Nós olhamos pra frente ao mesmo tempo e encontramos a pessoa que eu menos queria ver na face da terra. Eu seguro com força a mão do Elias e encaro ela, mas se olhar matasse…
— O que foi? O gato comeu a língua de vocês? — Ela diz sorrindo, enquanto uma garota segura a risada, ela é muito familiar.
— Não enche o saco, Katherine. — Elias diz em alto e bom som. — Vamos embora? — Pergunta olhando pra mim e eu só concordo com a cabeça.
— Nossa, realmente não estou acostumada com você me chamando de Katherine, me lembro como ontem você me chamando de amor. — Que ódio dessa garota! Deus, me ajudar a não cometer um crime senhor, por favor.
— Só vou dizer uma vez, fica longe da gente! — Mesmo com o Elias falando firmemente, o rosto da Katherine continua inabalável, mantendo graciosamente seu sorriso cínico.
— Não posso te prometer isso, querido. — Diz e joga o cabelo por cima do ombro, virando de costas e indo embora rebolando. O Elias respira fundo e beija as co
— Claro, conseguimos ver como vocês ficaram melosos lá no shopping. — Sarah diz e aperta minhas bochechas.— Ah, falando nisso, ontem a noite vocês chegaram aos finalmentes? — Diana fala sorrindo maliciosamente e eu sinto meu rosto esquentar.— Sim, a gente transou. — Digo um pouco envergonhada, mas feliz. Elas comemoram e eu reviro os olhos.— Cara, eu simplesmente não posso acreditar! — Sarah diz com uma mão sobre a boca.— Estou muito feliz por você, Rebeca, você e o Elias fazem um casal muito fofo. — Bella diz e eu a abraço.— Obrigada, depois do que passamos, estou feliz que estejamos finalmente juntos. — Eu me deixo afundar no sofá, mas a Diana se inclina sobre mim, um pouco perto demais. — O que foi?— Nada, só estou tentando ler sua mente. — Eu rio.— Eu estou pensando em mim e o Elias ontem a noite e hoje de manhã, tem certeza de que quer detalhes? — Ela
O último ano não poderia ter sido mais chato, nada aconteceu, ninguém que eu conheço nem se quer mudou a cor do cabelo. Minhas férias foram tão tediosas quanto, fiquei transitando entre a minha casa - onde moro com minha mãe - e a casa do meu pai, onde passo bastante tempo com ele, minha madrasta e meu meio irmão, o Thomas. Mas o que mais me frustra nisso tudo é que eu passei os últimos dois meses sem poder sair nem com a Diana e nem com a Sarah e a Bella, todas elas estavam viajando, estavam em algum resort curtindo o sol, piscina e praia, enquanto eu tive que ficar em casa e, algumas vezes, passar o dia inteiro com a peste do meu irmão (ah, ok, eu amo aquele pirralho, mas ele consegue me tirar do sério as vezes).A única coisa boa agora é que as aulas estão finalmente voltando e pelo menos a Diana voltou das férias, então vou poder aproveitar o fim de semana com ela ao invés de ficar enfornada no meu quarto.Existe um motivo para eu e a
— Puta que pariu! — Eu falo isso um pouco alto demais e cubro minha boca com a mão. Escuto uma risada e franzo a testa para Elias.— O que está fazendo acordada essa hora, Beca?— Nada demais, só esperando um idiota vir e me assustar. — Digo irritada e abro o armário para pegar um copo. Meu deus, é sempre uma luta para alcançar a prateleira dos copos.— Eu mal cheguei e você já vai me maltratar assim? — O ignoro e fico na ponta dos pés para pegar um copo. — Becaaa? — O ignoro de novo e ouço seus passos se aproximando. — Você vai mesmo me ignorar? — Ainda não percebeu? Estou quase subindo na bancada pra pegar o copo quando ele ri e pega um copo com enorme facilidade.— Obrigada. — Agradeço emburrada e coloco a água no copo.— Não há de quê. — Ele cruza os braços e se apoia ao meu lado na bancada. - Sabe, eu gosto dessa expressão no seu rosto, parece um gatinho mal humorado porquê o dono esqueceu
