No laboratório, vou até a minha mochila que está pendurada em um dos ganchos na parede, a abro e pego o meu celular, me viro e dou de cara com... vocês sabem muito bem quem.
— Gostei da saia. — Okay, se alguém pudesse despir outra pessoa só com o olhar, eu estaria completamente nua agora.
— Eu também gostei, agora da licença. — Eu tentei passar por ele, mas ele se colocou na minha frente.
— O que está fazendo, Beca?
— O que você está fazendo, Elias? Me deixe passar de uma vez. — Droga droga droga, eu não pensei direito sobre isso!
— Não mesmo, nós dois sabemos que você veio assim pra me provocar, acha que sou burro?
— Eu até que achei, pra falar a verdade.
Ele solta uma risada forçada e dá um passo pra frente, eu dou um passo pra trás, na esperança de manter a distância. Eu me fodi agora, e pela expressão dele, ele vai me foder agora... e eu vou acabar fazendo, porque, aparentemente, quando se trata dele, minha força de vontade vai pra casa do caralho.
— Por que logo uma saia tão curta?
— Porque deu vontade. — Sorrio sarcasticamente.
— Beca... — Ele arrasta meu apelido, o prolongando, enquanto da mais um passo pra frente.
— Já perdi a conta de quantas vezes já pedi pra você não me chamar assim.
— Já devia ter desistido, porque é óbvio que eu não vou parar.
— Tá falando desse apelido, ou do motivo de estar me prendendo contra a parede de novo?
Ele sorri, um sorriso diferente dessa vez, sem nenhum sarcasmo ou deboche, eu chego a estranhar, mas consigo ver uma pontinha de luxúria em seu olhar. E pronto, agora estamos do mesmo jeito que estávamos ontem e eu estou tão quente quanto, se não mais!
— O Noah, né? — Ele está bravo? Não, bravo não, com ciúmes!
— Você tem que concordar que ele é muito bonito. — Arqueio uma sobrancelha saboreando essa provocação.
— Não acha que esse é um jogo perigoso demais, linda? Está realmente disposta a brincar comigo assim? — Eu mordo o lábio inferior e ele olha para minha boca instantaneamente.
— Ah, pode apostar que eu estou! Você que começou com isso, agora aguente. — Ele ri, levanta meu queixo com uma mão e deposita vários beijos em meu pescoço.
— Se você quer jogar, vamos jogar. — Beija de novo e eu jogo a cabeça para trás, a apoiando na parede. — Mas esse jogo só você ganha, ou nós dois ganhamos, o que acha? — Ele mordisca minha pele e eu arrepio inteira.
— Sou toda ouvidos. — O sinto sorrir contra minha pele.
— Ótimo. Eu vou te fazer uma pergunta, se eu achar que sua resposta foi sincera, você pode escolher o lugar onde eu vou te beijar, se eu achar que você está mentindo, vai ter que me deixar te beijar onde eu quiser.
Meu sangue esquenta e meu pulso acelera. Ele beija meu ombro afastando um pouco a manga da minha blusa e eu não consigo falar só concordo com a cabeça. Elias se levanta para me olhar nos olhos e sorri para mim, odeio o efeito que ele tem em mim.
— Ótimo. — Ele passa o polegar pelo meu lábio inferior. — Por que justo o Noah?
— Porque ele tem lindos olhos castanhos e um cabelo castanho escuro muito bonito, sem falar que ele é jogador de futebol americano e eu já vi o tanquinho dele. — Digo provocando mesmo sabendo que vou me arrepender depois.
— Se não fosse a parte dos olhos castanhos, poderia jurar que você está falando de mim.
Elias Wayne é o exemplo perfeito da espécime masculina aos meus olhos. O corpo dele, os olhos, o cabelo e até o jeito que ele me irrita é atraente.
— Eu sinto muito, Beca, eu realmente acho que não é por isso que você escolheu o Noah para me provocar. Você perdeu. — Minha imaginação vai longe tentando adivinhar onde ele vai me beijar. — Está preparada?
