Depois da esquisitice de perceber que Joyce havia passado a noite no meu quarto, Sueli não parava de falar durante o café da manhã e o assunto do mês era a decoração de seu novo escritório, agora que tinha recebido uma boa promoção e sua sala tinha até vista para a parte mais bonita da cidade.
— Decoração é coisa de gay. — Adam revira um pedaço de pão com presunto em sua língua asquerosamente. Irgh.
[OLIVER]Fecho o notebook cansado de pesquisar sobre como fazer um layout para o blog de Vivian e Joyce. Mordo os piercings e alcanço o celular. Envio uma mensagem para Joyce:Oliver: “Fala comigo :(” [OLIVER]Não sei o que é pior. Os alto-falantes anunciando o atraso nas linhas aéreas, o clima seco que me deixa sem ar e com a garganta presa ou os curiosos que cercavam o desastre: eu.Gregory apalpa toda a minha roupa do jeito que os policiais revistam um suspeito. Não tem nada demais na minha roupa, elas são pretas, exceto a minha calça que é xadrez, preta e vermelha, mas Gregory não aguenta manter as mãos longe dos meus bolsos. Ele percorre com os dedos pelo meu cinto de rebites e enfia a mão noCapítulo 01: Água e óleo
[OLIVER]Piso para fora do avião depois que todos os passageiros desembarcaram, como manda o protocolo. O corredor é espaçoso, com grandes janelas de vidro que dão uma visão da pista de pouso e decolagem, o céu claro e limpo, bem azul, e muitos prédios a perder de vista. Devia ser proibido um aeroporto tão próximo da cidade!Ando lado a lado com o policial até a sala de desembarque, onde dois seguranças do aeroporto me esperam. A porta de vidro desliza abrindo-se e o policial me empurra na dir
[OLIVER]— Oi, muito prazer, sou a Joyce. — Fala a garota mais linda da existência da humanidade e já não sei mais como consigo ficar em pé. Ela pressiona os lábios macios contra a minha bochecha.— Oliver. — Duh, aposto que ela já sabe quem eu sou, mas não sabia o que dizer.Joyce dá uma risadinha.&mdas
[OLIVER]— Você fotografa? — Ryan abre bem os olhos em surpresa, me conferindo de um jeito meio pervertido só porque viu a minha câmera no interior da mochila.Acabei de abrir o zíper para guardar meu recém-adquirido (totalmente pelas aparências) caderno escolar.Os olhos de todos recaem sobre mim. Estão sentados nas cadeiras de ferro branco da lanchonete do colégio, cada um com seu l
[OLIVER]Cecilia está com os cabelos ruivos enrolados em um coque trançado e sua boca formou um sorriso mais que forçadamente feliz ao ver Joyce chegar na festa:— Eu fiz pra você, minha modelo favorita! — Estica um drink avermelhado servido em uma taça plástica.Não consigo evitar e acabo olhando para como o vestido verde esmeralda de Joyce marca no quadril, o elástico da calcinha
[OLIVER]Joyce tem gosto de açúcar, é como se seus lábios estivessem mergulhados em mel. Ela me beija mais forte, deslizando com delicadeza os dedos pelos meus braços e desce, até encostar na minha pele, circundando a linha do meu cinto de rebites. Meu Deus, essa garota é quente! Suas mãos delicadas invadem minha camiseta e suas unhas arranham minhas costas. Nossos dentes se batem, nossos corpos se chocam um contra o outro e nos abraçamos ainda mais forte. Ela me deixa sem ar, ofegante. Morde minha boca e desliza os dentes arranhando todo o caminho até minha orelha, depois chupa meu pescoço e morde meu ombro, eu já estou
[OLIVER]— Imaginei que você fosse outro tipo de garota. — Confesso segurando um copo de vodca pura com uma mão e o cigarro aceso com outra.Estamos sentados na varanda de Vivian enquanto o uniforme de Sophia bate dentro da máquina lava-roupas na lavanderia. O vento traz alguns respingos de chuva que deixam minha jaqueta úmida e gelada, mas o tanto de vodca que já ingeri deixa meu corpo quente ao ponto de sentir calor. É um contraste interessante, quase um autoflagelo.
Último capítulo