Assim que o carro da minha família parou em frente à entrada imponente da mansão Lee, uma sensação de acolhimento envolveu o ambiente. Os empregados, de postura sempre discreta, tinham sorrisos genuínos ao me verem retornando. A casa inteira parecia respirar um alívio visível, com um murmúrio de entusiasmo entre os funcionários ao redor, sussurrando entre si e trocando olhares animados. Eu sentia que, depois de tudo pelo que havia passado, aquele lar era meu refúgio seguro.Ao descer do carro, Taemin e Jimin estavam prontos para me apoiar, cada um de um lado, como se fossem meus guarda-costas informais, embora ainda mantendo o tom descontraído. Meu pai, logo atrás, sorriu ao nos ver juntos e, com um aceno autoritário, chamou a atenção dos empregados.— Preparem o quarto dele imediatamente, quero tudo em ordem. E vocês dois — disse ele olhando para Taemin e Jimin — não o deixem fazer nenhuma besteira. Estou de olho em vocês, hein.Os meninos deram uma risada e acenaram com a cabeça.—
Notei o comportamento de Taemin e franzi o cenho. — O que foi, Taemin? Você tá com essa cara de choque aí. Parece que viu um fantasma. Fala logo!Taemin piscou algumas vezes antes de soltar uma risada desacreditada. — Cara, vocês não vão acreditar no que eu acabei de descobrir.Jimin, que estava no canto do quarto organizando algumas roupas para a festa, olhou por cima do ombro, curioso. — O que foi? O que está acontecendo?— Vocês lembram do Hyeon Bae, certo? O cara que todo mundo idolatra, herdeiro, bom em tudo, tipo ‘o cara perfeito’ que nossos pais adoram comparar com a gente — Taemin começou, deixando o suspense no ar.Ergui uma sobrancelha, tentando lembrar. — Claro que lembro. Ele joga futebol como um profissional, tira as melhores notas, todo mundo quer ser amigo dele. — Dei de ombros, ainda sem entender. — Mas, por que isso importa agora?Taemin balançou o celular com empolgação. — Ele foi preso.O choque foi imediato. Jimin e eu ficamos boquiabertos, encarando Taemin co
Hyun Eu queria ser uma rosa branca, mas de que adianta ser uma rosa branca se, ao ser branca, deixo de ser uma rosa? Por isso, permaneço em mim mesmo, transbordando e habitando no planeta do amor, firme na ideia do caule, só para ver onde irei florescer.A rosa branca é a flor dos antepassados.Vi as manchas mesmo nas primeiras letras escritas em nossa história, mas escolhi remover os sinais do caminho que diziam “volte atrás”. Eu queria te amar, cuidar de você, te dar meu coração sem medo, sem olhar para trás.Mas todos os verbos que conjuguei foram poucos demais.Enquanto você só via os espinhos, eu segurava em minhas mãos as pétalas da rosa branca; tentei te mostrar a magia que estava no seu florescer.Mas todos os verbos que conjuguei foram poucos demais.Lembro das noites em que meu coração batia descontrolado na ânsia de ouvir de você, na esperança de saber se me traria flores ou dor (nunca conheci o seu ‘meio-termo’).Quantos contrastes!