— Não. — Ele sorri e me puxa para um canto mais escondido.
Se alguém entrar aqui e nos pegar assim, sei nem o que vou fazer além de morrer de vergonha.
— Então feche os olhos. — E eu fecho, sou trouxa mesmo.
As mãos dele sobem pela lateral do meu corpo e seguem por baixo da minha blusa antes de desviar o curso para minhas costas e, com uma facilidade questionável, ele desabotoa meu sutiã e o levanta libertando meus seios, e isso tudo sem tirar os olhos dos meus. Ele levanta minha blusa, lentamente me deixando exposta, é a primeira vez que ele desvia o olhar do meu.
— Linda, amor, simplesmente linda. — Ele de abaixa e deposita um beijo em meu mamilo enrijecido pela excitação do toque dele.
— Elias! — Minha voz soa como um gemido, mas ele cobre meus seios de novo e me ajuda a fechar o sutiã.
— Se estiver molhada, podemos resolver isso mais tarde. — Completamente insatisfeita, eu seguro a nuca dele e seu rosto ganha uma expressão presunçosa.
— Me responde uma coisa, Elias, é isso que você quer de mim?
— Vai precisar ser um pouco mais específica, Beca. — Eu respiro fundo.
— Você quer transar comigo? Se você pudesse fazer isso aqui e agora, faria? — Ele me olha sério.
— São perguntas difíceis.
— Não são não, você só precisa responder sim ou não, não estou pedindo pra você justificar sua resposta. — Ele ri baixinho e balança a cabeça negativamente.
— Eu quero transar com você, estaria mentindo se dissesse que não, mas não faria isso aqui na escola, se é isso que você quer saber. Satisfeita?
— Não... quer dizer, eu não sei! Afinal, o que você pensa quando olha para mim? — Ele acaricia minha bochecha lentamente.
— Beca, você não sabe a quantidade de coisas que passaram pela minha cabeça só hoje quando te vi mais cedo. — Eu sinto um calafrio. — Mas isso pode esperar. Por enquanto, podemos ficar só nisso.
Ele sorri e encosta seus lábios nos meus, não me beija, só me deixa sentir a consistência da sua boca, enquanto nossas respirações se misturam. A mão que está em minha cintura começa a escorregar e eu já imagino pra onde ela está indo, mas eu controlo bem minha respiração dessa vez, afinal não é nada novo. Só que ele passa pela minha bunda e vai até minha coxa nua, depois sobe novamente por baixo da minha saia. Sua mão gelada acaba me dando um pequeno susto e ele alarga seu sorriso entre meus lábios, e só então ele me beija, calmamente, com sua língua explorando cada canto da minha boca. Sua mão volta para minha cintura ainda por baixo da saia, me puxando pra mais perto dele e colando nossos corpos. Eu coloco minhas mãos em volta do pescoço dele, devo ter ficado louca... mas a esse ponto, quem se importa?
— Elias... — Me arrependi de ter falado assim que eu abri a boca, saiu como um gemido ainda mais agudo do que o da primeira vez e eu sei o que ele vai pensar.
— Diga. — Ele sussurra sorrindo.
— As meninas... — Ele me interrompe.
— Estão te esperando, eu sei, vá lá, antes que elas venham e nos vejam assim, com minha mão embaixo da sua saia. — Ele sorri e se afasta um pouco me dando passagem, então eu vou saindo. — Ei, espera!
— O que foi?
— Sua saia. — Ele fala e ri enquanto vem em minha direção. — Está pra cima.
— Por que será né? — Eu ajeito e ele fica rindo.
— Okay, para. — Ele segura minhas mãos e me vira de costas. — Eu ajudo você. — Sinto ele mexendo, quando estou prestes a me virar para ele de novo, ele segura meus ombros e fala ao meu ouvido. — Calcinha adorável, escolheu pensando em mim também? — Meu rosto queima feito brasa.
