escutei Taemin
Hyun Eu queria ser uma rosa branca, mas de que adianta ser uma rosa branca se, ao ser branca, deixo de ser uma rosa? Por isso, permaneço em mim mesmo, transbordando e habitando no planeta do amor, firme na ideia do caule, só para ver onde irei florescer.A rosa branca é a flor dos antepassados.Vi as manchas mesmo nas primeiras letras escritas em nossa história, mas escolhi remover os sinais do caminho que diziam “volte atrás”. Eu queria te amar, cuidar de você, te dar meu coração sem medo, sem olhar para trás.Mas todos os verbos que conjuguei foram poucos demais.Enquanto você só via os espinhos, eu segurava em minhas mãos as pétalas da rosa branca; tentei te mostrar a magia que estava no seu florescer.Mas todos os verbos que conjuguei foram poucos demais.Lembro das noites em que meu coração batia descontrolado na ânsia de ouvir de você, na esperança de saber se me traria flores ou dor (nunca conheci o seu ‘meio-termo’).Quantos contrastes!
Depois de algumas horas, eu já estava dentro do carro, um Bentley que, além de ser extremamente luxuoso, atraía atenção por onde passava. Eu não precisava de mais atenção desnecessária, mas o que eu podia fazer? Era a vida que eu levava, como herdeiro de uma das empresas mais importantes de Seul e do mundo.— Tem certeza disso? Você realmente quer fazer o seu último ano nessa escola de novo? Eu sei que é uma das melhores escolas, mas você não precisa voltar. – Jorge disse em um tom baixo, olhando para mim com um ar preocupado. Ele era um dos melhores mordomos que eu já tive e realmente cuidava de mim.Lentamente, virei meu olhar para o portão da escola, que estava fechado. Todos já deviam estar em aula. Meus lábios me trouxeram de volta dos pensamentos quando percebi que estavam machucados de tanto nervosismo.— Eu vou, sim. Não se preocupe, vou me comportar dessa vez. Só vou entrar e estudar. Mais tarde, quando o carro vier me buscar, conversaremos mais, Jorge. Tenha uma ótima tarde
O silêncio entre nós parecia gritar. Queria dizer tantas coisas, mas, ao mesmo tempo, nenhuma palavra parecia certa. Queria perguntar por que ela nunca tentou entrar em contato, se ela sentiu minha falta tanto quanto eu senti a dela. Queria explicar que cada dia sem ela parecia um castigo. Mas, naquele momento, tudo o que consegui fazer foi olhar para ela, com o coração disparado e a mão tremendo levemente sobre a mesa.Bella desviou o olhar por um segundo, como se tentasse processar o que estava acontecendo, antes de voltar a me olhar. — Você voltou. – Ela disse, e havia algo indefinido em sua voz… alívio, confusão, talvez até medo.Dei de ombros, tentando parecer casual, mesmo que por dentro eu estivesse desmoronando. — Eu prometi que voltaria, não prometi?E lá estava. O peso daquela promessa, feita anos atrás, quando éramos apenas duas crianças correndo pelos campos, acreditando que o mundo sempre seria fácil e gentil. Eu não sabia o que viria a seguir, mas uma coisa era certa:
28 de setembro de 2019Eu mal conseguia pensar em outra coisa enquanto caminhava pela escola. Ver Bella novamente trouxe de volta uma enxurrada de memórias que tentei manter enterradas por tanto tempo. Mas agora, tudo estava vívido de novo, como se tivesse acontecido ontem.A briga. O momento em que tudo desmoronou. Era 28 de setembro de 2019, e eu ainda lembrava de cada detalhe. Mal conseguia respirar quando cheguei à casa dela naquela manhã. As malas já estavam no carro, a passagem de avião pronta, e tudo o que eu queria era vê-la antes de partir. Não tinha dormido na noite anterior, minha mente correndo com ideias de como a convencer a ir comigo.A porta se abriu, e lá estava ela, Bella. Surpresa, confusa. Tão linda e, ao mesmo tempo, tão distante do que eu precisava naquele momento.— Hyun, o que você está fazendo aqui tão cedo? – Ela perguntou, seus olhos grandes cheios de expectativa, completamente alheia à tempestade que estava prestes a se formar.Não pe
Assim que aquelas garotas se aproximaram e começaram a falar, percebi que Bella ficou desconfortável. Elas sabiam exatamente o tipo de atenção que queriam de mim, e o fato de ignorarem Bella completamente só aumentava minha irritação. Notei como ela apertou o copo, tentando disfarçar, mas vi o ciúme em seus olhos. Ela suspirou baixinho, provavelmente tentando controlar as emoções. Mantive uma expressão séria, olhando para as garotas com um ar entediado, sem a menor vontade de ceder. — Não estou interessado – Respondi secamente, desviando meu olhar delas e voltando minha atenção para Bella, como se o mundo ao nosso redor fosse insignificante. — Ah, Hyun, você não precisa ser assim! Poderíamos nos divertir. – Insistiu uma delas, mordendo o lábio, tentando me provocar. Mas fui direto: — Eu disse não. Agora, se nos derem licença, estamos conversando. Elas ficaram visivelmente desconcertadas, murmurando algo antes de se afastarem com expressões frustradas. Enquanto se iam, notei