Eu viro a noite acordada, parte pelo filme de terror que vi e parte por causa do Elias… tá, okay, boa parte da minha insônia foi causada por aquele idiota!Vejo o sol nascer e vou tomar um banho antes da Diana acordar já para adiantar o processo. Me arrumo e fico ouvindo música até que o despertador toca e Diana acorda.— Bom dia. — Digo sorrindo.— Bom... dia. — Se levanta, boceja e se espreguiça. — Já está pronta?— Sim, tive insônia e fiquei entediada. — Dou de ombros e vou me ver no espelho.— Okay, vou tomar um banho e já volto para a gente ir tomar café.— Tá bom. — Quando ela termina o banho e coloca uma roupa, pegamos nossas mochilas e descemos para tomar o café da manhã.— Bom dia mãe, bom dia pai. — Ela dá um beijo na bochecha de cada
As aulas até que passam rápido, mas acho que foi porque eu passei o tempo desenhando e ouvindo música.Alguém bate na porta da sala e entra em seguida.— Bom dia Sr. Connor, bom dia alunos. — É o diretor Müller. — Eu só estou passando pra avisar que a professora Agatha Petal, de literatura inglesa, adoeceu e não poderá dar a terceira aula. — A turma comemora discretamente e eu reviro os olhos.— Obrigada pelo aviso diretor, e caso fale com a Srta. Petal, deseje-a melhoras por mim. — O diretor concorda com a cabeça e sai da sala.Quando chega a terceira aula, eu e as meninas fomos para o refeitório, ficamos conversando, colocando parte do assunto em dia e falando sobre a Flórida, a Califórnia e sobre outros lugares que ainda queremos visitar.— Meninas, eu estou apertada, vou ao banheiro e volto rapidinho, guardem os assuntos picantes para quando eu voltar. — Digo já me levantando.— Não quer que alguma de nós vá com você? — Diana pergunta.<
Em casa, peço a minha mãe pra ir pra casa da Sarah e ela deixa, eu aviso as meninas que eu vou pra lá e vou me arrumar para o trabalho.Coloco uma calça jeans azul clara e meio rasgada, uma blusinha branca por baixo de um moletom em um tom bem clarinho de pêssego, prendo meu cabelo de qualquer jeito e coloco meu tênis branco.Pego minha mochila e vou me despedir da minha mãe.— Tchau, mãe!— Tchau, filha. Você vai passar por aqui antes de ir pra casa das meninas?— Não, já estou levando roupa pra ir direto pra lá.— Tudo bem, se cuide viu? Juízo.— Eu sou a mais ajuizada de nós quatro, mãe.— Que continue assim. — Diz e ri.— Bye. — Digo e saio.A biblioteca não é tão longe daqui, eu vou andando e em dez minutos já estou lá. Eu abro o lugar e vou organizar alguns livros. Normalmente, o Henri – o dono da biblioteca (
No meio de toda essa zona, me arrependo amargamente de não ter colocado uma senha no meu celular. A Diana consegue pegar o celular primeiro e fica em pé na cama.— Okay, parem as duas! — Ela diz e só então eu percebo que a Bella se quer entrou na bagunça. — Não podemos invadir a privacidade dela assim, gostariam que fosse com vocês? — Eu fico aliviada.— Muito obrigada. — Digo e ela me devolve o celular.— Que crise de bom senso foi essa agora? — Sarah pergunta.— Quando ela quiser nos contar, ela vai nos contar. — A Bella responde. — Você tem que parar de ser assim, já conversamos sobre isso. — Sarah bufa e cruza os braços.— Aff, tá bom, só espero que seja logo. — Sarah diz e revira os olhos.— Se fosse algo importante eu contaria, mas não é, é irrelevante. — Digo. — Podemos voltar ao filme agora?— Sim, senhora. — E todas se voltam novamente para a televisão.<
No laboratório, vou até a minha mochila que está pendurada em um dos ganchos na parede, a abro e pego o meu celular, me viro e dou de cara com... vocês sabem muito bem quem.— Gostei da saia. — Okay, se alguém pudesse despir outra pessoa só com o olhar, eu estaria completamente nua agora.— Eu também gostei, agora da licença. — Eu tentei passar por ele, mas ele se colocou na minha frente.— O que está fazendo, Beca?— O que você está fazendo, Elias? Me deixe passar de uma vez. — Droga droga droga, eu não pensei direito sobre isso!— Não mesmo, nós dois sabemos que você veio assim pra me provocar, acha que sou burro?— Eu até que achei, pra falar a verdade.Ele solta uma risada forçada e dá um passo pra frente, eu dou um passo pra trás, na esperança de manter a distância. Eu me fodi agora, e pela expressão dele, ele vai me foder agora... e eu vou acabar f