— Tchau, Elias. — Digo envergonhada e nem olho para trás, só ando em direção a porta.
— Tchau, Beca, e vê se desbloqueia meu número.
— Vai sonhando.
Eu volto correndo pras meninas, elas suspeitam da minha demora mas não insistem para que eu explique, por isso, sou eternamente grata à elas.Quando o intervalo acaba voltamos para o laboratório, formamos nossas equipes, e como vocês já sabem, estou na equipe do Elias, decidir deixar o Noah entre a gente, para não correr riscos de certas coisas acontecerem, eu não sou tão discreta quanto o Elias, ele é capaz de fazer algo completamente safado com um sorriso angelical no rosto, acho que é um super poder.— Pronto, agora coloque esse no tubo de ensaio. — O Noah pede e eu faço, o líquido que está no tubo muda de cor e eu fico maravilhada.— Isso é incrível! — Digo.— É mesmo. — Ele diz com o rosto próximo ao meu.— Nada de namorar, prestem atenção nos experimentos! — O professor grita perto da nossa mesa, eu tomo um baita de um susto e depois começo a rir.— Você
A semana até que passou rápido, e, caso você esteja se perguntando, eu não tenho visto o Elias, só de relance na escola no horário do almoço.As meninas Cooper continuam animadas com tudo como sempre, e eu e a Diana, estamos super ansiosas para pegar um bronze e tirar várias fotos. Eu normalmente trabalho de domingo à quinta, mas o Henri me deu uma folga por conta da quantidade de horas extra que eu fiz durante as férias, então vou aproveitar o máximo que eu puder.Na sexta, eu coloco tudo na minha mochila, estou quase levando meu quarto inteiro aqui dentro. Eu coloco dois pares de tênis, dois shorts jeans, quatro blusas, dois biquínis, dois pijamas, fora os produtos de higiene, como: toalha, sabonete, shampoo, etc. Meu pai vai vir me buscar e daqui vamos direto para o parque, a Diana e eu combinamos que seria melhor que fosse hoje porque a previsão do tempo falava que tinha boas chances de chuva amanhã.Eu coloco o biquíni que co
Até que demorou pra ele aparecer, mas ele tinha que chegar em grande estilo, não é? Franzo o cenho e olho para ele com raiva.— Mandou bem! — A Diana grita para o irmão, que por sua vez, também pula na piscina.— Eu vou... acabar congelando. — Digo com o queixo tremendo.— Deixa de drama. — Ela fala e joga água na minha cara, não demorou para começarmos uma guerra de água.— Tá bom, tá bom, já chega! Você quer me afogar? — Pergunto rindo, mas a Diana está rindo muito mais, está quase tendo uma crise de riso. — Você está parecendo uma hiena.— Detesto concordar com a Beca, mas tá mesmo. — O Elias fala ao meu lado e eu já fico tensa com sua presença.— Ah, calem a boca vocês dois e me deixem ser feliz.— Quem é a dramática agora? — Pergunto e ela joga água em mim de novo.— Ai gente, vou ao banheiro e depois vou tomar mais um solzinho, mais tarde eu
— Meu objetivo era te tirar do sério, não te levar pra cama, não sou tão filho da puta assim. — Eu arqueio uma sobrancelha.— Então vai me dizer que nunca fez isso com outras garotas?— Fiz sim, com certeza. — Eu rio. — Mas elas tinham o mesmo interesse que eu, o que eu posso fazer se sou irresistível? — Eu rio de novo, mas de uma forma incrédula e sarcástica.— Queria ter sua auto estima, senhor Wayne. — Ele segura minha mão e a leva para os lábios e beija os nós dos meus dedos.— Você é absurdamente linda, sempre foi assim. — Meu coração bate forte e rápido, borboletas voando descontroladamente em meu estômago.— Você fala isso, mas eu não lembro de uma ocasião se quer de você olhando para mim, como quer que eu acredite?— Quem não olhava era você, Beca. — Eu queria dizer que parece que ele está mentindo, mas não parece. — A única vez que eu voltei para casa durante o intercâm
