— Você fotografa? — Ryan abre bem os olhos em surpresa, me conferindo de um jeito meio pervertido só porque viu a minha câmera no interior da mochila.
Acabei de abrir o zíper para guardar meu recém-adquirido (totalmente pelas aparências) caderno escolar.
Os olhos de todos recaem sobre mim. Estão sentados nas cadeiras de ferro branco da lanchonete do colégio, cada um com seu l
[OLIVER]Cecilia está com os cabelos ruivos enrolados em um coque trançado e sua boca formou um sorriso mais que forçadamente feliz ao ver Joyce chegar na festa:— Eu fiz pra você, minha modelo favorita! — Estica um drink avermelhado servido em uma taça plástica.Não consigo evitar e acabo olhando para como o vestido verde esmeralda de Joyce marca no quadril, o elástico da calcinha
[OLIVER]Joyce tem gosto de açúcar, é como se seus lábios estivessem mergulhados em mel. Ela me beija mais forte, deslizando com delicadeza os dedos pelos meus braços e desce, até encostar na minha pele, circundando a linha do meu cinto de rebites. Meu Deus, essa garota é quente! Suas mãos delicadas invadem minha camiseta e suas unhas arranham minhas costas. Nossos dentes se batem, nossos corpos se chocam um contra o outro e nos abraçamos ainda mais forte. Ela me deixa sem ar, ofegante. Morde minha boca e desliza os dentes arranhando todo o caminho até minha orelha, depois chupa meu pescoço e morde meu ombro, eu já estou
[OLIVER]— Imaginei que você fosse outro tipo de garota. — Confesso segurando um copo de vodca pura com uma mão e o cigarro aceso com outra.Estamos sentados na varanda de Vivian enquanto o uniforme de Sophia bate dentro da máquina lava-roupas na lavanderia. O vento traz alguns respingos de chuva que deixam minha jaqueta úmida e gelada, mas o tanto de vodca que já ingeri deixa meu corpo quente ao ponto de sentir calor. É um contraste interessante, quase um autoflagelo.
[OLIVER]Uma coisa estranha acontece quando em aponto a câmera e clico uma foto da menina virgem que modela para a sessão infantil de lingerie. Joyce vira uma explosão de hormônios femininos, cheia de caras e bocas… E olhares de matar. Cada click é um tiro na minha testa.
[OLIVER]Acordo domingo com o cheiro de churrasco ao meio dia. A churrasqueira fica próxima ao meu novo quarto e dá para ouvir vozes, mas não consigo entender palavras.Não quero acordar. Levantar da cama significa enfrentar o que está acontecendo e sempre é mais fácil usar a saída de emergência para fugir, por isso, fico debaixo do cobertor.Se eu quisesse falar com algu&e
[OLIVER]Sou empurrado com força para longe de Joyce no instante em que meus lábios tocam os dela. Sinto gosto de chiclete. Levo um tapa na cara, mas não foi muito doloroso.— Ai! — Seguro o rosto, onde a pele arde.— O que você tá fazendo? — Irada, ela me pergunta, colocando a mã
[OLIVER]— Meu, cê foi fumar de novo?Adam está sendo um chato. Ultimamente, ele pega no meu pé mais do que meu próprio pai. Ele está conversando com Ryan, próximo à quadra após finalizar mais um jogo de basquete com os amigos no intervalo e a água da torneira escorre por sua cabeça e pinga em sua camiseta. A droga foi que enquanto lavava a cabeça, ele me viu pular o muro para voltar para dentro do colégio.
[OLIVER]Qual é o meu problema? Eu nem consigo enumerar. São tantos!Entro em casa sem ar, como se o mundo se resumisse em duas paredes que me esmagam. O cheiro de carne assada impregna a sala de forma nauseante e vejo a cabecinha loira de Sueli esticar-se na direção do corredor, pela porta que separa a cozinha da sala. Estou com frio, tremendo, meu coração não parece saudável nesse instante e bate desgovernado. Minha cabeça gira.— Último capítulo