Depois de algumas horas, eu já estava dentro do carro, um Bentley que, além de ser extremamente luxuoso, atraía atenção por onde passava. Eu não precisava de mais atenção desnecessária, mas o que eu podia fazer? Era a vida que eu levava, como herdeiro de uma das empresas mais importantes de Seul e do mundo.— Tem certeza disso? Você realmente quer fazer o seu último ano nessa escola de novo? Eu sei que é uma das melhores escolas, mas você não precisa voltar. – Jorge disse em um tom baixo, olhando para mim com um ar preocupado. Ele era um dos melhores mordomos que eu já tive e realmente cuidava de mim.Lentamente, virei meu olhar para o portão da escola, que estava fechado. Todos já deviam estar em aula. Meus lábios me trouxeram de volta dos pensamentos quando percebi que estavam machucados de tanto nervosismo.— Eu vou, sim. Não se preocupe, vou me comportar dessa vez. Só vou entrar e estudar. Mais tarde, quando o carro vier me buscar, conversaremos mais, Jorge. Tenha uma ótima tarde
O silêncio entre nós parecia gritar. Queria dizer tantas coisas, mas, ao mesmo tempo, nenhuma palavra parecia certa. Queria perguntar por que ela nunca tentou entrar em contato, se ela sentiu minha falta tanto quanto eu senti a dela. Queria explicar que cada dia sem ela parecia um castigo. Mas, naquele momento, tudo o que consegui fazer foi olhar para ela, com o coração disparado e a mão tremendo levemente sobre a mesa.Bella desviou o olhar por um segundo, como se tentasse processar o que estava acontecendo, antes de voltar a me olhar. — Você voltou. – Ela disse, e havia algo indefinido em sua voz… alívio, confusão, talvez até medo.Dei de ombros, tentando parecer casual, mesmo que por dentro eu estivesse desmoronando. — Eu prometi que voltaria, não prometi?E lá estava. O peso daquela promessa, feita anos atrás, quando éramos apenas duas crianças correndo pelos campos, acreditando que o mundo sempre seria fácil e gentil. Eu não sabia o que viria a seguir, mas uma coisa era certa:
28 de setembro de 2019Eu mal conseguia pensar em outra coisa enquanto caminhava pela escola. Ver Bella novamente trouxe de volta uma enxurrada de memórias que tentei manter enterradas por tanto tempo. Mas agora, tudo estava vívido de novo, como se tivesse acontecido ontem.A briga. O momento em que tudo desmoronou. Era 28 de setembro de 2019, e eu ainda lembrava de cada detalhe. Mal conseguia respirar quando cheguei à casa dela naquela manhã. As malas já estavam no carro, a passagem de avião pronta, e tudo o que eu queria era vê-la antes de partir. Não tinha dormido na noite anterior, minha mente correndo com ideias de como a convencer a ir comigo.A porta se abriu, e lá estava ela, Bella. Surpresa, confusa. Tão linda e, ao mesmo tempo, tão distante do que eu precisava naquele momento.— Hyun, o que você está fazendo aqui tão cedo? – Ela perguntou, seus olhos grandes cheios de expectativa, completamente alheia à tempestade que estava prestes a se formar.Não pe
Assim que aquelas garotas se aproximaram e começaram a falar, percebi que Bella ficou desconfortável. Elas sabiam exatamente o tipo de atenção que queriam de mim, e o fato de ignorarem Bella completamente só aumentava minha irritação. Notei como ela apertou o copo, tentando disfarçar, mas vi o ciúme em seus olhos. Ela suspirou baixinho, provavelmente tentando controlar as emoções. Mantive uma expressão séria, olhando para as garotas com um ar entediado, sem a menor vontade de ceder. — Não estou interessado – Respondi secamente, desviando meu olhar delas e voltando minha atenção para Bella, como se o mundo ao nosso redor fosse insignificante. — Ah, Hyun, você não precisa ser assim! Poderíamos nos divertir. – Insistiu uma delas, mordendo o lábio, tentando me provocar. Mas fui direto: — Eu disse não. Agora, se nos derem licença, estamos conversando. Elas ficaram visivelmente desconcertadas, murmurando algo antes de se afastarem com expressões frustradas. Enquanto se iam, notei
Nós nos encontramos do lado de fora do local da festa, onde minha Lamborghini preta já estava chamando a atenção. Saí do carro, ajustei meu paletó e caminhei até ela, abrindo a porta com um olhar admirado. — Você está incrível – Eu disse em um tom baixo, soltando um suspiro suave enquanto apreciava sua aparência.Ela sorriu, tentando esconder seu coração acelerado, e respondeu.— Você também não está nada mal. – Trocamos um olhar intenso, ambos sentindo a conexão crescente que vinha se desenvolvendo ao longo do dia.Entrando na festa juntos, atraímos a atenção de muitos, e Bella sentiu o peso dos olhares. Eu sabia que sempre fui popular, mas ver todos os olhos voltados para nós trouxe uma mistura de orgulho e nervosismo. Caminhamos para um canto mais tranquilo, nossas mãos se tocando levemente enquanto andávamos, o que provocou um arrepio em Bella.Alguns minutos depois, uma das garotas que havia se aproximado de mim mais cedo reapareceu com um sorriso provocativo, seguida por outras