Voltei até a outra borda da piscina com o Elias apenas a alguns passos atrás de mim, já estou até com medo do que ele possa fazer ainda aqui, digamos que... o Elias não é a pessoa mais confiável do mundo numa hora dessas, onde o objetivo dele é fazer com que eu perca uma aposta pra lá de questionável.Mas embora eu não saiba exatamente o que "ceder" significa, eu gosto de uma boa aposta e essa, em específico, estou ansiosa para vencer.Eu avisto a Diana e vou até ela, olho pra trás e vejo que o Elias mudou seu caminho, suponho que ele achou que a Diana suspeitaria de alguma coisas caso nos visse chegando juntos, a Diana não é nada boba, muito pelo contrário! Com certeza ela começaria a suspeitar.— Diana! — Ela vira pra mim.— Finalmente! Posso saber onde a senhora estava? — Ela pergunta vindo na minha direção, então cruza os braços quando chega na minha frente.— Eu estava… por aí. — Ela abre um sorriso do
— Que coincidência, não é? — Elias pergunta.— Se for o fato de estarmos sozinhos na cozinha, sim, muita coincidência. — Ele se apoia na bancada e eu tenho um flash back do dia que ele chegou. Eu pego as coisas no armário. — Licença.Peço, mas ele nega com a cabeça. Eu reviro os olhos e passo por ele arrastando minha bunda na pelve dele.— Beca, assim você acaba comigo.— Você que não quis sair da frente. — Digo rindo e colocando a pipoqueira no fogão.— Você tem um ponto… — Posso sentir os olhos dele em mim. — Aliás, eu amei as meias, e o short, e o moletom… resumindo, você está linda. — Olho para ele por cima do ombro e depois olho para frente de novo, sorrindo descaradamente.— Obrigada. — Coloco o olho, o sal e o milho na panela e acendo o fogo. — O que está fazendo aí parado? Não vai fazer o brigadeiro?— Vou sim, só estou esperando você terminar aí, a pipoc
Se a Diana não me conhecesse tão bem, seria mais fácil fingir que não tem nada acontecendo.— Eu já disse que não estou escondendo nada. — Digo e torço meu cabelo para tirar a água, depois o prendo em um coque.— Você não sabe mentir, Rebeca. — A Sarah diz com uma sobrancelha arqueada.— Ah gente, não me enche tá bem? Eu só quero mudar um pouco, ficar com alguns caras e me divertir, não é isso que vocês fazem?— O problema é que você é a recatada, se você for pro mal caminho também minha querida, fudeu. — A Diana diz e eu rio.— Adorei o termo recatada. — A Bella diz rindo.— Gente, eu sempre vou ser a "recatada", entre nós quatro. — Digo fazendo as aspas com os dedos. — Mentira, talvez a Bella seja um pouquinho mais que eu. — A mesma da de ombros com um sorriso travesso.— Mas e quanto ao irmão da Diana, não pense que não te vimos ali. — Eu reviro os olhos.<
Eu e as meninas acordamos depois do meio-dia, fizemos nossa higiene edepois descemos para tomar café, mas os meninos já tinham ido embora, as meninas reclamaram que eles não se despediram, mas não demorou para elas esquecerem deles. A Sarah e a Bella foram para sua casa, então, e eu e a Diana decidimos ir almoçar em um restaurante próximo.— Elias, estamos indo almoçar, okay? — Ela diz.— Tudo bem.— Por que não vem com a gente? Tenho certeza que a Diana tem uma história engraçada pra te contar. — Eu sorrio e saio na frente, ouço a Diana correndo atrás de mim e sussurra:— Eu te mato.— Vou só trocar de roupa, me esperem. — Ele diz e sobe as escadas.— Por que convidou ele, maluca?— Pra garantir o seu constrangimento e, logicamente, uma vingancinha por ontem.— Você é muito irritante quando quer, tem sorte que eu te amo. — Ela fala e eu à a